Empresários comunistas
A Coordenadora Distrital de Lisboa para os Micro, Pequenos e Médios Empresários (MPME) do PCP realizou, no dia 11, um jantar seguido de debate sobre os problemas que afectam esta camada social. Nesta iniciativa, em que participaram mais de 60 pessoas dos vários concelhos do distrito e dos mais variados ramos de actividade (táxi, mármores, comércio e distribuição de gás, turismo, construção civil, mobiliário, automóvel, metalurgia, eventos, etc.), estiveram presentes Bruno Dias, deputado e membro do Comité Central, e Agostinho Lopes, igualmente do Comité Central e responsável pelas questões dos MPME.
O Orçamento do Estado para 2016 e as suas repercussões para as micro, pequenas e médias empresas foram temas em análise no debate. Independentemente de algumas medidas nele inscritas, que poderão contribuir para o aumento do poder de compra das populações e, por acréscimo, no volume de vendas das empresas, os participantes no debate consideraram o Orçamento insuficiente para a defesa dos interesses dos MPME e da economia nacional. A diminuição do IVA na Restauração, medida limitada e com custos administrativos para as empresas, não apaga a necessidade de concretizar outras matérias, como a eliminação faseada do Pagamento Especial por Conta ou a anulação do IVA de Caixa.
Em destaque estiveram ainda questões como a luta dos taxistas contra os abusos e a concorrência desleal e a política fiscal que lesa sempre os micro, pequenos e médios empresários. Do debate saiu a exigência de uma profunda alteração das opções fiscais seguidas pelos sucessivos governos.
A preparação do XX Congresso, a assumpção dos empresários comunistas enquanto militantes do Partido e o reforço das estruturas unitárias representativas dos MPME são matérias orgânicas fundamentais.