PCP apela à unidade e à luta

Defender direitos, travar a ofensiva

Só unidos e organizados é possível aos trabalhadores travar com êxito a luta contra a ofensiva em curso e em defesa dos seus direitos, garante o PCP.

Com luta pode não se ganhar tudo, mas sem luta nada se ganha

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O «Faísca», boletim da célula do PCP na Autoeuropa, valoriza na sua última edição a unidade demonstrada pelos trabalhadores da área das prensas, que conseguiram travar algumas das pretensões da administração quanto à alteração dos horários de trabalho. No texto do boletim garante-se que o horário pretendido pela administração iria alterar profundamente os «hábitos sociais e familiares» destes trabalhadores, enquanto que a elevada rotação de turnos lhes poderia acarretar mesmo prejuízos para a saúde.

Confrontados com a proposta inicial, os trabalhadores dessa secção «protestaram, contactaram os seus representantes e foram capazes de se organizar e de considerar quais as propostas que melhor os serviriam», relata o artigo. Assim, e em colaboração com o sindicato, os trabalhadores promoveram abaixo-assinados e emitiram notas de imprensa e ofícios em defesa de um horário melhor.

Perante a luta dos trabalhadores, conta-se no «Faísca», a empresa suspendeu a aplicação do horário e empreendeu um processo de diálogo que culminou na apresentação de horários menos penalizadores e novas condições para o seu exercício. Os trabalhadores, perante duas opções, acabaram por escolher uma delas, «não a que exigiam no abaixo-assinado, mas em todo o caso um horário bem mais favorável do que o que inicialmente lhes haviam imposto».

Deste caso, a célula do PCP extrai desde logo uma conclusão: Quando os trabalhadores têm a «capacidade de se organizarem e de lutar pelos seus direitos, de serem ouvidos e envolvidos, os resultados alcançados podem não ser os pretendidos, mas jamais serão aqueles que unilateralmente lhes querem impor.»

 Seia e Torres Novas

 O PCP está a distribuir aos trabalhadores do Contact Center da EDP em Seia, ao serviço da Reditus, um comunicado que dá conta da acção do Grupo Parlamentar comunista em prol dos seus direitos. No comunicado, do Organismo de Empresas e Sectores de Seia, informa-se que no dia 1 de Novembro a deputada do PCP Carla Cruz questionou o Governo acerca das condições laborais destes trabalhadores e exigiu uma inspecção.

Carla Cruz denunciou, na ocasião, desde o elevado número de trabalhadores por instalação, os tectos baixos, os problemas recorrentes no funcionamento dos aparelhos de ar condicionado até aos salários baixos aí praticados. Ao facto de a maioria desses trabalhadores auferirem o salário mínimo nacional, acresce a discriminação nos tempos de pausa e nos salários praticados relativamente ao Contact Center de Odivelas. O PCP condenou ainda o recurso a trabalho precário num local onde há muito os contratos de trabalho deveriam ser efectivos. O ministro não teve alternativa senão dar razão às queixas dos trabalhadores, levantadas pelo PCP.

Em Torres Novas, o PCP – num comunicado da sua Comissão Concelhia – valoriza a greve realizada pelas trabalhadoras da Nobrecer, que assegura os almoços dos alunos das escolas do concelho. Em causa estão os inúmeros problemas com que se confrontam no dia-a-dia, de que são exemplos a falta de ingredientes, detergentes, máquinas e utensílios essenciais e mesmo de combustível para a distribuição das refeições pelas escolas. A situação é de tal ordem que chegam a ser as trabalhadoras a levar das suas casas muito do material em falta.

Fechada a porta do diálogo pela inércia da Câmara Municipal, as trabalhadoras não tiveram outra alternativa senão a greve que, para o PCP, é não apenas pelo pagamento atempado dos salários como pelo bem-estar das crianças que frequentam as escolas do ensino público. A Comissão Concelhia do Partido acusa a Câmara de ter violado o direito à greve, ao ter encomendado as refeições escolares a outras instituições, e apelou às trabalhadoras para que continuem firmes na defesa dos seus direitos. 




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