Trazido para o centro do debate foi também o flagelo do desemprego. Apesar dos níveis incomportáveis em que se situa, continuam a ser despedidos todos os dias dezenas e dezenas de trabalhadores, denunciou o deputado comunista David Costa, que deu como exemplo o caso dos 127 trabalhadores da Kemet (despedimentos colectivo e deslocalização da produção para o México), da Moviflor, envolvida num «plano especial de revitalização» que atira para o despedimento mais de 200 trabalhadores, da Trecar (São João da Madeira) ou de empresas do sector têxtil e mobiliário em Barcelos, Famalicão e Fafe.

A este quadro dramático junta-se, noutro plano, o de salários cortados (como no Millennium BCP), e o dos salários em atraso como na Compelmada e Metalsines, no distrito de Setúbal, na empresa de lanifícios António Camelo, em Seia, na Ordem do Carmo, no Porto, na Fiper, em Castelo Branco, ou na Metalrigor, Magic Metal e Salsicharia Estremocense, no distrito de Évora.