Di­reitos con­quis­tados após o 25 de Abril e con­sa­grados com força cons­ti­tu­ci­onal, mas que têm de con­ti­nuar a ser de­fen­didos com per­sis­tência, or­ga­ni­zação e luta, pre­en­cheram vá­rios mo­mentos de de­bate no Es­paço Cen­tral.

No de­bate 50 anos de Abril e os di­reitos das mu­lheres. Pela igual­dade e eman­ci­pação, uma luta com ca­minho!, foi lem­brado o Abril que tarda ser cum­prido. No Fórum, do­mingo de manhã, fa­laram Pa­trícia Ma­chado (que mo­derou), Fer­nanda Ma­teus (ambas da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do PCP), An­drea Araújo (di­ri­gente da CGTP-IN), Sandra Pe­reira (que foi de­pu­tada no Par­la­mento Eu­ropeu) e Tânia Ma­teus (di­ri­gente do MDM).

Para pre­servar di­reitos ad­qui­ridos não basta que os utentes se queixem, é pre­ciso que se or­ga­nizem e lutem. Este foi o repto de Te­resa Gago, mé­dica, da pla­ta­forma cí­vica «Cas­cais», no Au­di­tório, do­mingo à tarde, quando se dis­cutiu o tema De­fender o SNS, o pri­vado não é al­ter­na­tiva. Bel­miro Ma­ga­lhães, da Co­missão Po­lí­tica do CC do PCP, mo­derou a troca de ideias, que passou pela cons­ta­tação de pro­blemas em hos­pi­tais e cen­tros de saúde, ur­gên­cias e ma­ter­ni­dades. Ber­nar­dino So­ares, do Co­mité Cen­tral, An­tónio Faria Vaz, mé­dico, Fer­nanda Santos, da Co­missão de Utentes do Hos­pital de Loures e di­ri­gente do MUSP, Rui Mar­roni, en­fer­meiro e di­ri­gente do Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses, de­fen­deram a ne­ces­si­dade de alargar a cons­ci­ência de que o pri­vado não é mesmo so­lução e levar esta ideia para a rua, para a luta.

De­mo­cra­ti­zação, li­ber­dade cul­tural – por um ser­viço pú­blico de cul­tura foi tema na manhã de sá­bado, no Au­di­tório, num de­bate di­ri­gido por Mar­ga­rida Bo­telho, da Co­missão Po­lí­tica do CC do PCP, com in­ter­ven­ções de An­tónio Ga­vela, Da­niel Fi­guei­redo, Fi­lipa Malva e Bár­bara Car­valho, mem­bros da Co­missão Na­ci­onal de Cul­tura do PCP. Foi re­a­fir­mado que é um dever do Es­tado as­se­gurar a con­cre­ti­zação do di­reito à cul­tura em todo o ter­ri­tório. Ouviu-se ali o apelo a que exi­gência de mais meios fi­nan­ceiros seja aliada à luta dos tra­ba­lha­dores por me­lhores sa­lá­rios e di­reitos.

No mesmo es­paço, sá­bado à tarde, o tema De­fender e va­lo­rizar a es­cola pú­blica foi abor­dado por Jorge Gon­çalves, Su­sana No­gueira e Ma­nuel Guerra, da Co­missão Na­ci­onal do PCP para a Edu­cação, Mário No­gueira, Se­cre­tário-Geral da FEN­PROF, e Tiago An­tunes, da Di­recção Na­ci­onal da JCP. Paula Santos, da Co­missão Po­lí­tica do CC do Par­tido e de­pu­tada, que mo­derou o de­bate, re­alçou que se vive um mo­mento de acen­tuada des­va­lo­ri­zação da es­cola pú­blica e ataque aos tra­ba­lha­dores da edu­cação, vi­sando a pri­va­ti­zação.

No Fórum, sá­bado à noite, Lutar pelo di­reito à ha­bi­tação foi tra­tado por João Dias Co­elho, Oc­távio Au­gusto (que mo­derou o de­bate), ambos mem­bros da Co­missão Po­lí­tica do CC do PCP, An­dreia Sousa e Pedro Ven­tura (ambos da Co­missão Na­ci­onal do PCP para as ques­tões da ha­bi­tação). Ali se va­lo­rizou o au­mento da con­tes­tação e luta por este di­reito es­sen­cial.