Docentes universitários argentinos em luta contra governo de extrema-direita

Na Argentina, a Frente Sindical de Universidades Nacionais promove, esta semana, uma nova jornada de luta para exigir aumentos salariais e denunciar as políticas do governo de extrema-direita do presidente Javier Milei.

Como ocorreu em semanas anteriores, membros da Federação de Docentes Universitários (CONADU), da CONADU Histórica, da Confederação de Trabalhadores da Educação (CTERA) e de outras organizações levam a cabo três dias de protestos, incluindo uma concentração defronte do Palácio Pizzurno, sede da secretaria do ensino superior em Buenos Aires.

Os profissionais universitários denunciam a falta de respostas do governo às suas reivindicações salariais e uma perda de poder aquisitivo de mais de 40 por cento. «Sem salários dignos e com 60 por cento dos docentes abaixo da linha de pobreza não há Universidade Pública possível», garante um comunicado conjunto das organizações em luta.

A luta dos docentes universitário argentinos continua devido à decisão do governo de aumentar apenas em 10 por cento o orçamento das universidades, correspondentes aos gastos de funcionamento, e de congelar os 90 por cento restantes, que incluem os salários dos que trabalham – destacam as organizações sindicais.

Por sua parte, a Frente Sindical de Universidades Nacionais considerou positiva a última paralisação convocada e realçou o apoio da sociedade argentina à luta dos docentes universitários. Além disso, responsabilizou a ministra do Capital Humano pela falta de atenção ao sector universitário e pelas irregularidades na distribuição de alimentos destinados aos refeitórios populares.

 



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