Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Derrotar a perigosa agenda do Governo de exploração ao serviço do capital!


Que bonita está esta Festa, construída a pulso por milhares de militantes e amigos do Partido e da Festa.

Per­mitam-me uma pa­lavra par­ti­cular para a JCP e a ju­ven­tude que aqui marcam forte pre­sença e fazem sua, esta Festa que nas pa­la­vras de Álvaro Cu­nhal é «a maior, a mais ex­tra­or­di­nária, a mais fra­terna e hu­mana, ja­mais re­a­li­zada no nosso País».

Uma sau­dação aos ar­tistas, des­por­tistas, a todos os que ga­rantem a Festa e todo o seu fun­ci­o­na­mento. Uma sau­dação aos vi­si­tantes e em es­pe­cial aos muitos que aqui estão pela pri­meira vez.

Sejam todos bem vindos, esta é a vossa Festa, para o ano nos dias 5, 6 e 7 de Se­tembro cá es­ta­remos. E fica desde já o com­pro­misso: hoje em Festa na Ata­laia, amanhã agindo sobre os pro­blemas e as di­fi­cul­dades, com de­ter­mi­nação e ale­gria na luta, podem contar sempre com o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês.

Aqui estão os que não baixam os braços e não de­sistem de lutar por um mundo me­lhor.

Um ob­jec­tivo que par­ti­lhamos com as de­zenas de de­le­ga­ções in­ter­na­ci­o­nais, que muito nos honram com a sua pre­sença e que fra­ter­nal­mente sau­damos. Contam com a so­li­da­ri­e­dade do PCP, nessa luta que é comum pelos di­reitos e as­pi­ra­ções dos nossos povos. Contam com o em­penho do PCP para re­forçar o mo­vi­mento co­mu­nista e re­vo­lu­ci­o­nário in­ter­na­ci­onal e para alargar a frente anti-im­pe­ri­a­lista.

Pa­les­tina ven­cerá!
Daqui sau­damos o co­ra­joso povo pa­les­ti­niano e afir­mamos a nossa so­li­da­ri­e­dade para com a sua luta li­ber­ta­dora.

Lem­bramos hoje o mo­mento, nesse sá­bado de 6 de Se­tembro de 2003, há 21 anos, em que Yasser Arafat, Pre­si­dente da Or­ga­ni­zação para a Li­ber­tação da Pa­les­tina, a OLP, na al­tura cer­cado em Ra­mallah pelo exér­cito is­ra­e­lita, es­ta­be­leceu um con­tacto te­le­fó­nico que per­mitiu que a sua voz fosse trans­mi­tida em di­recto aos par­ti­ci­pantes da Festa do Avante! e a todo o povo por­tu­guês.

Um mo­mento mar­cante e ines­que­cível em que o his­tó­rico di­ri­gente da re­sis­tência agra­deceu o apoio do povo por­tu­guês à causa na­ci­onal pa­les­ti­niana.

Quando hoje o povo pa­les­ti­niano em Gaza e na Cis­jor­dânia está a ser mas­sa­crado por Is­rael, aqui es­tamos a dizer basta e a cum­prir esse com­pro­misso de so­li­da­ri­e­dade de sempre.

Aqui não ca­lamos o ge­no­cídio do povo pa­les­ti­niano às mãos da má­quina de guerra de Is­rael, com o apoio dos Es­tados Unidos da Amé­rica e da União Eu­ro­peia. Desses de onde não surge uma ini­ci­a­tiva que vise o ime­diato cessar-fogo na Faixa de Gaza e o re­co­nhe­ci­mento do Es­tado da Pa­les­tina como de­ter­minam as re­so­lu­ções das Na­ções Unidas.

Pelo con­trário, o que vemos é o envio de armas e mais armas para pros­se­guir o ge­no­cídio.

É isto que é pre­ciso travar e ques­ti­onar, tal como fi­zemos no Par­la­mento Eu­ropeu, pela voz do nosso de­pu­tado eleito, exi­gindo desde já a sus­pensão do Acordo de As­so­ci­ação UE-Is­rael.

São hi­pó­critas, cúm­plices e pro­mo­tores do mas­sacre em curso, e mais cedo do que tarde vão ter de res­ponder por isso.

Mas a Pa­les­tina não está só, o povo pa­les­ti­niano não está só. A so­li­da­ri­e­dade que lhe falta dos go­vernos ver­gados aos EUA e a Is­rael, como é exemplo o Go­verno do PSD/​CDS que teima em não re­co­nhecer o Es­tado da Pa­les­tina, tem-na dos povos que saem à rua em todo o mundo, e Por­tugal não é ex­cepção.

Uma luta e so­li­da­ri­e­dade que aqui se ex­pressa e que vai con­ti­nuar. Com a força e a co­ragem do povo pa­les­ti­niano e a so­li­da­ri­e­dade de todos nós – Pa­les­tina ven­cerá!


Paz sim, guerra não!
Daqui enviamos uma forte saudação aos trabalhadores e aos povos que, por esse mundo fora, lutam e avançam.

Exem­plos de re­sis­tência e pro­cessos de mu­dança que se afirmam e põem em causa a ordem im­pe­ri­a­lista, em que as­sume im­por­tante papel a China e ga­nham re­levo di­versas co­o­pe­ra­ções mul­ti­la­te­rais.

Um abraço so­li­dário a Cuba e à sua Re­vo­lução, à Ve­ne­zuela Bo­li­va­riana e ao povo ve­ne­zu­e­lano, ao povo sa­rauí e à sua luta de li­ber­tação na­ci­onal, exem­plos, entre muitos ou­tros, de re­sis­tência he­róica e um factor de es­pe­rança e con­fi­ança na justa luta que tra­vamos.

Numa al­tura em que os EUA e ou­tras po­tên­cias ca­pi­ta­listas não he­sitam em re­correr ao seu braço ar­mado, a NATO, nem ao fas­cismo para in­ten­si­ficar as pro­vo­ca­ções, as chan­ta­gens, san­ções, blo­queios, in­ge­rên­cias, golpes e guerras contra países e povos que não se sub­metem às suas or­dens.

Aqui afir­mamos e de­fen­demos a paz e damos com­bate aos que fazem da morte e des­truição, ga­ran­tias de lucro da in­dús­tria do ar­ma­mento. Não nos ar­rastam para a pro­pa­ganda da guerra, para o dis­curso do ódio, para o mi­li­ta­rismo. Não de­sis­timos - Paz sim, guerra não.

Aqui não se es­quecem os mi­lhares de mortos no Mar Me­di­ter­râneo, aban­do­nados por uma União Eu­ro­peia que enche a boca de di­reitos hu­manos. Uma União Eu­ro­peia cada vez mais às or­dens dos EUA, ao ser­viço dos in­te­resses eco­nó­micos e do mi­li­ta­rismo, e que abre as portas a con­cep­ções e forças re­ac­ci­o­ná­rias e fas­cistas.

Aqui sa­bemos que o ca­pi­ta­lismo é o sis­tema da po­breza, da fome, da do­ença e onde tudo é ne­gócio: a saúde, a edu­cação, a in­fância, a ve­lhice, os pró­prios seres hu­manos, a morte, a guerra, o am­bi­ente, a água e todos os ou­tros re­cursos na­tu­rais.

O ca­pi­ta­lismo é ex­plo­ração, pre­dação, in­jus­tiça, de­si­gual­dade, não é nem nunca será verde e a sua su­pe­ração re­vo­lu­ci­o­nária é o grande ob­jec­tivo e ne­ces­si­dade dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

Po­lí­tica de­sas­trosa
Uma luta que tra­vamos em Por­tugal, onde dois mi­lhões de pes­soas que cá vivem e tra­ba­lham en­frentam a po­breza e a ex­clusão so­cial, ao mesmo tempo que os 10% mais ricos con­cen­tram mais de me­tade de toda a ri­queza pro­du­zida.

In­jus­tiça e de­si­gual­dade re­sul­tantes de uma po­lí­tica que serve os in­te­resses do grande ca­pital mas que não serve à mai­oria. Não serve aos tra­ba­lha­dores, des­res­pei­tados, obri­gados não raras vezes a re­correr a dois e três em­pregos, em­pur­rados para baixos sa­lá­rios, pre­ca­ri­e­dade, ho­rá­rios des­re­gu­lados, car­reiras e pro­fis­sões des­va­lo­ri­zadas.

Não serve aos ser­viços pú­blicos, des­man­te­lados e com falta de pro­fis­si­o­nais.

Este ca­minho li­beral, do salve-se quem puder, não serve à ju­ven­tude, com tra­ba­lhos e vidas pre­cá­rias, falsos re­cibos verdes, de­sem­prego, sa­lá­rios ainda mais baixos, cres­centes di­fi­cul­dades de acesso à ha­bi­tação e for­çados a emi­grar.

Não serve aos re­for­mados e pen­si­o­nistas que não aguentam as des­pesas com ali­men­tação e me­di­ca­mentos.

Não serve aos utentes do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, no­me­a­da­mente aos que con­ti­nuam sem mé­dico de fa­mília, às grá­vidas e cri­anças em per­ma­nente ins­ta­bi­li­dade e in­se­gu­rança, como aquela que mais uma vez, neste fim-de-se­mana, se faz sentir, com muitas ur­gên­cias fe­chadas.

Não serve aos imi­grantes, su­jeitos a con­di­ções de tra­balho e de vida de­su­manas e cada vez mais em­pur­rados para redes de trá­fico hu­mano.

Não serve aos pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, su­fo­cados pelos custos da energia, do cré­dito, se­guros e co­mu­ni­ca­ções, tudo sec­tores que estão na mão do grande ca­pital.

Não serve aos agri­cul­tores, desde logo os pro­du­tores de vinho a braços com gri­tantes di­fi­cul­dades.

Não serve aos que tudo sa­cri­ficam para aceder ou manter uma casa en­fren­tando pres­ta­ções e rendas in­su­por­tá­veis.

Ao ser­viço dos po­de­rosos
Esta po­lí­tica não serve a quem en­frenta o au­mento de custo de vida, mas as­senta que nem uma luva à banca e aos seus 14 mi­lhões de euros de lu­cros por dia. 

Serve aos que fazem da do­ença o ne­gócio mais lu­cra­tivo a se­guir ao trá­fico de armas, como lem­brou uma das ac­ci­o­nistas do grupo Luz Saúde.

Serve à grande dis­tri­buição, que aperta pro­du­tores e con­su­mi­dores.

Serve às ope­ra­doras de te­le­co­mu­ni­ca­ções, às con­ces­si­o­ná­rias das au­to­es­tradas e ae­ro­portos.

Serve aos que pre­param novos ata­ques aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e o as­salto ao di­nheiro da Se­gu­rança So­cial. 

Serve aos hi­pó­critas que en­chem a boca com a con­versa do menos Es­tado, mas que vivem à custa de um Es­tado que lhes en­trega em­presas de mão bei­jada e lhes ga­rante ne­gó­cios mi­li­o­ná­rios, re­dução do IRC, vá­rios be­ne­fí­cios fis­cais e ex­tra­or­di­ná­rias rendas com as Par­ce­rias Pú­blico-Pri­vadas.

Serve aos que fazem do trá­fico de in­fluên­cias e da cor­rupção ca­mi­nhos para as suas ne­go­ci­atas e que têm, como sempre afir­mámos, nas pri­va­ti­za­ções um dos prin­ci­pais ins­tru­mentos.

Tal como veio agora a pú­blico com o re­la­tório da Ins­pecção-Geral de Fi­nanças sobre a pri­va­ti­zação da TAP em 2015, con­fir­mando o que o PCP sempre disse: a TAP foi com­prada com o di­nheiro da pró­pria TAP num ne­gócio que podia e devia ter sido apu­rado até ao fundo na co­missão par­la­mentar de inqué­rito como propôs o PCP, não fosse a re­cusa de ou­tros, in­cluindo PS e BE.

Mais um crime eco­nó­mico e po­lí­tico que torna evi­dente a ur­gência de parar já a nova pri­va­ti­zação em curso, ga­ran­tindo uma gestão pú­blica que co­loque a TAP ao ser­viço do País.

Pe­rante mais este caso, até quando PS e PSD vão con­ti­nuar a travar a co­missão par­la­mentar de inqué­rito a outro crime que foi a pri­va­ti­zação da ANA?

Não de­sis­timos desta ba­talha.

Sub­missão aos in­te­resses do ca­pital
Cabe agora ao PSD e ao CDS o turno da go­ver­nação e exe­cução deste rumo de­sas­troso, com os seus su­ce­dâ­neos do Chega e a IL, que para além de serem con­victos apoi­antes das op­ções em curso, são au­tên­ticas le­bres de cor­rida das ve­lhas re­ceitas sau­do­sistas e re­ac­ci­o­ná­rias a que Abril pôs termo. Se há coisa de que o País não pre­cisa é das re­ceitas à moda do Chile de Pi­no­chet ou da Ar­gen­tina de Milei.

Quanto ao PS, que se re­clama de opo­sição, quando teve a opor­tu­ni­dade de in­verter este ca­minho, não só não o fez, como lhe es­can­carou as portas.

Um PS que se pre­para agora, a partir de ser­viços mí­nimos a que chama de li­nhas ver­me­lhas, para jus­ti­ficar a vi­a­bi­li­zação da po­lí­tica em curso.

A questão não está nas di­fe­renças que existem de facto entre estes par­tidos, o pro­blema está é na­quilo que os une. Todos ver­gados às or­dens da União Eu­ro­peia, sub­missos aos in­te­resses dos grupos eco­nó­micos e pro­ta­go­nistas e cúm­plices das pri­va­ti­za­ções, da des­truição do apa­relho pro­du­tivo e da ali­e­nação da so­be­rania na­ci­onal. 

Um rumo que o ac­tual Go­verno pros­segue e in­ten­si­fica e onde os novos e graves passos na pri­va­ti­zação da saúde anun­ci­ados esta se­mana são apenas o mais re­cente exemplo.

A cada dia, a cada de­cisão, a cada novo pa­cote, aí está o Go­verno PSD/​CDS a dar lastro à agenda de in­te­resses do ca­pital mo­no­po­lista. Uma pe­ri­gosa agenda de ex­plo­ração, des­truição de ser­viços pú­blicos e de ali­e­nação dos in­te­resses na­ci­o­nais que pre­cisa de ser der­ro­tada.

Cla­ri­ficar op­ções sem meias tintas
Es­tamos pe­rante um pro­jecto em rá­pido de­sen­vol­vi­mento e sobre o qual não se pode ficar em cima do muro.

Ou se está com os que querem apro­fundar a po­lí­tica de di­reita e con­cluir o pro­cesso contra-re­vo­lu­ci­o­nário, ou se está com as forças de Abril e da Cons­ti­tuição. Ou se go­verna para a mai­oria, ou se está ao ser­viço de uma mi­noria que se apro­pria de grande parte da ri­queza que é criada. É este o de­safio mais im­por­tante e a opção que está co­lo­cada aos de­mo­cratas e pa­tri­otas.

Quais as op­ções po­lí­ticas a tomar e ao ser­viço de quem? 

É esta a res­posta que se impõe dar e desde já no Or­ça­mento do Es­tado, e não ve­nham com a chan­tagem da ins­ta­bi­li­dade po­lí­tica. A ver­da­deira ins­ta­bi­li­dade é a da vida das pes­soas e a essa os go­ver­nantes, de hoje e de ontem, não res­pon­deram.

Uns e ou­tros, PSD, CDS e PS, Chega e IL, falam do Or­ça­mento como se não exis­tisse um País real. Falam de re­fe­rendos, li­nhas ver­me­lhas, ul­ti­matos e afins quando o que se impõe é res­ponder e já: às gra­vidas que não con­se­guem ir a uma ur­gência de obs­te­trícia, aos tra­ba­lha­dores e aos re­for­mados sempre a fazer contas à vida, aos que não con­se­guem aceder à ha­bi­tação, às cri­anças sem vaga na creche ou no pré-es­colar, aos es­tu­dantes sem pro­fes­sores e sem con­di­ções fi­nan­ceiras para aguentar a uni­ver­si­dade, aos imi­grantes que passam por vezes anos a tentar re­gu­la­rizar a sua si­tu­ação. 

É a vida real que pre­cisa de es­ta­bi­li­dade e que não terá mais uma vez res­posta no Or­ça­mento do Es­tado de um Go­verno apos­tado na pro­pa­ganda e na ilusão e que faz de cada pro­blema uma nova opor­tu­ni­dade de ne­gócio para os grupos eco­nó­micos.

Cada um que as­suma as suas res­pon­sa­bi­li­dades, sem jogos de som­bras e sem ma­no­bras.

Da nossa parte a opção é clara, lá es­ta­remos para alertar e de­nun­ciar os reais ob­jec­tivos e a quem serve de facto o Or­ça­mento. Lá es­ta­remos a apre­sentar as me­didas ne­ces­sá­rias que, no Or­ça­mento, e para lá dele, res­pondam aos pro­blemas, que são muitos e es­tru­tu­rais. O País não aguenta mais um ca­minho que está a tornar Por­tugal mais in­justo e de­pen­dente.

Mudar de rumo
Com a luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções e pela in­ter­venção do PCP, a força que de forma con­se­quente en­frenta esta po­lí­tica, é pos­sível e ur­gente cons­truir a al­ter­na­tiva e levar por di­ante uma outra po­lí­tica. Contem com o PCP para este exi­gente mas exal­tante ca­minho.

Esse ca­minho que se cons­trói a todos os ní­veis e também no Poder Local onde temos provas dadas com uma gestão au­tár­quica onde a CDU marca a di­fe­rença face a todos os ou­tros.

CDU, esta co­li­gação in­subs­ti­tuível, aberta à par­ti­ci­pação de muitos mi­lhares de pes­soas sem fi­li­ação par­ti­dária e que par­ti­lhamos com o Par­tido Eco­lo­gista “Os Verdes” e a As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica, nossos ali­ados que daqui sau­damos.

Um pro­jecto para ir mais longe e alargar a mais gente e a novos pro­ta­go­nistas que re­co­nhecem que este é o seu es­paço de acção por uma vida me­lhor, a força do tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência, desta força que sabe que, ao con­trário do que nos dizem, o País tem fu­turo. Não es­tamos des­ti­nados a ser um País de baixos sa­lá­rios, de po­breza e de­pen­dência. Como tantas vezes temos dito, na vida dos Povos não há becos sem saída.

Há res­posta para os pro­blemas na­ci­o­nais. Por­tugal tem meios, re­cursos, forças, gente ho­nesta e tem em Abril e na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica os ins­tru­mentos para levar por di­ante uma po­lí­tica pa­trió­tica so­be­rana e livre de cons­tran­gi­mentos e im­po­si­ções ex­ternas, uma po­lí­tica de es­querda com o tra­balho e os tra­ba­lha­dores no centro da sua acção.

A po­lí­tica al­ter­na­tiva
Uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que ga­rante aos jo­vens sa­lá­rios, es­ta­bi­li­dade e as con­di­ções para cá es­tudar, tra­ba­lhar, viver e ser feliz.

A al­ter­na­tiva que po­tencia o pa­tri­mónio de saber e de co­nhe­ci­mento dos tra­ba­lha­dores ci­en­tí­ficos e ou­tros tra­ba­lha­dores qua­li­fi­cados, re­co­nhece os seus di­reitos e os co­loca no centro do de­sen­vol­vi­mento do País.

Que res­peita quem tra­ba­lhou uma vida in­teira e ga­rante o acesso à re­forma sem cortes ao fim de 40 anos de des­contos.

A al­ter­na­tiva que sabe que me­didas pon­tuais, sendo im­por­tantes para quem as re­cebe no mo­mento, não podem servir de des­culpa para que o valor das pen­sões não au­mente como é ne­ces­sário.

Que sabe que as des­pesas pesam todos os meses e não se re­solvem com apoios pon­tuais, o que se impõe é o au­mento sig­ni­fi­ca­tivo das re­formas e pen­sões.

A al­ter­na­tiva que vê os di­reitos das cri­anças e dos pais como ele­mento es­tru­tu­rante. Foi por in­ter­venção do PCP que se ini­ciou o per­curso que per­mitiu que no ano lec­tivo pas­sado, 85 mil cri­anças ti­vessem tido creche gra­tuita, um passo de grande al­cance mas longe das ne­ces­si­dades. É ur­gente con­cre­tizar 100 mil novas vagas e a rede pú­blica e na­ci­onal de cre­ches gra­tuitas.

A al­ter­na­tiva que afirma o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde como a única ga­rantia de acesso de todos à saúde. A al­ter­na­tiva que res­peita e va­lo­riza car­reiras e sa­lá­rios e cria con­di­ções de tra­balho aos pro­fis­si­o­nais da saúde, para os fixar onde eles fazem falta, no Ser­viço Na­ci­onal de Saúde.

Esta é a al­ter­na­tiva que não se con­forma com a si­tu­ação na edu­cação, e por isso vamos con­frontar o Go­verno na As­sem­bleia da Re­pú­blica com a aber­tura de um ano lec­tivo que mais uma vez ar­ranca com falta de pro­fes­sores e ou­tros pro­fis­si­o­nais.

A al­ter­na­tiva que põe os lu­cros da banca a su­portar o au­mento das taxas de juro, dá es­ta­bi­li­dade aos con­tratos de ar­ren­da­mento, trava os des­pejos, re­gula as rendas e in­veste 1% do PIB por ano na ha­bi­tação pú­blica.

A al­ter­na­tiva que trava as pri­va­ti­za­ções, que põe o País a pro­duzir mais para im­portar menos.

A al­ter­na­tiva que de­fende o am­bi­ente, que aposta no trans­porte co­lec­tivo, que ga­rante a água e a sua gestão como bem ex­clu­si­va­mente pú­blico.

Au­mentar sa­lá­rios e pen­sões
A al­ter­na­tiva que res­ponde à grande emer­gência na­ci­onal - o au­mento geral e sig­ni­fi­ca­tivo dos sa­lá­rios. Um au­mento para todos os tra­ba­lha­dores e a va­lo­ri­zação das suas car­reiras e pro­fis­sões.

É isto que se impõe face à re­a­li­dade da vida e às ne­ces­si­dades dos tra­ba­lha­dores e a uma mais justa dis­tri­buição da ri­queza criada. Quem cria a ri­queza, quem ga­rante o fun­ci­o­na­mento do País, quem as­se­gura a ac­ti­vi­dade eco­nó­mica, tem de ser res­pei­tado e va­lo­ri­zado, tem de ter um sa­lário que lhe per­mita viver com dig­ni­dade.

Os tra­ba­lha­dores, o povo e a ju­ven­tude não ab­dicam deste ob­jec­tivo, o PCP não de­siste desta luta. Lan­çamos hoje aqui, na Festa do Avante!, uma cam­panha na­ci­onal para co­locar os sa­lá­rios no centro do de­bate po­lí­tico. “Mais sa­lá­rios, mais re­formas, para uma vida me­lhor”.

Numa ampla acção de con­tacto, mo­bi­li­zação, en­vol­vi­mento e par­ti­ci­pação, nas em­presas e lo­cais de tra­balho, nas ruas e praças do País, nos trans­portes pú­blicos, nas es­colas e mer­cados, em todos os lo­cais, é este o de­safio que vamos co­locar a cada tra­ba­lhador, a cada jovem, a cada mu­lher, a cada pen­si­o­nista.

Uma acção ne­ces­sária em torno das me­didas ur­gentes e das res­postas que se im­põem na vida de cada um. Con­fi­emos na força dos tra­ba­lha­dores e do povo, con­fi­emos na cri­a­ti­vi­dade e dis­po­ni­bi­li­dade da ju­ven­tude, con­fi­emos nessa luta que nas co­me­mo­ra­ções po­pu­lares dos 50 anos da Re­vo­lução de Abril e na jor­nada de luta do 1.º Maio neste ano se trans­formou em ines­que­cí­veis e emo­ci­o­nantes mo­mentos de afir­mação dos va­lores, das con­quistas e da força para de­fender Abril e res­peitar quem tra­balha.

Por uma vida me­lhor
Desta Festa de Abril, dei­xamos uma grande sau­dação a todos os que re­sistem e lutam e que jus­ta­mente as­piram a uma vida me­lhor.

Uma sau­dação à CGTP-IN, a grande cen­tral sin­dical dos tra­ba­lha­dores por­tu­gueses, a essa força or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores que todos os dias nos sec­tores, em­presas e lo­cais de tra­balho se ex­pressa na re­sis­tência, luta e con­quista de di­reitos, sa­lá­rios, avanços nas car­reiras e pro­fis­sões, res­peito e va­lo­ri­zação de quem tra­balha.

Uma res­posta de grande di­mensão e sig­ni­fi­cado, uma grande afir­mação dos di­reitos e da força dos tra­ba­lha­dores, uma justa luta que aí está e que se vai in­ten­si­ficar.

Uma sau­dação à luta pelo Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, nas ac­ções de en­fer­meiros, mé­dicos e ou­tros pro­fis­si­o­nais, e po­pu­la­ções.

Uma luta por uma vida justa, que sau­damos e que le­vará mi­lhares às ruas em vá­rios lo­cais no dia 28 de Se­tembro pelo di­reito à ha­bi­tação.

Uma luta que se trava pela edu­cação, a agri­cul­tura e ser­viços pú­blicos, contra o ra­cismo, a xe­no­fobia, as dis­cri­mi­na­ções, as in­jus­tiças e de­si­gual­dades.

Lutas às quais o PCP nunca faltou. Nas horas boas e nas mais di­fí­ceis, lá es­ti­vemos e cá es­tamos, nas em­presas, lo­ca­li­dades, ruas, bairros e em todas as frentes.

Por um Par­tido mais forte
Cons­ci­entes das di­fi­cul­dades ecom os pés na terra, es­tamos a cons­truir uma grande jor­nada ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores, do povo e da ju­ven­tude, que é o XXII Con­gresso do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, um mo­mento de par­ti­ci­pação, re­flexão e con­tri­buto in­subs­ti­tuível das or­ga­ni­za­ções e dos mem­bros do Par­tido, um pro­cesso de de­bate e de­cisão co­lec­tiva sem pa­ra­lelo no nosso País.

Que­remos mais Par­tido para uma maior li­gação às massas, aos seus pro­blemas e an­seios e aí ir buscar forças, meios e qua­dros para con­ti­nuar a luta.

Que­remos um Par­tido mais es­tru­tu­rado e or­ga­ni­zado para in­tervir me­lhor e tornar mais forte a luta dos tra­ba­lha­dores, do povo e da ju­ven­tude, para con­vergir e dar es­pe­rança e con­fi­ança aos de­mo­cratas e pa­tri­otas.

Que­remos um Par­tido mais forte no plano ide­o­ló­gico para me­lhor en­frentar o di­fícil ce­nário na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal que vai exigir a todos e a cada um a co­ragem, a de­ter­mi­nação e a mi­li­tância que nos ca­rac­te­riza.

En­fren­tamos os in­te­resses dos grupos eco­nó­micos, das mul­ti­na­ci­o­nais e dos seus vas­salos. Pa­gamos por isso o preço da dis­cri­mi­nação e do si­len­ci­a­mento, da men­tira e da ca­lúnia.

Con­fi­ança no fu­turo
Assim foi, assim é e assim será. Mas por muito que custe a al­guns, o PCP, com a sua iden­ti­dade co­mu­nista, na­tu­reza de classe, prin­cí­pios de fun­ci­o­na­mento e base teó­rica, o Mar­xismo-Le­ni­nismo, este Par­tido pa­trió­tico e in­ter­na­ci­o­na­lista li­gado aos tra­ba­lha­dores e ao povo, que não se deixa levar pela es­puma dos dias, foi e é capaz de re­sistir e avançar.

Temos ra­zões para ter or­gulho no nosso Par­tido e nos seus mais de 100 anos de luta, contra o fas­cismo, pela li­ber­dade e a de­mo­cracia, do seu papel de­ter­mi­nante na Re­vo­lução de Abril e na de­fesa das suas con­quistas.

É com uma imensa con­fi­ança, ale­gria e or­gulho que somos pro­ta­go­nistas e por­ta­dores do mais belo ideal e ob­jec­tivo que se pode co­locar à ju­ven­tude, aos tra­ba­lha­dores e ao povo, a so­ci­e­dade nova, o so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

Cá es­tamos. Es­tamos com os que criam a ri­queza, com quem tra­ba­lhou uma vida in­teira, es­tamos com a ju­ven­tude, os in­te­lec­tuais, com as mu­lheres, es­tamos com os que pro­curam em Por­tugal uma vida me­lhor, es­tamos com os que tra­ba­lham a terra e com os que lançam as redes ao mar, es­tamos com os que tra­ba­lham por turnos, à noite e ao fim de se­mana; es­tamos com os pe­quenos em­pre­sá­rios; com os que emi­gram, es­tamos com os di­reitos das cri­anças, com as pes­soas com de­fi­ci­ência, es­tamos com os que limpam, com os que cuidam, com os que ga­rantem o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, a edu­cação, a se­gu­rança, a de­fesa, a jus­tiça e todos os ser­viços, es­tamos com os que criam arte e cul­tura, com os que pro­jectam e cons­troem, es­tamos com os que con­duzem, com os que pro­duzem, es­tamos com os que ga­rantem que o País fun­ciona, es­tamos com a classe ope­rária e todos os tra­ba­lha­dores, es­tamos com a mai­oria, é esta or­gu­lho­sa­mente a nossa opção.

Com de­ter­mi­nação, com con­fi­ança, com a razão e a ver­dade do nosso lado, pelos Va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal, pelo So­ci­a­lismo e o Co­mu­nismo, a luta con­tinua.

Viva a so­li­da­ri­e­dade In­ter­na­ci­o­na­lista!

Viva a Paz!

Viva a Festa do Avante!

Viva a Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa!

Viva o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês!

(Tí­tulo e sub­tí­tulos da res­pon­sa­bi­li­dade da re­dacção)





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