PCP propõe Conferência intergovernamental sobre
a dívida e o Tratado Orçamental

Quem perde e quem ganha

A re­ne­go­ci­ação da dí­vida, nos moldes pro­postos pelo PCP (prazos, juros, mon­tantes), é uma ne­ces­si­dade e um im­pe­ra­tivo na­ci­onal, por vá­rias ra­zões. E a mais im­por­tante é, desde logo, a cir­cuns­tância de o ser­viço da dí­vida pú­blica ser hoje um factor de es­tran­gu­la­mento brutal à ca­pa­ci­dade de in­ves­ti­mento do País e à ca­pa­ci­dade do Es­tado de exe­cutar ple­na­mente as suas fun­ções e com­pe­tên­cias.

Não re­ne­go­ciar a dí­vida é, pois, ga­ran­ti­da­mente, um ganho para os ban­queiros, os es­pe­cu­la­dores, os grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros, o grande ca­pital na­ci­onal e trans­na­ci­onal.

Sem a re­ne­go­ci­ação, em con­tra­par­tida, como re­fere o PCP, «perdem os tra­ba­lha­dores, os re­for­mados e o povo, que pagam com os cortes nos sa­lá­rios, nas re­formas e nas pen­sões, nas pres­ta­ções so­ciais, nos ren­di­mentos, na saúde, na edu­cação, na ci­ência, na cul­tura, nos ser­viços pú­blicos, com a de­gra­dação do poder de compra, dos ní­veis de vida, dos di­reitos la­bo­rais e cí­vicos, com o de­sem­prego, a pre­ca­ri­e­dade, a emi­gração for­çada, o em­po­bre­ci­mento e a mi­séria».

Mas não só. Sem a re­ne­go­ci­ação da dí­vida, lembra ainda a ban­cada co­mu­nista, perdem a eco­nomia na­ci­onal e o País, com a «en­trega ao des­ba­rato de re­cursos, pa­tri­mó­nios, em­presas es­tra­té­gicas, ser­viços pú­blicos e cen­tros de de­cisão, com a de­gra­dação do in­ves­ti­mento, da ca­pa­ci­dade ins­ta­lada, da pro­dução e da ac­ti­vi­dade eco­nó­mica, com a re­cessão e a es­tag­nação eco­nó­micas», entre ou­tros in­con­tá­veis pre­juízos.

 



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