Em Serpa existem motivos para confiar na CDU

O Avante! esteve em Serpa, onde as provas dadas ao longo dos últimos 50 anos dão razões de sobra para confiar no trabalho da CDU. Foi sobre isso que falaram João Eufigénio Palma, actual presidente do executivo, e João Dias, primeiro candidato à Câmara Municipal (CM).

«A população vê a CDU como uma equipa de gente que está aqui para servir»

Estamos em Serpa, onde a CDU geriu sempre os destinos do Concelho. Como se conseguiu, ao longo de 50 anos, manter a confiança dos serpenses?

Eu julgo que o segredo da CDU para estar à frente da CM de Serpa desde as primeiras eleições autárquicas, portanto desde 1976, resulta, essencialmente, do compromisso com as populações, de um trabalho responsável, com honestidade, com competência e colocando sempre em primeiro lugar o desenvolvimento do concelho e o bem-estar dos munícipes.

Se calhar a grande diferença da CDU para a maioria das outras forças políticas é que o nosso trabalho assenta num projecto que vem sendo desenvolvido ao longo dos tempos. Não anda ao sabor do vento.

E sobre os últimos quatro anos, qual é o balanço?

Existiram condicionantes, mas o balanço tem de ser positivo. Nestes municípios do Interior, como Serpa, dependemos muito de transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro, do Orçamento do Estado, mas também de quadros comunitários. Não devia ser assim, as autarquias deviam ter condições financeiras para desenvolver o seu trabalho sem dependerem destas questões.

Este mandato foi desenvolvido entre o finalizar do quadro comunitário anterior e o início do actual. O nosso desempenho ao longo destes quatro anos foi muito condicionado por isso. O quadro comunitário que está agora em vigor iniciou-se em 2021, mas o que é certo é que só agora entrou em velocidade de cruzeiro.

Portanto só neste momento estamos a lançar uma série de procedimentos e a fazer uma série de candidaturas, mas temos vindo a desenvolver uma obra que já se tinha iniciado no mandato anterior, uma obra importante e necessária para as pessoas.

Há um conjunto muito grande de projectos que não vamos conseguir executar, mas vão ficar com os procedimentos prontos, concursos lançados e temos a sorte de já termos empresas a concorrer.

E as contas da autarquia, estão de boa saúde?

Estão. Felizmente não temos constrangimentos financeiros. Nas contas de uma autarquia há sempre dois níveis: sobre o nível de disponibilidade financeira não temos problema algum. As contas estão equilibradas. Por exemplo, no último resumo diário da última reunião de câmara, numa autarquia que tem um orçamento de cerca 32 milhões, levámos um total de disponibilidade na ordem dos quatro milhões.

A descentralização de competência do Estado Central para o Poder Local tem sido uma questão presente ao longo dos últimos quatro anos. Perguntava-te se isso se sente em Serpa?

Sente-se. É um processo com o qual não concordo absolutamente, pelo acréscimo de responsabilidade e de trabalho que trouxe às autarquias. Até porque isto não foi um simples transferir de trabalhadores. Trouxe-nos uma enorme responsabilidade. O governo transfere as verbas para trabalhadores que estavam afectos, mas essas verbas foram medidas em função dos trabalhadores que existiam na altura e segundo rácios que muitas vezes, já na altura, não respondiam às necessidades.

Julgo que isto roça quase a inconstitucionalidade porque nem todas as autarquias têm a mesma capacidade de resposta. Ao atribuir esta responsabilidade, põe-se em causa aquilo que devia ser tratado de igual forma por todo o País. Na Educação, por exemplo, para que os jovens tenham todos as mesmas oportunidades. Estamos a criar condições diferentes quando as oportunidades deveriam ser as mesmas para todos.

Confiante para o próximo acto eleitoral?

Sim, para além da confiança no trabalho da CDU, a candidatura do João Dias é óptima. Oferece uma perspectiva de continuidade do trabalho. Tem tempo para trabalhar e terá condições para fazer uma excelente obra. Estou com ele, com a CDU e estarei cá para continuar a dar o meu contributo.

 

Com João Dias…

Não caíste aqui de para-quedas. Serpa é a tua terra, queres falar um pouco da tua ligação ao concelho?

Sim, nasci e fui criado numa freguesia que é Vale de Vargo. Aos 15 anos vim para Serpa, onde estive até a uma fase mais adiantada da minha vida. Tinha 28 anos quando saí para Beja, onde resido e trabalho actualmente.

Tenho orgulho no meu concelho, porque viver aqui sempre permitiu isso. Ou seja, através daquela que tem sido a intervenção autárquica da CDU, sempre deu para nos orgulharmos em pertencer a Serpa. De certa forma até causávamos aquela inveja boa a quem nos visitava, que também gostava de ver nos seus concelhos aquilo que nós temos aqui no nosso.

Conheço bem todas as localidades, muitas das gentes conhecem-me e eu conheço-os. Sou um filho da terra, nunca perdi esse laço. É inevitável que, para além de todas as questões políticas, as questões emocionais e afectivas tenham a sua dimensão, e o afecto que eu tenho às pessoas de Serpa é algo que pesa muito.

Recuando alguns anos, foste deputado na Assembleia da República, esta experiência é uma mais-valia para o trabalho que podes desenvolver em Serpa?

Julgo que a experiência que tive na AR foi marcante no meu desenvolvimento político. Muitas pessoas que me encontram, reconhecem esse trabalho e afirmam que, nessa altura, o distrito tinha voz.

Quando era deputado lutei bastante por questões concretas aqui do concelho de Serpa, do que tem a ver com as questões da saúde, o problema do hospital, as acessibilidades, como o IP8, a necessidade de valorizar os trabalhadores autárquicos. Enfim, todas essas matérias pelas quais fomos lutando na AR, traduzem-se em melhores condições para exercer uma função tão complexa como a de presidente desta autarquia.

Sentes responsabilidade acrescida por encabeçares um projecto autárquico que já conta com 50 anos de provas dadas?

É verdade. Seria um inconsciente se não o sentisse. Sinto-a, mas com a consciência de que o mais importante é construir condições para que este concelho continue a ser uma referência ao nível do poder autárquico.

Um dos maiores pesos que sinto é com a valorização dos trabalhadores autárquicos, algo que é um traço identitário da CDU. Assumo isso com muita responsabilidade porque sinto que sou um deles Também sou funcionário da Administração Pública e sei o que é chegar ao final do mês a sentir-me desvalorizado e, por vezes, não ter as condições mais adequadas. E porque sou filho do condutor do camião do lixo da CM de Serpa.

Quais são as prioridades para o próximo mandato?

Existem pequenos problemas que afectam de sobremaneira a população. Questões relacionadas com um conjunto de infra-estruturas que já estão envelhecidas e precisam de ser renovadas.

Evidentemente, tambémcontinuaremos a responder a algumas das necessidades que vamos identificando quando falamos com o movimento associativo que em Serpa é muito forte. Queremos queas associações continuem a ser uma prioridade.

Depois queremos criar dinâmicas que possam inverter e combater o despovoamento. Todos vão dizer que querem promover a economia. A diferença é que nós já o estamos a fazer. Estamos em contacto com entidades de Ensino Superior para que possa haver cá formação superior. A Universidade do Minho está absolutamente interessada em começar aqui, para o ano, uma pós-graduação e uma escola de Verão. Por si só, isto traz oportunidades aos nossos jovens para aqui poderem estudar, mas também a de trazer outros para cá.

Na área das novas tecnologias, fizemos contactos com empresas que querem vir, já a partir de Setembro, estabelecer a sua base de trabalho. Nomeadamente a wTVision, uma empresa na área da cobertura televisiva, que quer ter aqui a produção remota de eventos televisivos.

Estás confiante na vitória da CDU?

Estamos muito confiantes que vamos ganhar estas eleições. A CDU continuará a ser a força reconhecida pela população como decisiva para estar à frente da autarquia. Acima de tudo porque a população, que me conhece a mim e aos outros candidatos, vê-nos como uma equipa de gente séria, que não está aqui para se aproveitar de cargos públicos, mas sim para servir.

 

 



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