Resistência e solidariedade defendem direitos atacados
Uma concentração nacional de solidariedade com um vigilante, que está a ser vítima de forte repressão patronal, teve lugar no dia 20, sexta-feira, em frente da sede da Vigiexpert, em Alfragide (Amadora). Promovida pelo STAD/CGTP-IN, que convocou greve para esse dia, a acção contou com a presença da Secretária-geral da confederação, Isabel Camarinha.
Para o PCP – que teve no local uma delegação (Alma Rivera, do Comité Central e deputada na AR, e Tiago Dores, da Direcção da Organização Regional de Lisboa), a prestar solidariedade, e nesse mesmo dia colocou na Assembleia da República uma pergunta escrita, dirigida à ministra do Trabalho –, aquilo que Eugénio Rego está a passar constitui um exemplo.
Por um lado, a «prática desumana da Vigiexpert» reflecte práticas que têm sido «relatadas várias vezes» por profissionais deste sector, que afirmam haver «postos de castigo» e camaradas de trabalho que, «por não aguentarem a pressão, despedem-se e saem sem indemnizações».
Por outro lado, o Partido enaltece a «persistência em defesa do posto de trabalho» e «a vontade de denunciar a repressão», como também se refere numa nota publicada na página da DORL na Internet.
O trabalhador passou da Securitas para a Vigiexpert, quando ocorreu uma transmissão de estabelecimento (mudança da empresa a quem estava contratado serviço). Perante um novo horário, prevendo horas suplementares pagas a cerca de dois euros, muito abaixo do valor normal, recusou-se a prestá-las, por se tratar de uma imposição ilegal.
Como relataram o sindicato e o Partido, Eugénio foi mandado trabalhar no parque de estacionamento da sede, desde 10 de Novembro, e depois (já com intervenção da ACT), no turno da noite e madrugada, sem abrigo nem instalações sanitárias. Está suspenso.
Também no dia 20, o STAL/CGTP-IN tornou público o seu repúdio veemente, perante o facto de, na véspera, a presidente da Câmara Municipal de Nisa ter impedido dirigentes e delegados do sindicato de acederem a instalações do município, para actividade sindical.
O sindicato «solicitou de imediato a presença das forças de segurança, junto de quem participou de tal ilicitude, tendo ainda decidido avançar com uma queixa junto da Autoridade para as Condições do Trabalho».