«Não existe um documento objectivo, inócuo, primário. (…) O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado; é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que detinham o poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória colectiva recuperá-lo e ao historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa.» As palavras são de Jacques Le Goff, o historiador francês aluno e depois sucessor de...