Fixar preços de bens e serviços e aumentar salários e pensões
O PCP está a promover, em todo o País, uma campanha pela limitação dos preços dos bens e serviços essenciais e pelo aumento da retribuição de quem trabalha.
O Governo PS não combate a especulação
As acções decorrem fundamentalmente junto de grandes superfícies comerciais e colocam em causa o contraste entre o aumento médio do cabaz alimentar, em cerca de 21%, e dos lucros, em 30 por cento, de duas grandes cadeias de distribuição alimentar.
Durante o passado fim-de-semana, no distrito de Setúbal, decorreram várias iniciativas de contacto (nas fotos) com o intuito de denunciar que os 629 milhões de lucros dos grupos Jerónimo Martins e Sonae foram arrecadados à custa do crescimento especulativo dos preços e da exploração do trabalho. De resto, além de notar o aumento do custo de vida, o Partido alerta, ainda, para a necessidade de aumentar os salários e as pensões de reforma, medidas de urgente aplicação a par da fixação do preço dos bens e serviços essenciais.
Recorde-se que no passado dia 13, o PCP apresentou, na Assembleia da República, uma proposta legislativa visando o controlo daqueles, a qual acabou chumbada pelos deputados de PS, PSD, IL e Chega.
Também no Algarve, a Organização Regional do PCP (ORAL) informou que estão em curso acções de contacto, mobilização e esclarecimento no mesmo âmbito, sublinhando que «a larga maioria da população não deve ficar dependente das estratégias de maximização de lucro dos grupos económicos do sector da grande distribuição», os quais, «ao mesmo tempo que esmagam os preços pagos aos produtores e que aniquilam o pequeno comércio, apropriam-se de margens de lucro especulativas, que fazem repercutir sobre os preços pagos pelos consumidores».
A ORAL critica, também, «a falta de respostas do Governo PS no combate à especulação», e reivindica que «para responder efectivamente ao problema é preciso enfrentar os lucros fabulosos (em 2022 foram mais de 629 milhões só para os dois maiores grupos da distribuição)», bem como «aprovar a proposta do PCP para a criação de um regime de preços máximos a aplicar a um cabaz alimentar essencial e definir um preço de referência para cada um dos produtos, com base nos custos reais».