Alto Douro Vinhateiro

10 anos de Património da Humanidade

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As organizações regionais de Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu do PCP emitiram um comunicado conjunto, no dia 14, no qual saúdam os durienses pelo 10.º aniversário da classificação pela UNESCO do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade – Paisagem Viva e Evolutiva. Esta distinção, salientam os comunistas, é «tanto mais significativa porquanto representa o reconhecimento da dimensão humana do trabalho e da capacidade de um povo em vencer adversidades e transformar a natureza tornando-a ainda mais bela e produtiva».

Lembram as organizações do Partido que esta importante classificação patrimonial, que reconheceu o enorme valor patrimonial da região do Douro» criou também «legítimas expectativas quanto às potencialidades de desenvolvimento». Mas estas não se confirmaram, salienta o PCP, recordando que a Região Demarcada do Douro continua a ser a mais pobre do País e uma das mais pobres da Europa Comunitária – quer ao nível das condições de vida das suas populações e do rendimento da esmagadora maioria dos cerca de 35 mil vitivinicultores. O facto de a região ter perdido 16 mil pessoas nos últimos dez anos não deixa de ser significativo.

Para o PCP, existe um «profundo contraste» entre as condições de vida e rendimentos da maioria da população duriense e os lucros e ostentação dos proprietários das grandes casas exportadoras e comerciais, dos empresários do turismo e dos hotéis de luxo. Esta situação cria um paradoxo: o Alto Douro Vinhateiro foi construído pelo «esforço e suor de milhares de pequenos vitivinicultores ao longo de séculos», estando estes agora a ser «enxotados para fora da região».

Os comunistas denunciam ainda a «ausência de medidas para garantir a regulamentação do mercado do vinho generoso do Douro», com o desmantelamento do seu pilar fundamental, a Casa do Douro. Na sequência deste processo, milhares de pequenos vitiviniculores são empurrados para a falência e o abandono da produção.

As organizações do PCP, acusando o Governo de mais não ter feito do que «anunciar, repetidamente, projectos que não resolvem os reais problemas dos trabalhadores e das populações», chamam a atenção para as suas responsabilidades na defesa desta região e à sua classificação: o encerramento das linhas ferroviárias do Tua, Sabor e Corgo; o desinvestimento na Linha do Douro; ou a Barragem de Foz Tua, nas condições em que está a ser construída, podem pôr em causa esta classificação.



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