A luta não pára
As grandes acções do passado dia 19, em Lisboa e no Porto, dão mais força à luta que continua já nos próximos dias: a 1 de Novembro há concentração junto à Assembleia da República.
Nas próximas duas semanas a luta vai crescer
LUSA
O anúncio foi feito por Arménio Carlos no final da concentração em Alcântara: «No próximo dia 1 de Novembro, dia feriado que nos foi roubado e que coincide com a primeira votação na generalidade do OE, lá estaremos, de novo, na Assembleia da República, às 10 horas, para rejeitar a proposta de Orçamento, para exigir a demissão do Governo e a realização de eleições, quanto antes. Este é um tempo que exige a participação de todos – trabalhadores com vínculos efectivos e precários, desempregados, reformados, aposentados e pensionistas, jovens, mulheres e todos os outros sectores e camadas atingidos pela política de direita.»
Mas esta não é a única acção de luta marcada, nem sequer a mais próxima. Amanhã, 25, os trabalhadores dos CTT vão estar em luta contra a privatização da empresa e em defesa dos seus direitos (e das populações); contra a degradação dos salários e do serviço público e pela valorização da contratação colectiva, 36 organizações representativas dos trabalhadores do sector dos transportes agendaram várias acções de protesto entre os dias 31 de Outubro e 9 de Novembro – no Metro (31 de Outubro), na Soflusa e na Transtejo (entre 3 e 9 de Novembro), na Refer (6 de Novembro), na Carris, CP, CP Carga e STCP (7 de Novembro). Os trabalhadores dos Transportes Colectivos do Barreiros param no dia 6. Para 8 de Novembro está marcada uma greve nacional da Administração Pública contra o roubo nos salários e a prepotência e ilegalidades do Governo e em defesa dos direitos e dos serviços públicos. Anteontem terminou a greve nacional parcial dos enfermeiros.
A luta contra as troikas e por um país mais justo, desenvolvido e soberano tem expressão fora do âmbito sindical. No discurso com que o Secretário-geral da CGTP-IN encerrou a concentração de sábado, em Lisboa, saudou-se «todos os que, no próximo dia 26 de Outubro, estarão na rua a exigir a demissão do Governo e a saída da troika do nosso País».