Três dias de competição, fair play e convivência competitiva

José Augusto

Não há des­porto como este

A Co­missão de Des­porto da Festa do Avante! ela­borou um pro­grama vasto e di­ver­si­fi­cado, que o pú­blico aplaudiu com en­tu­si­asmo du­rante os três dias que durou a maior re­a­li­zação po­lí­tica, cul­tural e ar­tís­tica que acon­tece no nosso País. No po­li­des­por­tivo ou nos ou­tros lo­cais e ins­ta­la­ções con­sa­grados ao des­porto, a ale­gria exi­bi­ci­onal ou com­pe­ti­tiva, o fair play e o com­pa­nhei­rismo foram uma cons­tante.

Será justo re­alçar o em­penho e o co­nhe­ci­mento que cen­tenas de as­so­ci­a­ções e co­lec­ti­vi­dades po­pu­lares, bem como os téc­nicos da Di­visão de Des­porto da Câ­mara do Seixal, ca­na­li­zaram para esta Festa do Des­porto. As con­di­ções e o am­bi­ente des­por­tivo que sou­beram criar, fruto do seu co­nhe­ci­mento e longa ex­pe­ri­ência, foi do agrado dos atletas, téc­nicos, juízes e, so­bre­tudo, do muito pú­blico que quis con­tactar de perto com as suas mo­da­li­dades pre­fe­ridas ou com os ru­di­mentos de ou­tras que lhe foram ofe­re­cidas pela pri­meira vez.

Uma das me­lhores cor­ridas de sempre

A Cor­rida e a Ca­mi­nhada da Festa, na manhã de do­mingo, foi o ponto alto do pro­grama des­por­tivo desta 42.ª edição da Festa do Avante!. O per­curso pa­ra­di­síaco, Lisboa ao fundo, a Baía aos pés, ate­nuou por certo o so­fri­mento que sempre apo­quenta os fun­distas. Diga-se que esta prova teve uma das mai­ores par­ti­ci­pa­ções de sempre: 1700 cor­re­dores, re­par­tidos por 180 equipas do norte ao sul do País, e mais de dois mi­lhares e meio de ca­mi­nhantes. O tiro de par­tida foi dado pela cam­pi­o­nís­sima Al­ber­tina Dias, que re­gista no seu pal­marés tí­tulos mun­diais, eu­ro­peus e ibé­ricos. Em­bora fun­dista, es­ta­be­leceu vá­rios re­cordes nas mais di­versas dis­tân­cias.

Do­ro­teia Pei­xoto, de Os Amigos da Mon­tanha (Bar­celos), e Nelson Cruz, do Clube Pedro Pessoa (Al­mada), foram os ven­ce­dores ab­so­lutos. Su­biram também ao pódio Ale­xandra Sousa (in­di­vi­dual) e Joana Fon­seca (idem); no sector mas­cu­lino: Carlos Pa­pa­cinza (Beja Atlé­tico Clube) e Jorge Re­bolo (Clube Atle­tismo Vale Fi­gueira). Co­lec­ti­va­mente, impôs-se o Vi­tória Fu­tebol Clube.

Al­ber­tina, Do­ro­teia e Nelson fa­laram ao Avante!

Do­ro­teia Pei­xoto está longe de ser uma des­co­nhe­cida no mundo do atle­tismo. Lembre-se que, em Abril deste ano, venceu a Ma­ra­tona de Düs­sel­dorf, tendo sido também a mais rá­pida na Ma­ra­tona de Macau, em De­zembro do ano pas­sado.

«É a se­gunda vez que ganho aqui. Estou cá desde sexta-feira, para viver a Festa, para en­trar no es­pí­rito da Festa, para gozar este am­bi­ente de fra­ter­ni­dade e so­li­da­ri­e­dade que está em todo o lado», con­fessou a bar­ce­lense. «Quanto a planos a curto prazo, ainda não sei, tenho que ver com o meu trei­nador. A ver­dade é que a Cor­rida da Festa é, para muitos atletas, a sua re­en­trada des­por­tiva.»

O jovem Nelson Cruz é um velho co­nhe­cido da Cor­rida da Festa, prova que já venceu cinco vezes. Cam­peão da de­ter­mi­nação, como já lhe cha­maram, foi cam­peão na­ci­onal de corta-mato, em 2016. «Corri pra­ti­ca­mente em casa, pois o meu clube é de Al­mada e eu moro e treino no con­celho do Seixal», re­feriu.

«Esta prova foi es­pec­ta­cular, com bom tempo, muita gente a aplaudir ao longo do per­curso, muita ani­mação. Em re­sumo, é uma da­quelas provas em que nos sen­timos bem e or­gu­lhosos em par­ti­cipar. Hoje, ata­quei a meio da prova e, de­pois, geri o avanço para ser o pri­meiro na meta. O ano pas­sado, deixei-me andar e, quando quis chegar-me à frente, já não con­segui. Para o ano, se não es­tiver a contas com ne­nhum pro­blema fí­sico, cá es­tarei», pro­meteu, à des­pe­dida.

Al­ber­tina Dias, par­ti­ci­pante em três Jogos Olím­picos, dis­pensa apre­sen­ta­ções, já que es­pa­lhou classe por pistas e fora delas na úl­tima dé­cada do sé­culo pas­sado. «Estou aqui por acaso. Eu ex­plico. Vim a Lisboa tratar de um pro­blema de saúde e, como os fa­mi­li­ares que me aco­lheram vi­eram à Festa, eu vim com eles. Ora, logo que a Co­missão de Des­porto soube que eu es­tava cá, con­vidou-me para o tiro de par­tida e dis­tri­buição de pré­mios», ex­plicou. «Estou sur­pre­en­dida com esta massa hu­mana, com o nú­mero de par­ti­ci­pantes na Cor­rida, cer­ta­mente atletas de di­fe­rentes cores po­lí­ticas. Con­fesso que nunca es­perei en­con­trar tantos atletas. Também não es­condo que me agrada muito o am­bi­ente da Festa. E se tanta gente vem à Ata­laia, é porque acha que a Festa tem qua­li­dade. Vem e volta, é claro!»

Muito e bom fu­tebol

Al­guém disse, e com pro­pri­e­dade, que o fu­tebol foi um dos fe­nó­menos so­ciais mais mar­cantes do sé­culo XX. A Festa não podia deixar à margem um jogo que mo­bi­liza mul­ti­dões, de­sata con­tro­vér­sias sem fim, anima a vida das po­pu­la­ções e alegra a exis­tência dos hu­mildes. Para o bem e para o mal, é assim. Por con­se­guinte, houve muito e bom fu­tebol, ver­tente futsal, jo­gado com fair play e aplau­dido por quem en­cheu as ban­cadas do po­li­des­por­tivo.

A Fu­ne­rária da Ca­pa­rica chegou à final, na qual bateu os Jo­vens Agri­cul­tores de Fol­gosa (Ar­mamar, Viseu) por um con­clu­sivo 10-1. O cinco da Ca­pa­rica tem me­ca­nismos con­so­li­dados, é equi­li­brado e dispõe de jo­ga­dores de pri­mo­rosa qua­li­dade téc­nica. Quem gosta desta mo­da­li­dade, em cres­cente afir­mação no nosso país, sentiu-se re­com­pen­sado.

Quem du­vida ainda das vir­tudes e vir­tu­a­li­dades do futsal fe­mi­nino, devia ter as­sis­tido à par­tida de exi­bição pro­ta­go­ni­zada pela Ctea!, de Gui­ma­rães, equipa que actua na As­so­ci­ação de Fu­tebol de Braga.

Re­a­lizou-se, ainda, a final do Tor­neio Avante Jovem, um sonho trans­for­mado em fu­tebol. Como seria bom que a mo­da­li­dade fosse sempre en­ten­dida e pra­ti­cada como o fazem estes pe­tizes. Mas como no futsal há golos, que ditam as vi­tó­rias, aqui vão os nomes dos fi­na­listas por es­ca­lões. Ben­ja­mins: CDR Fo­gue­teiro – Amora FC 2-1; Tra­quinas: Aca­demia Spor­ting de Cor­roios – Leão Al­tivo 3-4; Pe­tizes: Spor­ting CP – Aca­demia Spor­ting de Cor­roios 9-1.

Uma eterna glória

José Hen­ri­ques, mí­tico guarda-redes e glória eterna do Ben­fica, en­car­regou-se de en­tregar os tro­féus aos ven­ce­dores e ven­cidos. Disse-nos ele: «Os pais e avós destes miúdos é que me co­nhecem, mas, mesmo assim, é gra­ti­fi­cante ser eu a en­tregar-lhe os pré­mios. Até porque se vê bem que eles jogam com paixão. Agra­deço sin­ce­ra­mente o con­vite que me foi feito para estar aqui».

A be­leza do xa­drez

O tor­neio de xa­drez reuniu três de­zenas de es­ca­quistas de todo o País e até um de França e outro do Equador. De­pois de ani­mada luta nos ta­bu­leiros, achou-se o ven­cedor: Rocha Pedro Da­niel Marquês (GD Ca­vadas).

O Pa­vi­lhão do Xa­drez foi ainda palco de uma si­mul­tânea, em que Mário Fi­guei­redo en­frentou vá­rios xa­dre­zistas.

«Há uns anos que faço esta si­mul­tânea – de­clarou o xa­dre­zista – e sinto sempre um prazer re­no­vado. É bom en­con­trar novas pes­soas, novas caras, novas si­tu­a­ções. Além disso, cada par­tida de xa­drez tem qual­quer coisa que a di­fe­rencia das an­te­ri­ores. Gosto da con­cen­tração, da be­leza do jogo, da von­tade que os ou­tros têm de der­rotar o si­mul­ta­ne­ador. É ver­dade que nunca me acon­teceu, numa si­mul­tânea, perder um grande nú­mero de par­tidas. Mas, se tal se ve­ri­fi­casse, não fi­caria de­sa­pon­tado. No xa­drez, como em muitas ou­tras dis­ci­plinas, há sempre três re­sul­tados pos­sí­veis».

Po­li­des­por­tivo sempre cheio e em mo­vi­mento

O po­li­des­por­tivo es­teve sempre ocu­pado. Logo na noite de sexta-feira, aí as­sis­timos ao Sarau Gí­mi­nico, con­du­zido pelas téc­nicas Fi­lipe Câ­mara e Rita Rai­mundo, do In­de­pen­dente Tor­rense. «Há vá­rios anos que as atletas do Tor­rense se apre­sentam nesta Festa, sendo vi­sível como lhes agrada o am­bi­ente que aqui se res­pira. Du­rante o ano, vamos pre­pa­rando o nosso pro­grama já a contar com a Festa do Avante!.»

Su­cedeu-se um mo­mento não menos belo: a Gala de Dança. Os dan­ça­rinos da So­ci­e­dade Mu­sical 5 de Ou­tubro, Aca­demia de Dança de Mos­ca­vide, Clube Re­cre­a­tivo e Des­por­tivo do Fo­gue­teiro e So­ci­e­dade Fi­lar­mó­nica Ope­rária Amo­rense en­cherem de be­leza mi­lhares de olhos, que os acom­pa­nharam ao som de valsas, sambas, tangos, rumbas, paso do­bles, fox­trotes e ou­tras tão co­nhe­cidas como estas.

No mesmo local, re­a­li­zaram-se con­ví­vios de an­debol (in­fantis) e bas­que­tebol (sub-16): o pri­meiro, pôs em evo­lução os con­juntos do Centro de So­li­da­ri­e­dade So­cial de Pi­nhal de Frades e o Centro Cul­tural e Re­cre­a­tivo do Alto do Moinho; o se­gundo, o Seixal Clube 1925 e o Basket Al­mada Clube.

As­sistiu-se também a jogos de de­mons­tração de bas­que­tebol e an­debol em ca­deiras de rodas, por ini­ci­a­tiva da As­so­ci­ação Por­tu­guesa de De­fi­ci­entes de Lisboa e Leiria e uma Gala de Artes Mar­ciais. Foi então pos­sível ad­mirar vá­rias ver­tentes de de­fesa pes­soal, desde as mais co­nhe­cidas, como o judo, jogo do pau, jiu jitsu, ta­ekwando e ai­kido, até ou­tras de nomes menos fa­mi­li­ares, mas de igual es­pec­ta­cu­la­ri­dade.

Claro que o hó­quei em pa­tins não po­deria faltar, e os sub-15 do Grupo Des­por­tivo Criar T Seixal Hó­quei e a Ju­ven­tude Azei­to­nense deram es­pec­tá­culo. Show a valer deram também as jo­vens da Lisboa Roller Derby Le­ague, que jogam, em re­gime de de­mons­tração, um girls roller derby, uma coisa bi­zarra que faz lem­brar o fu­tebol ame­ri­cano, em que o ár­bitro são as pró­prias jo­ga­doras.

Acres­cente-se, para en­tu­si­asmo final, uma aula aberta de zumba, ori­en­tada por Vera Vi­to­rino, que con­gregou cerca de 300 pes­soas de todas as idades, e o Fes­tival de Pa­ti­nagem Ar­tís­tica, en­ri­que­cido com as ac­tu­a­ções das pa­ti­na­doras da Casa do Pes­soal da Secil, So­ci­e­dade Re­cre­a­tiva União Ba­nhei­rense e Clube do Pes­soal da Si­de­rurgia Na­ci­onal.

Do boccia aos jogos tra­di­ci­o­nais

Há mo­da­li­dades que in­te­gram, desde há muito, o pro­grama des­por­tivo da Festa. Estão, neste caso, o boccia, dis­ci­plina que in­cluiu um con­vívio sé­nior, em que par­ti­ci­param grupos das AURPI da Torre da Ma­rinha e de Mi­ra­tejo, bem como do clube de fu­tebol Os Sa­dinos.

Por sua vez, a As­so­ci­ação de Pa­ra­lisia Ce­re­bral de Al­mada e Seixal or­ga­nizou jogos de boccia.

Os chin­qui­lhistas or­ga­ni­zaram o seu tor­neio com o en­tu­si­asmo e em­penho que se lhes re­co­nhece. A União Des­por­tiva e Cul­tural Ba­nhei­rense foi a equipa que levou a me­lhor.

O ma­tra­qui­lhó­dromo es­teve aberto à prá­tica livre. Ri­cardo Fer­reira, pre­si­dente da As­so­ci­ação de Ma­tra­qui­lhos do Dis­trito de Lisboa, es­tima que se re­a­li­zaram, du­rante os três dias da Festa, 2500 jogos! Quanto ao tor­neio, foi ganho pela dupla Mi­guel André – André Ban­darra, que bateu na final a con­gé­nere for­mada por João Campos – Fran­cisco Ca­lado.

Quem qui­sesse, ao passar pelo local, podia ex­pe­ri­mentar jogos tra­di­ci­o­nais, ali à dis­po­sição de todos, forma de des­co­brir ou re­lem­brar tempos re­cu­ados: ar­golas, jogo do en­rola, jogo do sapo, jogo do 31, jogo do burro e jogo das latas.

E quem não gos­taria de subir por uma pa­rede? Pois na Festa fi­zeram-no um largo nú­mero de pes­soas de idades dis­tintas. Rita, a téc­nica que as­sistiu os es­ca­la­dores, diz que o mais im­por­tante é as cri­anças terem a pri­meira ex­pe­ri­ência. Ou­tros, pre­fe­riram so­bre­voar o lago pen­du­rados num slide mon­tado com toda a se­gu­rança por ele­mentos da As­so­ci­ação de Pa­ra­que­distas de Al­mada e Seixal.

Não há Festa como esta. Não há des­porto como este! Cer­tezas de quem vai e vê!

 



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