PCP evoca Revolução de Outubro com iniciativas em todo o País

SO­CI­A­LISMO Num ano mar­cado por ou­tras evo­ca­ções, no­me­a­da­mente o se­gundo cen­te­nário do nas­ci­mento de Karl Marx, as or­ga­ni­za­ções do PCP estão a as­si­nalar também o 101.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Ou­tubro.

O exemplo de Ou­tubro pro­jecta-se no pre­sente e no fu­turo

De­pois de, no ano pas­sado, ter es­tado no centro da ini­ci­a­tiva par­ti­dária, por oca­sião do cen­te­nário, nem por isso o ani­ver­sário da Re­vo­lução de Ou­tubro deixa, em 2018, de mo­bi­lizar mi­li­tantes e amigos do Par­tido, que dão corpo a ini­ci­a­tivas de de­bate e con­vívio sobre este que foi um dos mais im­por­tantes acon­te­ci­mentos da His­tória. Como se pode fa­cil­mente ve­ri­ficar numa breve con­sulta à agenda do Avante! das úl­timas se­manas, estão a re­a­lizar-se ini­ci­a­tivas co­me­mo­ra­tivas um pouco por todo o País.

De­bate e con­vívio

No Al­garve, du­rante o fim-de-se­mana, ti­veram lugar quatro ini­ci­a­tivas: um jantar em Faro, no sá­bado, em que par­ti­ci­param 70 pes­soas, com in­ter­venção de Bo­telho Agu­lhas, da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Al­garve (DORAL); no mesmo dia, mas em Vila Real de Santo An­tónio, re­a­lizou-se outro jantar, em que Paulo Neto, também da DORAL, in­ter­veio para as 25 pes­soas pre­sentes; no do­mingo, ti­veram lugar em Lagos e Silves dois al­moços co­me­mo­ra­tivos, o pri­meiro reuniu 45 pes­soas e o se­gundo cerca de 40. As in­ter­ven­ções fi­caram a cargo dos mem­bros da DORAL Marco Jóia e Fi­lipe Parra, res­pec­ti­va­mente.

No dia 10, sá­bado, a Co­missão de Fre­guesia de Al­mada or­ga­nizou um al­moço, ao qual com­pa­re­ceram cerca de três de­zenas de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido. Cláudia Dias, do Exe­cu­tivo da Co­missão Con­ce­lhia, apelou a que não se veja a Re­vo­lução de Ou­tubro como um acon­te­ci­mento da­tado, mas como fonte de im­por­tantes con­quistas que se ac­tu­a­lizam e pro­jectam no fu­turo. Hi­gino Santos, da Co­missão de Fre­guesia, enu­merou as ta­refas que se co­locam no ime­diato ao co­lec­tivo par­ti­dário e Ida­lina Cor­reia de­clamou po­emas da sua au­toria.

Dois dias antes, mas na fre­guesia de Cor­roios, no vi­zinho con­celho do Seixal, re­a­lizou-se uma ini­ci­a­tiva de con­vívio co­me­mo­ra­tiva da efe­mé­ride. Na oca­sião, Ar­mando Mo­rais, da Co­missão Cen­tral de Con­trolo, re­lem­brou não só a im­por­tância his­tó­rica deste acon­te­ci­mento, mas fun­da­men­tal­mente a sua im­por­tância no pre­sente e no fu­turo dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

Ac­tu­a­li­dade e fu­turo

Em São João da Ma­deira, no dis­trito de Aveiro, a co­me­mo­ração constou de um jantar an­te­ce­dido de de­bate, cujo mote foi dado pelo filme Ou­tubro, de Sergei Ei­sens­tein. Em vá­rias in­ter­ven­ções des­tacou-se a im­por­tância da Re­vo­lução, a firme opção pela paz to­mada pelos bol­che­vi­ques desde o pri­meiro dia, as con­quistas al­can­çadas por dé­cadas de so­ci­a­lismo na União So­vié­tica e as dra­má­ticas con­sequên­cias para os tra­ba­lha­dores e os povos do mundo das der­rotas ocor­ridas no final do sé­culo pas­sado. Todos ma­ni­fes­taram a sua con­vicção e de­ter­mi­nação na pos­si­bi­li­dade de se re­tomar o ca­minho do so­ci­a­lismo.

A cé­lula da Festa do Avante! também evocou a data, com um al­moço re­a­li­zado no dia 8 no re­fei­tório da Quinta da Ata­laia. Na in­ter­venção po­lí­tica, pro­fe­rida por Rita Ja­neiro, da Secção In­ter­na­ci­onal, foram su­bli­nhados os avanços al­can­çados com a Re­vo­lução de Ou­tubro e os seus im­pactos pla­ne­tá­rios. Des­tacou-se ainda a im­por­tância es­tra­té­gica de re­forçar o Par­tido e a ne­ces­si­dade de cons­truir uma grande ma­ni­fes­tação, hoje, em Lisboa.

 

Gesta he­róica que con­cre­tizou so­nhos mi­le­nares

«Ce­le­bramos nela [Re­vo­lução de Ou­tubro] a con­cre­ti­zação das as­pi­ra­ções, so­nhos e uto­pias se­cu­lares, o cul­minar de mi­lé­nios de pro­testos, re­voltas e lutas po­pu­lares», afir­mara já, no al­moço do pas­sado dia 5, na sede na­ci­onal do Par­tido, José Au­gusto Es­teves, da Co­missão Cen­tral de Con­trolo. Antes, va­lo­ri­zara a «gesta he­róica do pro­le­ta­riado russo, sob a di­recção do Par­tido Bol­che­vique, o par­tido de Lé­nine», que pôs em marcha esse «em­pre­en­di­mento pi­o­neiro de cons­trução de uma so­ci­e­dade nova».

Pas­sando em re­vista as prin­ci­pais con­quistas da Re­vo­lução, cujos im­pactos foram pla­ne­tá­rios, José Au­gusto Es­teves ce­le­brou o «exemplo im­pul­si­o­nador das suas trans­for­ma­ções e re­a­li­za­ções re­vo­lu­ci­o­ná­rias, que deram força e es­tí­mulo à luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos de todo o mundo». Também as con­quistas al­can­çadas em países ca­pi­ta­listas de­sen­vol­vidos se devem ao exemplo de Ou­tubro.

O de­sa­pa­re­ci­mento da URSS, su­bli­nhou, «tem sido ex­plo­rado até ao in­fi­nito para ca­lu­niar a Re­vo­lução de Ou­tubro, “de­mons­trar” a in­vi­a­bi­li­dade do so­ci­a­lismo e do co­mu­nismo, pro­clamar o “fim da his­tória”». A vi­o­lenta cam­panha de­sen­ca­deada contra os co­mu­nistas foi en­fren­tada com «grande de­ter­mi­nação e co­ragem» pelo PCP, lem­brou.

Quanto ao pro­jecto co­mu­nista, «está não só vivo e bem vivo como o ideal que trans­porta con­tinua a ilu­minar o ca­minho dos que con­ti­nuam a lutar pela con­cre­ti­zação das mais pro­fundas as­pi­ra­ções do povo».

 



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