«Álvaro Cu­nhal – a or­ga­ni­zação e a luta dos tra­ba­lha­dores.» É esta a frase ins­crita na capa da edição de Julho/​Agosto da re­vista O Mi­li­tante, já à venda, que pros­segue a pu­bli­cação de ar­tigos sobre o pen­sa­mento po­lí­tico de Álvaro Cu­nhal, no ano em que se as­si­nala o cen­te­nário do seu nas­ci­mento. Como se lê no texto de aber­tura deste ar­tigo, cons­ti­tuído por di­versas ci­ta­ções (das obras O Par­tido com Pa­redes de Vidro; Rumo à Vi­tória; Acção Re­vo­lu­ci­o­nária, Ca­pi­tu­lação e Aven­tura; O Ra­di­ca­lismo Pe­queno-Bur­guês de Fa­chada So­ci­a­lista; dos in­formes ao III e ao IV con­gressos e de di­versas in­ter­ven­ções), esta é por­ven­tura a questão que mais atenção me­receu no con­junto da acção e da obra de Álvaro Cu­nhal.

Os mem­bros da Co­missão Po­lí­tica Ar­mindo Mi­randa, Rui Fer­nandes e Vasco Car­doso re­flectem res­pec­ti­va­mente sobre «A al­ter­na­tiva. A luta. O Par­tido», «Con­ceito es­tra­té­gico e in­te­resse na­ci­onal» e «Pre­parar o País face a uma saída do euro», en­quanto Maria da Pi­e­dade Mor­ga­dinho, da Co­missão Cen­tral de Con­trolo, lembra o ar­mis­tício que pôs fim à Guerra da Co­reia, em Julho de 1953, num ar­tigo in­ti­tu­lado «O ar­mis­tício, o pa­ra­lelo 38, a grande der­rota dos EUA».

José Sa­raiva, em «Eco­nomia», as­sina «A vi­ta­li­dade das MPME – o seu papel na eco­nomia e a luta ne­ces­sária»; José Ma­nuel Jara aborda «A re­ve­lação do opor­tu­nismo (a pro­pó­sito da obra Me­mó­rias de Carlos Brito sobre Álvaro Cu­nhal)». A secção «Or­ga­ni­zação» é com­posta por dois ar­tigos: «Re­forçar o PCP, cons­truir a al­ter­na­tiva para um dis­trito com fu­turo», as­si­nado por Sónia Pombo (Cas­telo Branco), e «Com os tra­ba­lha­dores e com o povo – Or­ga­nizar, in­tervir e crescer no dis­trito», de Pedro Fer­reira (Braga). O texto de aber­tura é in­ti­tu­lado «Por uma po­lí­tica e um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda» e é ainda pu­bli­cado o co­mu­ni­cado da reu­nião do Co­mité Cen­tral de 5 de Maio.