«É um pe­ríodo su­fi­ci­ente e ra­zoável, para que a ad­mi­nis­tração do Grupo IP apre­sente uma con­tra­pro­posta justa, que pos­si­bi­lite o início de uma ne­go­ci­ação efec­tiva», sa­li­entou o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário, ao anun­ciar a de­cisão de con­vocar greve para dia 15 de Abril na Infra-es­tru­turas de Por­tugal.

Em Março e Abril do ano pas­sado, fi­caram con­cluídas as ne­go­ci­a­ções para que pas­sasse a haver um acordo co­lec­tivo de tra­balho no Grupo IP, mas «os sa­lá­rios con­ti­nuam des­va­lo­ri­zados».

O sin­di­cato da Fec­trans/​CGTP-IN, que re­pre­senta tra­ba­lha­dores da an­tiga Refer, nota que entre 2010 e 2019 não houve ac­tu­a­li­za­ções dos sa­lá­rios e os va­lores acor­dados no ano pas­sado «fi­caram aquém da re­po­sição ne­ces­sária», apon­tando o exemplo do «ín­dice 181»: em 2010 cor­res­pondia ao valor de 885,87 euros, sendo hoje de 908,87 euros. No en­tanto, se ti­vesse sido ac­tu­a­li­zado em função da in­flação, de­veria ser de 979,98.

«Con­ti­nu­a­remos a dis­cutir, nos lo­cais de tra­balho, a forma de os tra­ba­lha­dores se or­ga­ni­zarem para esta luta», ga­rantiu o sin­di­cato, no co­mu­ni­cado de dia 6, porque «se não há uma in­versão» das perdas, «dentro de pouco tempo nas em­presas da IP a ge­ne­ra­li­dade será o sa­lário mí­nimo na­ci­onal, des­va­lo­ri­zando-se assim as di­versas pro­fis­sões».