Internacional
BREVES

Hu Jintao, secretário-geral do PCC

O Comité Central do Partido Comunista Chinês nomeou, sexta-feira, o vice-presidente Hu Jintao para secretário-geral do PC da China, substituindo Jiang Zemin.

Jintao, de 59 anos, será o novo presidente da China a partir de Março de 2003, altura em que se fará nova nomeação para o cargo. Zemin irá manter o cargo de presidente da Comissão Militar Central, um dos lugares com maior poder e influência junto do Governo. O Comité Central renomeou Zemin pouco depois da nomeação de Jintao para secretário-geral.

PCBM sobe na República Checa

O PC da Boémia e Morávia (PCBM) conquistou mais 1300 lugares nas eleições municipais que se realizaram, este mês, na República Checa. A vice-presidente do Partido, Zuzka Rujbrova, ao anunciar o resultado, em conferência de imprensa, afirmou que o PCBM foi um dos partidos parlamentares que melhoraram a sua posição, «fortalecendo-se significativamente», nas principais cidades do país.

Os comunistas obtiveram resultados importantes nas cidades industriais no Norte da Boémia, Norte da Morávia e Silésia, onde famílias operárias têm sido atingidas pelo desemprego desde o retorno do capitalismo em 1989. O PCBM foi o mais votado nas cidades de Karvina (34,4 por cento), Most (28 por cento) e Havirov (26 por cento).

Ministério fechados na Guiné

Os ministérios e secretarias de Estado do Governo guineense foram encerrados, segunda-feira, com polícia à porta, por ordem do presidente da República, Kumba Ialá, segundo noticiou a Lusa.

A ordem para não deixar entrar ou sair «rigorosamente nada», foi dada na sexta-feira, a seguir à divulgação do decreto presidencial que dissolvia o Parlamento e nomeava um novo primeiro-ministro na Guiné-Bissau.

Kumba Ialá salvaguardou apenas uma excepção nas ordens enviadas à polícia: «só os ministros e secretários de Estado do governo cessante podem entrar e sair, mas de mãos vazias», ordenou.

Lula convida Itamar Franco

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, convidou, na passada semana, o governador do Estado de Minas Gerais, Itamar Franco, para fazer parte do seu Governo.

Este é o primeiro convite oficial de Lula a uma personalidade que o apoiou na campanha eleitoral para integrar o futuro Executivo.

Coreia do Norte reclama pacto com EUA

A Coreia do Note está preparada para uma guerra contra os Estados Unidos, mas preferiria o diálogo e um pacto de-não-agressão, declarou, na passada semana, o representante permanente de Pyongyang em Hong Kong.

«Estamos preparados para a guerra ou para o diálogo. Exigimos garantias legais para um pacto de-não-agressão contra o nosso país», afirmou Re To Sot, cônsul-geral da Coreia do Norte.

Reiterando o empenhamento de Pyongyang em defender a sua «soberania» e o seu «direito de existir» o diplomata salientou: «As nossas capacidades de defesa estarão operacionais», se a pressão norte-americana se tornar mais forte.

Esta posição foi tornada pública no dia em que os EUA, a Coreia do Sul, o Japão e a União Europeia interromperam o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte.

Angolanos exigem aumentos salariais

Os funcionários públicos filiados na União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA-CS) exigem a implementação de um salário mínimo equivalente a 150 dólares norte-americanos. A solicitação ao governo foi feita, na passada semana, durante um encontro da UNTA-CS, em Luanda, que teve por objectivo debater o caderno reivindicativo que foi entregue segunda-feira ao executivo.

Os trabalhadores angolanos reivindicam ainda a efectivação de promoções e progressões dos funcionários, assim como a contínua formação e superação profissional dos funcionários e a atribuição de subsídios vários.

O secretário-geral da UNTA-CS, Manuel Viaje, defendeu ainda a necessidade de estabelecer uma estrutura salarial na qual todos os trabalhadores sejam valorizados, afirmando ao mesmo tempo acreditar no bom senso do governo que determinará uma solução pacífica das futuras negociações.

Fome mata na Argentina

166 crianças morreram à fome na província argentina de Misiones nos últimos três anos, revelou, terça-feira, o ministro da Saúde Pública daquela província, Telmo Albrecht.

O ministro argentino acusou o actual governo, liderado por Eduardo Duhalde, e o governo anterior, presidido pelo radical Fernando de la Rúa, das mortes das crianças e da situação de miséria que se vive naquela região, devido à suspensão da prestação de ajuda alimentar no Nordeste da Argentina.

Segundo Albrecht, em 2000, 62 crianças perderam a vida em Misiones, 55 morreram em 2001, e, nos primeiros nove meses de 2002 já se registaram 49 mortes, «todas por alguma causa relacionada com a subnutrição».

«Avante!» Nº 1512 - 21.Novemro.2002