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Suíça
Trabalhadores da Construção
garantem reforma aos 60 anos

Está garantida definitivamente a reforma aos 60 anos de idade no sector da Construção, na Suíça. As numerosas greves locais em Outubro e finalmente a greve nacional de 4 de Novembro, produziram o seu efeito, demonstrando que a luta vale a pena: os patrões assinaram legalmente o acordo ajustado anteriormente para a reforma antecipada.

As condições acordadas são as seguintes: a partir de 1 de Julho de 2003, os trabalhadores da construção com 63 e 64 anos têm direito às suas reformas de velhice; a partir de 1 de Janeiro 2004, aos 62 anos; a partir de 1 de Janeiro 2005, aos 61 anos; e a partir de 1 de Janeiro 2006, aos 60 anos de idade.

A reforma corresponde a 70 por cento do último salário bruto, mais uma contribuição básica anual de 6000 francos, o que corresponde a cerca de 80 por cento do último salário bruto.

Financiamento

A partir de 1 de Julho 2003 o patronato paga 4,66 por cento (baixando para 4 por cento a partir de Janeiro de 2004) da soma salarial, e compensam com este aumento o défice nas contribuições do primeiro semestre de 2003. Ao mesmo tempo, os trabalhadores participam com 1 por cento do salário bruto no financiamento dos fundos para a reforma. Os descontos efectuados por algumas empresas no decorrer do corrente ano devem ser reembolsados.

As cotizações para a AVS e Caixa de Pensões durante a reforma antecipada, até à idade regular da aposentação, são pagas pela Fundação para a Reforma Antecipada, de modo que nenhum trabalhador que tenha optado pela reforma antecipada deverá recear vir a ter mais tarde prejuízos para a sua reforma normal de velhice.

A luta foi longa e dura

Mais de uma dúzia de greves locais em todas as partes do País e uma jornada nacional de greve, com cerca de 20 000 grevistas, foram necessárias para mostrar aos patrões que o pessoal da construção não se deixa enganar. Depois da grande greve do dia 4 de Novembro ficou tudo bem claro: os patrões foram forçados a fazer marcha atrás e a aceitar praticamente na totalidade o acordo da Primavera, de modo a que a reforma antecipada aos 60 anos na Construção pode agora ser introduzida, sem o roubo das reformas. Ao mesmo tempo, também se conseguiu acordar o aumento salarial para o próximo ano: a partir de 1 de Janeiro 2003, todos os salários serão aumentados 65 francos por mês ou 40 cêntimos por hora.

«Avante!» Nº 1512 - 21.Novembro.2002