Grande adesão à Acção Nacional do PCP comprova que aumento salarial é urgente

O PCP realizou, no dia 30, no âmbito da acção nacional Aumentar Salários e Pensões, para uma vida melhor, um almoço no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz, Sintra. Paulo Raimundo esteve presente e abordou, sobretudo, os impactos que o Orçamento do Estado para 2025 terá na vida das pessoas.

No concelho de Sintra recolheu-se já 2387 assinaturas, mas o trabalho vai continuar

Uma sala cheia – tanto de militantes e amigos do Partido como de força e energia – recebeu Paulo Raimundo para um almoço que se inseriu na acção nacional de contacto e de recolha de assinaturas que o PCP está a desenvolver desde 26 de Outubro. «Aumentar Salários e Pensões, por uma vida melhor, é o mote deste almoço e é o lema desta acção que o Partido esta a promover em todo o País. Uma acção na qual também recolhemos assinaturas», afirmou. No entanto, continuou, «a importância estrutural desta campanha está muito para lá da recolha de assinaturas. É uma campanha de agitação e contacto, mas é também uma grande acção de combate ideológico que faz frente à mentira, manipulação e desinformação movidas pelo capital».

«Estamos a levar por diante uma grande campanha política que coloca no centro do debate político e da actualidade, as questões centrais da vida a que é preciso responder. Uma jornada pelos salários, pelas pensões, pelo acesso à saúde, à habitação e, não menos importante, pelos direitos dos pais e das crianças», explicou. «Uma campanha ligada à vida e é isso que explica a grande adesão e a facilidade na recolha de assinaturas», acrescentou.

 

Orçamento só serve o capital

«Estamos a almoçar, mas ontem mesmo, enquanto os trabalhadores estavam à porta da Assembleia da República (AR) – a justamente exigir mais salários, direitos, respeito, carreiras, profissões, o fim da precariedade e a vida melhor a que têm direito – lá dentro, no hemiciclo, o Orçamento do Estado (OE), era aprovado», recordou Paulo Raimundo.

Um OE que, tal como afirmou o PCP na própria discussão na AR, deveria responder às necessidades daqueles que criam a riqueza e põem o País a funcionar e garantir a dignidade de quem trabalhou uma vida inteira. «Mas não faz nada disso», acusou, «pelo contrário, o OE aprovado é uma peça ao serviço, não dessa imensa maioria de quem trabalha ou trabalhou, mas sim da pequena minoria dos grupos económicos.

«Faltam médicos, enfermeiros, técnicos no SNS e trabalhadores no INEM. Faltam professores, auxiliares, falta gente nas forças de segurança, funcionários na justiça e em tantos outros serviços. Falta valorizar os bombeiros», enumerou, mencionando ainda o investimento que falta nas «escolas, hospitais, centros de saúde, transportes, casa, lares e creches» e, ainda, os apoios que faltam à «produção nacional e às micro, pequenas e médias empresas».

«Falta tanto ao País», apontou o Secretário-Geral, lamentando que a «vastíssima maioria de forças na AR se vergue e se reja pelas ordens de Bruxelas, aplauda o excedente orçamental e garanta, como sempre, que há contas certas para o grande capital».

 

LUSA

Avançar em Queluz

O PCP iniciou a acção nacional Aumentar Salários e Pensões a 26 de Outubro, precisamente, para colocar na ordem do dia aquilo que o povo português sente: «o mês a mais para o salário ou a pensão», como afirmou Joana Marques, do Secretariado da Comissão Concelhia de Sintra, na apresentação do momento político. «Uma acção ligadas às massas, que põe o Partido onde tem que estar: na rua, em contacto com os outros», acrescentou.

Na organização concelhia de Sintra traçou-se o objectivo de recolha de 3000 assinaturas. «Pensámos que pudesse ser muito, mas com determinação e confiança, fomos para a rua», exclamou.

«Com a alegria que nos é característica fomos e estamos a falar com todos. Da zona rural à urbana, nos transportes e nas associações, à porta dos supermercados e dos centros de saúde, à porta das empresas e locais de trabalho. Alargámos a recolha de assinaturas a amigos do Partido que prontamente se disponibilizaram a falar com outros», relatou a dirigente. «Realizámos 22 acções de rua», continuou, informando que a meta está já muito perto de ser alcançada. «Temos, ao dia de hoje, 2387 assinaturas recolhidas no nosso concelho», afirmou.

«Mas, camaradas», avisou, «o trabalho não vai parar». Antes pelo contrário, só naquele dia, realizaram-se mais três acções: no Algueirão, em Colares e em Belas.

 

Em contacto com o sector vidreiro

Paulo Raimundo esteve, anteontem, dia 3, junto dos trabalhadores da empresa Santos Barosa, na Marinha Grande. Mais uma iniciava inserida na acção nacional que, desta feita, permitiu conversar com os trabalhadores do sector vidreiro, durante a sua hora de almoço, a confirmar a importância do aumento geral dos salários, bem como a sua disponibilidade para a luta e o abaixo-assinado do Partido.

O sector do vidro de embalagem tem vindo a aumentar a capacidade produtiva, ao mesmo tempo que o número de trabalhadores tem vindo a ser reduzido e os parcos aumentos salariais não permitem recuperar poder de compra perdido.

Num sector em que é enorme a intensidade e penosidade do trabalho, ganha particular relevância a luta pelo direito à reforma aos 65 anos ou ao fim de 40 anos de descontos – tal como o PCP tem defendido.

 

O Estado não pode?

O Estado não pode aumentar os salários baixando os impostos ou as contribuições?

Quem defende essa teoria vê três objectivos:

  • Garantir que as grandes empresas não paguem mais aos trabalhadores;

  • Associado às propostas de redução de impostos sobre o capital, desprover o Estado dos meios para assegurar as funções sociais que, depois, seriam assumidas pelos grupos privados para terem mais lucros;

  • Descapitalizar a Segurança Social para empurrar os trabalhadores para os fundos de pensões e os seguros privados. Pelo contrário, melhores salários significam mais receitas para a Segurança Social no presente e melhores pensões no futuro.

 



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