Unidade reforçada nos transportes

Êxito move a luta de todos

Uma res­posta comum e firme ao ataque geral

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No sector dos trans­portes e co­mu­ni­ca­ções, a greve geral foi «mais uma forte e vi­go­rosa jor­nada de luta», des­taca a Fec­trans. Numa sau­dação que dis­tri­buiu dia 23, a es­tru­tura sec­to­rial da CGTP-IN as­si­nala «uma ampla uni­dade na acção com or­ga­ni­za­ções sin­di­cais não fi­li­adas» na fe­de­ração e «um amplo e im­por­tante mo­vi­mento de apoio das co­mis­sões de tra­ba­lha­dores», con­cluindo que «o êxito da greve geral é de todos os tra­ba­lha­dores e de todas as or­ga­ni­za­ções que a pre­pa­raram e nela par­ti­ci­param».

Olhando a greve geral como «uma etapa», a fe­de­ração su­blinha que a luta vai pros­se­guir, pela va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e contra os cortes e con­ge­la­mentos, pelo cum­pri­mento da con­tra­tação co­lec­tiva, contra as al­te­ra­ções pro­postas pelo Go­verno ao Có­digo do Tra­balho, em de­fesa dos postos de tra­balho, das em­presas pú­blicas e da com­po­nente so­cial do sector. Pre­ci­sa­mente apon­tando à con­ti­nu­ação desta luta, a Fec­trans de­cidiu con­vidar sin­di­catos e co­mis­sões de tra­ba­lha­dores para uma reu­nião, hoje à tarde. Uma reu­nião se­me­lhante foi con­vo­cada para ontem, no Me­tro­po­li­tano de Lisboa, pelas or­ga­ni­za­ções sin­di­cais que apoi­aram a greve geral.

As in­for­ma­ções sin­di­cais foram dando conta de uma forte adesão dos tra­ba­lha­dores dos portos e dos ca­mi­nhos-de-ferro (pra­ti­ca­mente total na CP, CP Carga e EMEF), da Trans­tejo e So­flusa, do Metro de Lisboa e do Metro do Porto, da STCP, do Metro Sul do Tejo, dos TST, da TAP (es­pe­ci­al­mente o han­dling e a ma­nu­tenção), da Ro­do­viária da Beira Li­toral, dos CTT.

A par da pressão cons­tante em no­ti­ciá­rios e co­men­tá­rios, pro­cu­rando acen­tuar os «pre­juízos» e virar utentes dos trans­portes contra a greve, ocul­tando ao mesmo tempo que estes são for­te­mente pre­ju­di­cados pela po­lí­tica que os tra­ba­lha­dores com­batem, foi também neste sector que se notou a in­ter­venção po­li­cial contra os pi­quetes, ha­vendo mesmo duas de­ten­ções pela GNR em Pe­na­fiel.

 

Vi­tória uni­tária na TAP

 

Num pro­cesso elei­toral aberto no final de Ja­neiro e que de­correu em si­mul­tâneo com uma in­tensa luta dos tra­ba­lha­dores contra os cortes sa­la­riais, contra a pri­va­ti­zação, em de­fesa da em­presa pú­blica, em de­fesa dos di­reitos e dos postos de tra­balho – luta que teve novo ponto alto na forte adesão à greve geral – ti­veram lugar, no dia 15, as elei­ções para a Co­missão de Tra­ba­lha­dores da TAP.

Foi apre­sen­tada uma única lista, uni­tária, que ob­teve 1146 votos. Foram re­gis­tados 88 votos em branco e 27 votos nulos.

No pro­grama elei­toral, di­vul­gado no início de Março, com o lema «Unir os tra­ba­lha­dores, ga­rantir o fu­turo», des­taca-se a pri­o­ri­dade dada à di­na­mi­zação da luta «contra a in­tenção sui­ci­dária de pri­va­tizar a TAP». Nos ob­jec­tivos para este man­dato, de dois anos, surge logo em se­guida a luta «contra o roubo dos sa­lá­rios».



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