Coragem e firmeza contra o terrorismo contra-revolucionário contadas em livros

O livro «Apontamentos sobre os ataques terroristas contra o PCP e os comunistas no Alto Minho – 1975/1976» foi apresentado numa iniciativa pública realizada no Largo Rodrigues Sampaio, em Esposende, com a participação de Jaime Toga, da Comissão Política, António Lopes, da Organização Regional de Braga do PCP, e Manuel Carvoeiro, da Comissão Concelhia de Esposende.

Entre 1975 e 1976 300 acções terroristas visaram o PCP

António Lopes, que assumiu a responsabilidade pela Organização Regional de Braga após o 25 de Abril e que vivenciou o processo revolucionário na região, valorizou a oportunidade da iniciativa, tendo em conta as comemorações dos 50 anos da Revolução. Lembrou, a propósito, actos criminosos concretizados por organizações terroristas no distrito de Braga contra sedes do PCP e a coragem dos militantes e amigos do Partido, que nunca permitiram que os objectivos dos inimigos da democracia fossem concretizados.

Jaime Toga, por seu lado, destacou as importantes conquistas democráticas alcançadas com a Revolução de Abril e recordou que enquanto o PCP e outras forças progressistas se empenhavam na consolidação da Revolução e do avanço das suas conquistas, elementos conservadores e revanchistas, caciques locais e forças reaccionárias, com a colaboração de PS, PPD e CDS e sectores mais conservadores e golpistas, procuravam travar a marcha do processo revolucionário. Em vastas zonas no território, lembrou, tiveram lugar actos terroristas, designadamente assaltos, saques, destruição, atentados à bomba contra centros de trabalho do PCP e a perseguição e espancamento (alguns até morte) de militantes comunistas. Em alguns casos, a fúria reaccionária estendeu-se a escritórios, livrarias, cafés, consultórios, automóveis de militantes e simpatizantes do PCP.

Entre 26 de Maio de 1975 e 27 Janeiro de 1976, um registo da Secção de Informação e Propaganda do PCP anotava cerca de 300 acções terroristas: 75% a norte do país, entre as quais 145 com carga explosiva, 149 assaltos, saques ou incêndios, 11 atentados a tiro.

O livro desenvolve com mais detalhe quatro situações: o assalto ao Centro de Trabalho do PCP em Valença, que uniu dirigentes locais de PS, PPD e do PPM; o incêndio do Centro de Trabalho de Arcos de Valdevez, com a acção de dirigentes do CDS e de antigos quadros da PIDE; a morte de José Costa Lima, na sequência de um comunicado reaccionário que apelava à violência contra os comunistas; o assassinato de Manuel Silva, espancado por terroristas locais porque havia sido testemunha do assalto que estes tinham feito ao Centro de Trabalho do PCP em Ponte da Barca.

Manuel Carvoeiro, que enquadrou e apresentou a iniciativa, salientou que para o PCP comemorar o 25 de Abril é também informar e esclarecer sobre o que foi a opressão e o terror fascista, o que foi a resistência e a luta antifascista.

A sessão inseriu-se no Roteiro do Livro Insubmisso, promovido pela Direcção da Organização Regional de Braga do PCP, e que tem vindo a percorrer o distrito com a apresentação de livros que abordam a resistência ao fascismo, a Revolução de Abril, a luta do PCP e as mudanças do mundo em que vivemos.

Guerra Colonial e descolonização nos Olivais
O PCP realizou, no dia 24, uma iniciativa sobre a Guerra Colonial e a descolonização nos 50 anos do 25 de Abril, na Casa da Cultura dos Olivais, em Lisboa. Através do livro de Mário Pádua, No percurso de Guerras Coloniais 1941-1969, apresentado por Rui Mota, das Edições Avante!, foi possível reflectir sobre o contexto político em torno da Guerra Colonial, as pesadas consequências desta guerra para o País e o povo e sobre o posicionamento do PCP face a estas questões.

Na iniciativa, houve também oportunidade para conhecer um pouco mais do extraordinário percurso de vida de Mário Pádua, militante comunista e médico, do seu contributo durante a Guerra Colonial e das suas obras sobre esse período histórico.

 



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