Em Abril de 1974, nos dias da Revolução Portuguesa, a Grécia vivia ainda em fascismo. Por pouco tempo. O regime dos coronéis viria a sucumbir, em Julho daquele ano, num contexto histórico complexo em que a luta antifascista assumiu, tal como em Portugal, um lugar central. Também ali a resistência fez uso empenhado da melhor Arte, mobilizando as ferramentas da criatividade artística na batalha contra a repressão. Se em Portugal cantámos a Jornada, de José Gomes Ferreira e Lopes-Graça, na Grécia cantou-se, com o mesmo propósito e risco, Epitaphio, de Yiannis Ritsos e Mikis Theodorakis.