No Dia Mun­dial da Cri­ança, a CDU deu a co­nhecer que no con­celho de Odi­velas 44 por cento dos alunos do pré-es­colar e do 1.º ciclo são be­ne­fi­ciá­rios da Acção So­cial Es­colar, o que sig­ni­fica que têm ren­di­mentos fa­mi­li­ares muito baixos.

A in­for­mação foi avan­çada, dia 1, em con­fe­rência de im­prensa que contou com a par­ti­ci­pação de Maria da Luz No­gueira, ve­re­a­dora na au­tar­quia, de Ana Lou­rido, do Co­mité Cen­tral do PCP, de Painho Fer­reira, can­di­dato da CDU à Câ­mara de Odi­velas, e de Jo­a­quim Campos, eleito na As­sem­bleia Mu­ni­cipal.

Na oca­sião de­fendeu-se que o Poder Local, para além das com­pe­tên­cias es­pe­cí­ficas, tem também a res­pon­sa­bi­li­dade po­lí­tica de exigir ao Es­tado que as­se­gure os equi­pa­mentos ne­ces­sá­rios, de­sig­na­da­mente uma rede de cre­ches, con­forme es­ti­pula a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica. «O con­celho de Odi­velas, que saltou para a ri­balta por ser aquele que em 2015 teve maior taxa de na­ta­li­dade, apre­senta uma res­posta ma­ni­fes­ta­mente in­su­fi­ci­ente nos equi­pa­mentos so­ciais para apoio à in­fância», cri­tica a CDU, lem­brando que ao nível das cre­ches «a res­posta na rede pú­blica deixou de existir, tendo o Centro In­fantil de Odi­velas (equi­pa­mento da Se­gu­rança So­cial) pas­sado para uma ins­ti­tuição par­ti­cular de so­li­da­ri­e­dade so­cial (IPSS)».

«A ca­pa­ci­dade exis­tente na rede so­li­dária, cons­ti­tuída por IPSS, situa-se em cerca de 630 cri­anças, in­cluindo a creche fa­mi­liar. A al­ter­na­tiva para as fa­mí­lias é re­correr à rede pri­vada cujos custos não estão ao al­cance da mai­oria das fa­mí­lias», lembra a Co­li­gação PCP-PEV.

Neste con­celho, os pro­blemas es­tendem-se ao pré-es­colar e 1.º ciclo, da res­pon­sa­bi­li­dade da au­tar­quia.