PCP evoca os 100 anos de Eugénio de Andrade

O cen­te­nário do nas­ci­mento de Eu­génio de An­drade, que por estes dias se as­si­nala, está a ser co­me­mo­rado um pouco por todo o País. Também o PCP se une a esta justa ho­me­nagem a um dos mais vi­brantes po­etas por­tu­gueses con­tem­po­râ­neos, fa­le­cido em 2005.

Eu­génio de An­drade nasceu no con­celho do Fundão e morreu no Porto

Ontem ao final da tarde, no Porto, teve lugar uma sessão evo­ca­tiva no Centro de Tra­balho da Bo­a­vista, em que par­ti­ci­param os es­cri­tores Ma­nuela Es­pí­rito Santo e José An­tónio Gomes, este úl­timo igual­mente membro da di­recção do Sector In­te­lec­tual do Porto do PCP. Com esta ini­ci­a­tiva, o Par­tido ce­le­brava a «in­te­li­gência crí­tica e in­ter­ven­tora, o ci­dadão em­pe­nhado e atento à re­a­li­dade do seu povo e do seu tempo, ao mundo e à paz, ao Por­tugal de Abril e à li­ber­dade».

Por pro­posta da ve­re­a­dora co­mu­nista Ilda Fi­guei­redo, a Câ­mara Mu­ni­cipal do Porto aprovou por una­ni­mi­dade, no dia 16, uma sau­dação sobre o cen­te­nário do nas­ci­mento de Eu­génio de An­drade, re­co­nhe­cendo o grande poeta, hu­ma­nista, an­ti­fas­cista e a sua es­crita lu­mi­nosa sobre o Porto.

No Fundão, foi edi­tado um nú­mero es­pe­cial do bo­letim mensal da CDU, O Bar­bilho, de­di­cado a esta evo­cação. Aí re­corda-se o nas­ci­mento de Eu­génio de An­drade (pseu­dó­nimo li­te­rário de José Fon­ti­nhas Neto) na al­deia de Póvoa de Ata­laia, con­celho do Fundão, de uma fa­mília cam­po­nesa. Eu­génio, acres­centa-se, «fez da es­crita o seu ofício e a sua arte. Ofício de pa­ci­ência e de rigor. Arte na qual o es­forço cri­a­tivo é um ver­da­deiro tra­balho ma­nual à volta de pa­la­vras claras e cheias de luz, pa­la­vras de­pu­radas, cujas sí­labas cin­tilam re­pletas de mu­si­ca­li­dade».

A sua po­esia não é apenas, como uma lei­tura apres­sada po­deria su­gerir, uma busca in­ces­sante do amor. Como es­creve Jorge Sa­ra­bando, «a sua voz poé­tica per­corre ou­tros veios, não se deixa de­ter­minar, mostra-se sen­sível e atenta ao mundo, quando acon­tece a vi­o­lência e a in­jus­tiça». É uma voz hu­ma­nís­sima.

Aliás o pró­prio poeta afirma que a sua po­esia é «anti-ins­ti­tu­ci­onal, que re­cusa toda a ini­qui­dade, es­crita de costas para a moral vi­gente, de­sin­se­rida de prá­ticas re­li­gi­osas co­muns (...), alheia ao es­pí­rito com­pe­ti­tivo e de lucro das so­ci­e­dades de con­sumo; numa pa­lavra, uma po­esia de con­tes­tação, em sen­tido amplo».

Esta edição es­pe­cial de O Bar­bilho conta com ca­torze de­poi­mentos de vá­rios amantes da es­crita de Eu­génio de An­drade, es­cri­tores, po­etas e amigos que se juntam à ce­le­bração.

 



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