Avanteatro

Uma mostra diversificada das artes cénicas

De­zas­seis es­pec­tá­culos, 14 trupes te­a­trais e grupos mu­si­cais, um de­bate sobre po­lí­tica cul­tural e ainda a exi­bição de um do­cu­men­tário sobre o ra­cismo nos Es­tados Unidos. Tudo isto ao longo dos três dias da Festa, sempre com salas cheias e um pú­blico atento e in­te­res­sado, dos mais novos aos mais ma­duros.

O pro­grama primou pelo es­forço de apre­sen­tação de di­fe­rentes abor­da­gens te­a­trais, desde en­ce­na­ções de com­pa­nhias pro­fis­si­o­nais con­sa­gradas até aos tra­ba­lhos de jo­vens cri­a­dores que, pra­ti­ca­mente sem apoios, des­bravam ca­mi­nhos pró­prios, trans­pondo para o palco as suas pre­o­cu­pa­ções e in­te­resses. Exem­plos destes não fal­taram na pre­sente edição do Avan­te­atro.

To­davia, foi pro­pó­sito da or­ga­ni­zação as­si­nalar duas efe­mé­rides: o cen­te­nário do nas­ci­mento de Romeu Cor­reia (1917-1996) e os 150 anos de Raul Brandão (1867-1930).

Assim, as­sis­timos a dois es­pec­tá­culos (na sexta-feira e no sá­bado) ba­se­ados em textos de Romeu Cor­reia: «O Cravo Es­pa­nhol» pelo Te­atro da Terra, com en­ce­nação de Maria João Luís, e «Bo­necos de Luz» pela Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada, com en­ce­nação de Ro­drigo Fran­cisco.

Ambas as peças ho­me­na­geiam o es­critor al­ma­dense, sendo ao mesmo tempo um tri­buto ao mo­vi­mento neo-re­a­lista, cujos prin­ci­pais re­pre­sen­tantes se em­pe­nharam em des­crever a vida do povo tra­ba­lhador, na sua la­buta diária, os seus so­nhos, an­seios e luta por uma vida me­lhor.

Aliás, o Te­atro da Terra inicia com re­fe­rido es­pec­tá­culo um ciclo de­di­cado a es­cri­tores neo-re­a­listas, à sua «ba­talha pelo con­teúdo, pre­cur­sora de muitos dos agora con­si­de­rados mes­tres do ci­nema, das artes plás­ticas ou do te­atro», como re­fere a com­pa­nhia.

 

Raul Brandão foi evo­cado no do­mingo, a en­cerrar a pro­gra­mação do palco, com a peça «Pelos Que Andam Sobre as Águas do Mar», com en­ce­nação de Mi­guel Jesus, numa pro­dução da Ga­la­teia.

Par­tindo da obra «Pes­ca­dores», o es­pec­tá­culo be­ne­ficia muito do tra­balho de re­colha e in­ves­ti­gação re­a­li­zado pela equipa de cri­a­dores junto de co­mu­ni­dades pis­ca­tó­rias que po­voam a nossa Costa.

No palco, duas ac­trizes deram voz às his­tó­rias de pes­ca­dores, ao labor dos ho­mens que en­frentam a fúria do mar para ga­nhar o pão de cada dia, mas também ao tra­balho das mu­lheres, cuja força e papel de­ci­sivo nas lides do mar é par­ti­cu­lar­mente re­al­çado. Acen­tu­ando o re­a­lismo da peça, foram exi­bidas ima­gens de pes­ca­dores, con­tando ex­pe­ri­ên­cias na pri­meira pessoa. Um coro de mu­lheres da Na­zaré, até aí sen­tadas entre o pú­blico, ves­tidas com as suas múl­ti­plas saias, en­trou em cena para re­pre­sentar za­ra­gatas do quo­ti­diano e en­toar cân­ticos de dor e es­pe­rança.

Va­lioso é também o tra­balho de in­ves­ti­gação le­vado a cabo pelo grupo Casa da Es­quina, sobre a vaga de exi­lados po­lí­ticos du­rante a dé­cada de 60 até ao 25 de Abril de 1974.

 

In­ti­tu­lada «O Meu País é o que o Mar Não Quer – Exílio(s) 61/​74», a peça surgiu de um pro­jecto ho­mó­nimo an­te­rior, este de­di­cado às ra­zões que le­varam mais de 500 mil por­tu­gueses, na sua mai­oria jo­vens qua­li­fi­cados, a sair do País entre 2012 e 2015.

Muitos dos jo­vens então en­tre­vis­tados ti­nham casos de emi­gração na fa­mília, quer por ra­zões eco­nó­micas, quer por ra­zões po­lí­ticas, re­la­ci­o­nadas com o re­gime fas­cista e com a guerra co­lo­nial.

Para o novo es­pec­tá­culo, apre­sen­tado no sá­bado, a com­pa­nhia re­co­lheu tes­te­mu­nhos de an­tigos de­ser­tores, re­frac­tá­rios, exi­lados po­lí­ticos, entre 1961 e 1974, do­cu­men­tando um pe­ríodo de as­censo da luta contra o fas­cismo que aca­baria por levar ao seu der­ru­ba­mento e à ins­tau­ração da de­mo­cracia.

Um outro cen­te­nário, o da Re­vo­lução de Ou­tubro de 1917, foi evo­cado com a peça «A Última Vi­agem de Lé­nine», apre­sen­tada já na ma­dru­gada de do­mingo, que nos conta em es­tilo de co­média a his­tória da re­vo­lução russa, com base num ex­tenso le­van­ta­mento his­to­ri­o­grá­fico, re­a­li­zado pela As­so­ci­ação Cul­tural «Não Matem o Men­sa­geiro».

No palco prin­cipal vimos ainda, no sá­bado, o clás­sico «D. Qui­xote», cuja ac­tu­a­li­dade foi sa­li­en­tada pela re­cri­ação do Ce­gada Grupo de Te­atro. Se­guiu-se a peça «Trans/​missão», es­pec­tá­culo que pro­cura fugir aos pa­drões ha­bi­tuais da re­pre­sen­tação te­a­tral, en­sai­ando um diá­logo in­formal e uma re­flexão em voz alta com o pú­blico. Esta co-pro­dução do grupo Vi­sões Úteis e do Te­atro Mu­ni­cipal do Porto ques­tiona as di­fi­cul­dades de or­ga­ni­zação e mo­bi­li­zação dos co­lec­tivos.

No ex­te­rior ac­tu­aram a dupla João de Brito e Ma­nuela Pe­droso, com a «Car­ri­pana», uma cri­ação de que evoca dois sal­tim­bancos que per­correm o mundo a dançar, tendo como palco a sua car­rinha. Na rua es­teve também a com­pa­nhia Erva Da­ninha com o seu es­pec­tá­culo de circo con­tem­po­râneo «E-nxada».

 

Para todas as idades

Di­ver­tidas, di­dác­ticas e ima­gi­na­tivas foram as duas peças in­fantis que pre­en­cheram as ma­nhãs de sá­bado e do­mingo, para gáudio da cri­an­çada e pro­ge­ni­tores.

As «Aven­turas de Gui­nhol», pela Com­pa­nhia de Te­atro Al­mada, com en­ce­nação e adap­tação de Te­resa Ga­feira, re­toma a his­tória do ci­en­tista que, na sua ten­ta­tiva de criar ser vivo belo e sub­misso, acaba por dar vida a um monstro.

Por sua vez, o es­pec­tá­culo de dança «Fobos», pela Com­pa­nhia de Dança de Al­mada, con­segue a proeza de ex­plicar aos mais pe­quenos, num es­pec­tá­culo de belo efeito, a origem e os me­ca­nismos do medo, sen­ti­mento es­sen­cial à so­bre­vi­vência, mas que pode ser com­pre­en­dido e con­tro­lado para que não nos do­mine.

Pelo palco do Bar pas­saram grupos re­centes como «Torga», um trio que rein­ter­preta so­no­ri­dades tra­di­ci­o­nais de Trás-os-Montes de raiz celta (ac­tuou também nou­tros palcos da Festa), «El Sur», quin­teto por­tu­guês ins­pi­rado pelas mú­sicas e tra­di­ções da Amé­rica do Sul e a fe­char o con­sa­grado Se­bas­tião An­tunes, autor, com­po­sitor e vo­ca­lista do grupo Qua­drilha.

Antes, houve ali es­paço para um es­pec­tá­culo, hoje pouco fre­quente, em que a mú­sica e a po­esia se en­con­tram. Pedro Es­tor­ninho, da com­pa­nhia Te­a­tro­en­saio, leu po­emas de co­nhe­cidos au­tores por­tu­gueses, como Ma­nuel da Fon­seca ou Egito Gon­çalves, que foram al­ter­nados por co­nhe­cidas can­ções de Lopes-Graça, José Afonso ou José Mário Branco, na ex­pres­siva voz de Inês Leite, acom­pa­nhada por An­tónio Can­deias à gui­tarra. De­di­cado ao 43.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril de 1974, o es­pec­tá­culo ter­minou com o re­cinto cheio a cantar a «Grân­dola Vila Mo­rena» e com vivas à re­vo­lução e ao PCP.




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