Ganchorra parada e apoios por pagar
Ainda não foram pagas as compensações financeiras aos pescadores da ganchorra que, de Março até ao fim de Abril, cumpriram com o defeso para preservar os bancos de bivalves na zona Sul do País, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul.
Os pescadores acusam o Governo de estar a praticar «uma grande injustiça com um carácter vincadamente desumano» - em nota de imprensa de 24 de Abril – e de total insensibilidade perante a necessidade de garantir as compensações estipuladas e face os problemas sócio-económicos decorrentes da interdição.
A este grave incumprimento de compromissos assumidos com os pescadores da ganchorra acresce que, de 1 de Maio e até 15 de Junho, está em vigor uma outra interdição, mas, desta feita, sem qualquer tipo de compensação, situação que é há muito denunciada pelo Sindicato da Pesca do Sul que reivindica compensação igual, durante este período de paragem da faina.
A frota de pesca com ganchorra esteve parada na zona Sul do País desde 2 de Março, data em que a portaria n.º 208-A/2006 determinou o início de dois meses de defeso para proteger as reservas de bivalves. O mesmo diploma garante uma compensação financeira às tripulações que a ela se candidataram em meados de Março mas, até agora, desse apoio os pescadores ainda não viram um cêntimo sequer.
A portaria prevê que os que se candidataram aos apoios até meio de Março tenham uma compensação de 600 a 700 euros por cada mês de defeso. Aos mestres devem ser atribuídos 560 euros mensais e à restante tripulação, 375 euros.
O sindicato considera este último montante «atentatório e humilhante da dignidade humana», por ficar, como salienta, aquém do Salário Mínimo Nacional, actualmente de 385,90 euros.
Durante todos estes meses, este é o único montante que as tripulações auferem.
O sindicato considera que a preservação dos recursos piscatórios em causa não pode ser feita, única e exclusivamente à custa da perda total dos rendimentos destes pescadores, situação que diz ser da responsabilidade dos «sucessivos governos e do actual também».
Sete mortos em 2006
A seguradora que lidera o sector da pesca, a Mútua de Pescadores, salientou àLusa, a 28 de Abril, Dia Mundial da Prevenção, Segurança e Saúde no Trabalho, que esta é das actividades profissionais que provoca mais mortes. A comprová-lo anunciou que, desde o início deste ano, foram já registados sete óbitos na faina. Trata-se de um número que supera as mortes registadas em 2005.
Os pescadores acusam o Governo de estar a praticar «uma grande injustiça com um carácter vincadamente desumano» - em nota de imprensa de 24 de Abril – e de total insensibilidade perante a necessidade de garantir as compensações estipuladas e face os problemas sócio-económicos decorrentes da interdição.
A este grave incumprimento de compromissos assumidos com os pescadores da ganchorra acresce que, de 1 de Maio e até 15 de Junho, está em vigor uma outra interdição, mas, desta feita, sem qualquer tipo de compensação, situação que é há muito denunciada pelo Sindicato da Pesca do Sul que reivindica compensação igual, durante este período de paragem da faina.
A frota de pesca com ganchorra esteve parada na zona Sul do País desde 2 de Março, data em que a portaria n.º 208-A/2006 determinou o início de dois meses de defeso para proteger as reservas de bivalves. O mesmo diploma garante uma compensação financeira às tripulações que a ela se candidataram em meados de Março mas, até agora, desse apoio os pescadores ainda não viram um cêntimo sequer.
A portaria prevê que os que se candidataram aos apoios até meio de Março tenham uma compensação de 600 a 700 euros por cada mês de defeso. Aos mestres devem ser atribuídos 560 euros mensais e à restante tripulação, 375 euros.
O sindicato considera este último montante «atentatório e humilhante da dignidade humana», por ficar, como salienta, aquém do Salário Mínimo Nacional, actualmente de 385,90 euros.
Durante todos estes meses, este é o único montante que as tripulações auferem.
O sindicato considera que a preservação dos recursos piscatórios em causa não pode ser feita, única e exclusivamente à custa da perda total dos rendimentos destes pescadores, situação que diz ser da responsabilidade dos «sucessivos governos e do actual também».
Sete mortos em 2006
A seguradora que lidera o sector da pesca, a Mútua de Pescadores, salientou àLusa, a 28 de Abril, Dia Mundial da Prevenção, Segurança e Saúde no Trabalho, que esta é das actividades profissionais que provoca mais mortes. A comprová-lo anunciou que, desde o início deste ano, foram já registados sete óbitos na faina. Trata-se de um número que supera as mortes registadas em 2005.