Direito ao trabalho e à cultura marcam segundo dia de campanha

DINÂMICA Na se­gunda-feira, 11, João Fer­reira par­ti­cipou nas ac­ções «Di­reito ao tra­balho e ao tra­balho com di­reitos. De­fender a Cons­ti­tuição» e «Um ho­ri­zonte de es­pe­rança para a Cul­tura», ambas em Lisboa.

João Fer­reira re­cebe apoios do mundo do tra­balho

Na Casa do Alen­tejo – es­paço que apoia, in­cen­tiva e di­na­miza a cul­tura alen­te­jana, e luta pelo cres­ci­mento e sus­ten­ta­bi­li­dade da re­gião – es­ti­veram muitas de­zenas de pes­soas li­gadas ao mundo la­boral, de di­versos sec­tores, que ma­ni­fes­taram o seu apoio à can­di­da­tura que de­fende os in­te­resses, di­reitos e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores, que pre­cisam de ser va­lo­ri­zados, ao con­trário do que su­ces­sivos pre­si­dentes da Re­pú­blica têm feito.

Baixos sa­lá­rios, pre­ca­ri­e­dade, in­com­pa­ti­bi­li­zação com a vida fa­mi­liar, ace­le­ração dos ritmos de tra­balho, de­sem­prego, falta de con­di­ções nos lo­cais de tra­balho, te­le­tra­balho – quo­ti­diano de mi­lhares de pes­soas no nosso País, foram al­guns dos pro­blemas co­lo­cados, e que se agra­varam com a ac­tual si­tu­ação de pan­dé­mica. Tes­te­mu­nhos tra­zidos por Li­bério Do­min­gues (União de Sin­di­catos de Lisboa), Elsa Ar­ruda (Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local e Re­gi­onal), Isabel Rosa (Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses), Or­lando Gon­çalves (Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços de Por­tugal), Luís Trin­dade (Sin­di­cato da Ho­te­laria, Tu­rismo e Res­tau­ração do Sul), Artur Se­queira (Fe­de­ração Na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores em Fun­ções Pú­blicas e So­ciais), João Bar­reiros (Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores de Es­pec­tá­culos, do Au­di­o­vi­sual e dos Mú­sicos (CENA-STE), Cris­tina Car­rilho, da Co­missão de Tra­ba­lha­dores da TAP, e Diogo Cor­reia, do Sin­di­cato das In­dús­trias Eléc­tricas do Sul e Ilhas.

«Vo­tamos em João Fer­reira porque acre­di­tamos que o Pre­si­dente da Re­pú­blica (PR) de­sem­penha um papel cen­tral no abrir das portas a um novo cír­culo de es­pe­rança e con­fi­ança, de pro­gresso, di­reitos e afir­mação so­be­rana do de­sen­vol­vi­mento na­ci­onal, em que é es­sen­cial a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores», afirmou Isabel Ca­ma­rinha, Se­cre­tária-geral da CGTP-IN.

Evo­cando a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa (CRP), João Fer­reira de­fendeu, por exemplo, o di­reito ao tra­balho, ao pleno em­prego, ao em­prego com di­reitos, o au­mento dos sa­lá­rios, par­ti­cu­lar­mente do sa­lário mí­nimo na­ci­onal, a for­mação e va­lo­ri­zação pro­fis­si­onal/​téc­nica e cul­tural dos tra­ba­lha­dores, a pres­tação do tra­balho em con­di­ções de hi­giene e se­gu­rança, o di­reito ao re­pouso e ao lazer. «Estes prin­cí­pios – ins­critos nas pá­ginas da Cons­ti­tuição – têm de ser uma re­a­li­dade con­creta na vida dos tra­ba­lha­dores», acom­pa­nhados pelo «de­sen­vol­vi­mento das forças pro­du­tivas» e dos «pa­drões re­co­men­dados de bem-estar so­cial», re­clamou.

Cul­tura
À noite, o can­di­dato in­te­grou uma ini­ci­a­tiva que teve lugar na Pa­daria do Povo, uma casa cen­te­nária de Campo de Ou­rique, onde se fa­bri­cava pão mais ba­rato, que era dis­tri­buído pelas zonas mais po­bres em Lisboa. Pa­ra­le­la­mente e ao longo da sua his­tória, o es­paço, onde também fun­ci­onou a Uni­ver­si­dade po­pular, fun­dada por Bento de Jesus Ca­raça, entre ou­tros, al­berga um es­pí­rito vivo de crí­tica po­lí­tica e di­fusão cul­tural. Foi exac­ta­mente isso que ali acon­teceu, numa ini­ci­a­tiva in­ti­tu­lada «Um ho­ri­zonte de es­pe­rança para a Cul­tura», com­po­nente es­sen­cial da de­mo­cracia, tal como está plas­mada na CRP.

«A questão po­lí­tica que se co­loca é a de con­trapor di­ver­si­dade à ho­mo­ge­nei­zação. A de alargar o es­paço para a imensa ri­queza e as múl­ti­plas ar­ti­cu­la­ções da cul­tura uni­versal, a de fazer de­sen­volver em cada in­di­víduo um cri­ador, não um con­su­midor pas­sivo e ro­ti­neiro de mer­ca­do­rias cul­tu­rais», su­bli­nhou João Fer­reira, des­ta­cando a in­ter­venção do Ma­ni­festo em De­fesa da Cul­tura, com muitos dos seus di­ri­gentes ali pre­sentes, que também luta por outra po­lí­tica para este sector.

Uma vez mais, a exi­gência de 1% do Or­ça­mento do Es­tado para a Cul­tura foi re­a­fir­mada, para que seja pos­sível a es­tru­tu­ração de um ver­da­deiro Ser­viço Pú­blico de Cul­tura. Só assim po­derá ser pos­sível com­bater a pre­ca­ri­e­dade, con­tratar (com vín­culo es­tável) os tra­ba­lha­dores em falta, va­lo­rizar sa­lá­rios e re­duzir os ho­rá­rios de tra­balho, au­mentar os apoios pú­blicos às Artes e ga­rantir o acesso de todos à Cul­tura.

«Também na Cul­tura há um País por cum­prir. Por­tugal de Abril, que a CRP abriu portas e que o PR jura, quando toma posse, de­fender, cum­prir e fazer cum­prir. É este ju­ra­mento que pre­ci­samos que seja le­vado a sério», afirmou, con­cluindo a sua in­ter­venção com um ex­certo do poema «Esta lei», de Maria Velho da Costa.

Foi com a lei­tura de um outro poema, de Ma­nuel Gusmão, in­ti­tu­lado «Ao en­contro do en­contro», lido pela ac­triz Maria João Luís, que se ini­ciou a sessão, apre­sen­tada por Mitó, mú­sica. Se­guiu-se a ac­tu­ação de Luís Va­ra­tojo, com o tema «Po­lí­tica», que pôs toda a pla­teia a cantar «As classes do­mi­nantes têm horror aos co­lec­tivos». Se­guiram-se os tes­te­mu­nhos de Cíntia Gil, re­a­li­za­dora, Ana Mar­ga­rida de Car­valho, es­cri­tora, Pedro Vi­eira, es­critor, Maria João Luís (que leu ainda um ex­certo de «Lua Maria Sem», de João Monge, a pe­dido do poeta e com­po­sitor) e Rui Gal­veias, mú­sico e di­ri­gente do CENA-STE.

 

# «Não po­deria deixar de estar aqui, so­bre­tudo, nesta al­tura em que a extrema-di­reita mostra as garras». Luís Va­ra­tojo

# «Fa­çamos desta can­di­da­tura parte da luta pela mu­dança que Por­tugal pre­cisa». Mitó

# «A im­por­tância da Cul­tura para a co­esão entre as pes­soas, para o de­sen­vol­vi­mento da per­so­na­li­dade, para a cor­recção de as­si­me­trias, para acabar com as de­si­gual­dade». Cíntia Gil

# «Qual­quer agressão à Cul­tura é uma ameaça à de­mo­cracia». Ana Mar­ga­rida de Car­valho

# «A CRP foi uma es­pécie de bar­reira contra a po­lí­tica de terra quei­mada du­rante os anos tristes da troika».Pedro Vi­eira

# «Os re­cursos dis­po­ní­veis são tão es­cassos que in­va­ri­a­vel­mente os con­cursos deixam sem apoiodois terçosdos ar­tistas, pro­vo­cando ro­turas entre pares, porque é de so­bre­vi­vência que se trata». Maria João Luís

# «A si­tu­ação vi­vida pelos tra­ba­lha­dores da Cul­tura é mais dra­má­tica do que pro­va­vel­mente al­guma vez foi, também por causa da pan­demia, mas so­bre­tudo por causa das ca­rac­te­rís­ticas da nossa área, de uma forma geral». Rui Gal­veias



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