China acusa EUA e Reino Unido de ameaçar segurança do ciberespaço

A República Popular da China denunciou os Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido por tentarem associar o governo chinês a ataques cibernéticos.

De acordo com um comunicado das autoridades chinesas, divulgado na terça-feira, 2, Washington e Londres utilizaram esse pretexto, forjado, para impor sanções «unilaterais e irracionais» contra Pequim.

«Esta acção é considerada como uma clara tentativa de difamar e politizar o tema da segurança cibernética, causando graves prejuízos aos interesses legítimos da China», refere o texto do comunicado. Pequim assegurou que os EUA são a principal fonte de ataques cibernéticos e a maior ameaça para a segurança do ciberespaço mundial.

Segundo o comunicado, durante muito tempo os EUA utilizaram as suas vantagens tecnológicas e recursos de rede, incluindo a aliança «Cinco Olhos» [entre os serviços de espionagem dos EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia], para realizar vigilância massiva e roubar segredos de terceiros em todo o mundo, inclusivamente dos seus aliados.

O comunicado também acusa os dois países anglófonos de realizar operações militares frequentes no ciberespaço e promover estratégias como o «ataque preventivo» e a «dissuasão cibernética».

Só no primeiro trimestre deste ano, realizaram-se mais de dois mil ataques cibernéticos a partir dos EUA e das suas bases militares espalhadas no mundo contra a China e outros países, o que inclui diversas instituições e empresas chinesas em áreas como a inteligência artificial, a produção de “chips” (circuitos integrados) e a “energia limpa”, revela Pequim.

A China considera que a segurança cibernética é um desafio comum que todos os países enfrentam e defende o uso pacífico do ciberespaço. Do mesmo modo, opõe-se à politização das questões de segurança cibernética, comprometendo-se a combater todas as formas de ataques na web e a responder activamente às ameaças de segurança nesse quadro.

 



Mais artigos de: Internacional

Tropas dos EUA vão sair do Níger

As tropas norte-americanas estacionadas nas bases militares dos EUA no Níger vão abandonar o país, por decisão do governo de Niamey. A decisão, em defesa da soberania nacional nigerina, é mais uma derrota do imperialismo na África Ocidental. Segue-se à expulsão das tropas francesas do Mali, Burkina Faso e Níger e à retirada destes três países da CEDEAO, acusada de ser instrumentalizada pela França.

Governo da Venezuela rejeita ingerências dos EUA

Realizam-se a 28 de Julho próximo eleições presidenciais na República Bolivariana da Venezuela. É a 31.ª vez que os venezuelanos são chamados às urnas desde o começo da Revolução bolivariana, há 25 anos. As autoridades venezuelanas denunciam campanhas orquestradas pelos EUA e pela extrema-direita no sentido de retirar legitimidade às eleições democráticas, às quais concorrem 13 candidatos, 12 dos quais conotados com forças da oposição.

Apoiado pelos EUA, Israel continua política genocida na Faixa de Gaza

Apoiado pelos Estados Unidos da América e aliados, Israel continua a política genocida contra os palestinianos na Faixa de Gaza, ignorando ostensivamente a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas e as novas medidas cautelares adoptadas pelo Tribunal Internacional de Justiça que exigem um cessar-fogo e o fim do cerco e bloqueio ao enclave.

Direito ao aborto de novo em risco nos EUA

O mais recente embate judicial, nos Estados Unidos, em torno do acesso ao Mifepristone, a pilula abortiva mais usada no país norte-americano, deve ser lido como um alerta global: no capitalismo, o direito das mulheres à interrupção voluntária da gravidez está sempre a uma decisão judicial de...