«Este país também é para jo­vens!» – clama a In­ter­jovem/​CGTP-IN, ape­lando à par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação na­ci­onal da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora, que vai ter lugar no pró­ximo sá­bado, em Lisboa. A exi­gência tem mo­tivos muito con­cretos: «Que­remos tra­balho! Exi­gimos di­reitos!»

A or­ga­ni­zação au­tó­noma da CGTP-IN marcou a con­cen­tração para as 14.30 horas, na Praça da Fi­gueira, de onde os ma­ni­fes­tantes se­guirão para «en­cher o Largo Ca­mões».

No dia 22, «mi­lhares de jo­vens tra­ba­lha­dores, por todo o País, as­su­miram a sua par­ti­ci­pação na greve geral, mo­bi­li­zando mais com­pa­nheiros de tra­balho, es­tando pre­sentes nos pi­quetes à porta do seu local de tra­balho, saindo à rua de forma com­ba­tiva e de­ter­mi­nada, rei­vin­di­cando o fim do de­sem­prego, da pre­ca­ri­e­dade, dos sa­lá­rios que não per­mitem a au­to­nomia fi­nan­ceira e nos obrigam a adiar per­ma­nen­te­mente a con­cre­ti­zação das nossas as­pi­ra­ções». A todos a In­ter­jovem di­rigiu uma sau­dação, no dia 23, des­ta­cando que con­tri­buíram «para re­forçar uma jor­nada de luta de­ci­siva para a der­rota das me­didas que nos têm vindo a impor e que são a causa de graves re­tro­cessos so­ciais».

A ma­ni­fes­tação de sá­bado as­si­nala também o Dia Na­ci­onal da Ju­ven­tude. «Temos hoje tantas ou mais ra­zões para con­ti­nuar a luta», afirma a Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa, num apelo à adesão dos jo­vens à greve geral e à ma­ni­fes­tação na­ci­onal. «Este Go­verno PSD\CDS-PP, ao mesmo tempo que vê o de­sem­prego e a pre­ca­ri­e­dade cres­cerem, quer fazer com que nos des­peçam mais de­pressa, quer acabar com a con­tra­tação co­lec­tiva, quer per­mitir que os pa­trões possam usar e dispor dos nossos ho­rá­rios e vidas, acabar com todos os di­reitos con­quis­tados du­rante dé­cadas com a luta dos jo­vens e dos tra­ba­lha­dores, querem des­truir o nosso fu­turo», pro­testa a JCP.

No do­cu­mento, a JCP re­corda que há 65 anos, no dia 28 de Março de 1947, «mi­lhares de jo­vens par­ti­ci­param no acam­pa­mento or­ga­ni­zado pelo MUD Ju­venil em São Pedro de Moel, exi­gindo de­mo­cracia e li­ber­dade», e en­fren­taram «a vi­o­lência, a re­pressão e a prisão», tor­nando-se um sím­bolo da luta da ju­ven­tude que con­tri­buiu para der­rubar o re­gime fas­cista.