Maria Emília de Sousa confia no sucesso da CDU

«Em Almada temos vivido uma revolução contínua»

A Câ­mara Mu­ni­cipal de Al­mada é uma das mais re­co­nhe­cidas, a nível na­ci­onal, pelo seu tra­balho. Nos úl­timos 39 anos, este con­celho atingiu pa­ta­mares de de­sen­vol­vi­mento mui­tís­simos re­le­vantes em todos os do­mí­nios da vida local, quer ao nível so­cial, edu­ca­tivo e cul­tural, quer ao nível des­por­tivo, am­bi­ental e eco­nó­mico.

O Avante! foi falar com Maria Emília de Sousa, pre­si­dente desta au­tar­quia desde 1987, que pas­sará o tes­te­munho, se o povo de Al­mada o en­tender, a Jo­a­quim Judas, pri­meiro can­di­dato da CDU às elei­ções au­tár­quicas de 29 de Se­tembro, que pro­mete con­ti­nuar o rumo de de­sen­vol­vi­mento tra­çado.

Este é um pro­jecto sério, de es­querda. Por isso é que é um con­celho muito ape­te­cido, porque tem ali­cerces fortes

Image 13596

 

«Em Al­mada nós temos um pro­jecto que vem desde o 25 de Abril, pri­meiro com a Co­missão Ad­mi­nis­tra­tiva, cons­ti­tuída por de­mo­cratas, onde os co­mu­nistas ti­veram um papel muito im­por­tante, e, de­pois, desde as pri­meiras elei­ções au­tár­quicas, com a FEPU, com a APU e, agora, com a CDU», re­corda Maria Emília de Sousa, su­bli­nhando que «há aqui um pro­jecto que tem 39 anos de exe­cução, com di­fe­rentes in­ter­pretes, mas sempre com um con­teúdo co­e­rente e con­se­quente».

«Al­mada nunca se afastou do seu rumo e do seu pro­jecto para a cri­ação de uma so­ci­e­dade mais justa, onde todos contam e onde a fe­li­ci­dade das pes­soas é o nosso pro­pó­sito per­ma­nente», acres­centa.

Neste «per­curso de êxito», partiu-se de uma re­a­li­dade bas­tante di­fe­rente da que hoje existe. «Al­mada, em 1973, no tempo do fas­cismo, passou de vila a ci­dade, mas era uma terra onde o es­goto corria a céu aberto, onde não havia ár­vores, onde a água fal­tava e não che­gava a grande parte das casas, onde as es­colas eram uma des­graça e o en­sino li­mi­tador para as classes tra­ba­lha­doras, onde a terra ba­tida nas ruas era uma re­a­li­dade, onde o lixo era des­pe­jado e quei­mado», lembra, fri­sando que «foi o nosso pro­jecto, com muitas cen­tenas de ho­mens e mu­lheres, com a po­pu­lação e um es­tilo de tra­balho en­vol­vendo todos, também nas co­lec­ti­vi­dades e nas fá­bricas, que nos trouxe até aos dias de hoje».

Tudo isto, sa­li­enta, a «uma ve­lo­ci­dade ver­ti­gi­nosa, par­tindo de uma si­tu­ação de mi­séria geral para uma ci­dade de­sen­vol­vida, que está no ran­king das mais de­sen­vol­vidas, do ponto de vista na­ci­onal e eu­ropeu». E isso é in­ques­ti­o­nável!

Re­vo­lução con­tínua

A gestão da CDU, assim como da FEPU e da APU, sempre optou por op­ções muito sé­rias, onde se es­ta­be­le­ceram pri­o­ri­dades, e a pri­meira, a partir de 1976, foi o sa­ne­a­mento bá­sico e o or­de­na­mento do ter­ri­tório.

«O sa­ne­a­mento, a água de qua­li­dade e o lixo tra­tado são ques­tões fun­da­men­tais para a saúde das po­pu­la­ções. De­pois, foi a questão do or­de­na­mento do ter­ri­tório», ex­plica Maria Emília de Sousa, lem­brando que nos fi­nais dos anos 60 a ponte que agora se chama de 25 de Abril «tinha criado uma grande aces­si­bi­li­dade a Al­mada, um ter­ri­tório com quase 20 qui­ló­me­tros de praias, e onde a cons­trução clan­des­tina di­la­cerou grande parte do ter­ri­tório».

«Dei­támos para o cai­xote do lixo planos que ocu­pavam com casas e pré­dios o nosso ter­ri­tório. Onde hoje temos o Parque da Paz ha­veria uma selva de ci­mento se não ti­vesse ha­vido essa de­cisão de deitar fora os planos do fas­cismo e ela­borar novos planos de ur­ba­ni­zação e de or­de­na­mento do ter­ri­tório, que acau­te­lassem as ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções: os grandes par­ques da ci­dade, as es­colas, os cen­tros de saúde e hos­pi­tais, as forças de se­gu­rança, os jar­dins, os par­ques, os equi­pa­mentos so­ciais de in­fância, de idosos, de de­fi­ci­entes, as igrejas, os equi­pa­mentos des­por­tivos, cul­tu­rais, as co­lec­ti­vi­dades e as­so­ci­a­ções», enu­mera.

«Aquilo que nós temos hoje, o que nós somos, não pode ser des­li­gado desse pro­cesso de par­ti­ci­pação. Em Al­mada temos vi­vido uma re­vo­lução con­tínua, no sen­tido de trans­for­mação per­ma­nente da vida local», va­lo­riza Maria Emília de Sousa.

Apostar na Cul­tura

Outra das apostas da CDU, de grande im­por­tância para as pes­soas, foi na Cul­tura. Também aqui, antes do 25 de Abril, à ex­cepção das co­lec­ti­vi­dades de cul­tura e de re­creio, não existia nada.

«Se Al­mada é hoje uma ci­dade edu­ca­dora, da cul­tura e do co­nhe­ci­mento, foi porque criámos di­nâ­micas lo­cais para es­ti­mular a ac­ti­vi­dade cri­a­tiva e as áreas cul­tu­rais», afirma a ac­tual pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal, dando como exemplo a Casa Mu­ni­cipal da Ju­ven­tude, que abriu as suas portas em 1989 e que foi «o ver­da­deiro al­fobre da cri­ação de inú­meras as­so­ci­a­ções ju­venis, que se cons­ti­tuíram para in­tervir em todas as áreas cul­tu­rais».

«Com os anos, o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo ju­venil cresceu de uma forma ex­po­nen­cial e a ca­pa­ci­dade cri­a­tiva foi es­ti­mu­lada», des­taca, re­fe­rindo um outro caso: o Grupo de Cam­po­lide, que, sob a di­recção de Jo­a­quim Be­nite, veio para Al­mada em 1978, ins­ta­lando-se no te­atro da Aca­demia Al­ma­dense. Mais tarde passou a de­signar-se Com­pa­nhia de Te­atro de Al­mada e em 1988 torna-se re­si­dente do Te­atro Mu­ni­cipal de Al­mada.

«Com a Com­pa­nhia, nós in­cen­ti­vámos a cri­ação de múl­ti­plos grupos de te­atro, e hoje temos um mo­vi­mento – na dança, na fo­to­grafia, no te­atro, na mú­sica, nas artes plás­ticas – muito amplo», lembra.

No en­tanto, houve ne­ces­si­dade de criar «es­paços fí­sicos», tendo a CDU, ao longo da sua gestão, criado uma vasta rede de equi­pa­mentos. «Nós trans­for­mámos um mer­cado abas­te­cedor num te­atro, o an­tigo te­atro mu­ni­cipal de Al­mada, e há pouco tempo umas an­tigas ofi­cinas num Quar­teirão das Artes», sa­li­enta a au­tarca, dando ainda conta de ou­tros equi­pa­mentos, como o Centro de Arte Con­tem­po­rânea, o Centro de Tra­di­ções Ar­te­sa­nais e o Con­vento dos Ca­pu­chos e o novo Te­atro Mu­ni­cipal de Al­mada, que tem o se­gundo maior palco do País, para além da rede de bi­bli­o­tecas, que existem em vá­rios pontos do con­celho.

 

CDU aposta no de­sen­vol­vi­mento

Em contra-ciclo com o Poder Cen­tral

Al­mada ficou ainda co­nhe­cida por ser pre­do­mi­nan­te­mente in­dus­trial. «Tí­nhamos or­gulho em ser um con­celho ope­rário», afirma Maria Emília de Sousa, acu­sando, de ime­diato, os di­fe­rentes go­vernos, a co­meçar pelo do ac­tual Pre­si­dente da da Re­pú­blica, mas também os do PS, de terem des­truído este im­por­tante sector através «dos con­tratos que foram es­ta­be­le­cendo com Bru­xelas». «A cons­trução e a re­pa­ração naval, a mo­agem, tudo isto de­sa­pa­receu», cri­tica, re­fe­rindo-se, entre muitas ou­tras, à So­ci­e­dade de Re­pa­ração de Na­vios, à Com­pa­nhia Por­tu­guesa de Pescas, à Lis­nave.

Para con­tra­riar a si­tu­ação, os exe­cu­tivos da CDU ten­taram, em contra-ciclo com o Poder Cen­tral, com as po­pu­la­ções e os agentes eco­nó­micos, exercer o poder de ma­neira a in­flu­en­ciar a cri­ação de postos de tra­balho.

«Nessa al­tura, ela­bo­rámos um Plano Di­rector Mu­ni­cipal, onde de­fi­nimos ob­jec­tivos es­tra­té­gicos para o con­celho, e apos­támos na pe­quena e média in­dús­tria não po­lu­ente. Avan­çámos ainda, em co­o­pe­ração com a Fa­cul­dade de Ci­ên­cias e Tec­no­logia, com um Parque de Ci­ência e Tec­no­logia, que tem lá, neste mo­mento, meia cen­tena de em­presas vol­tadas para a parte tec­no­ló­gica», en­fa­tiza.

O tu­rismo também não foi es­que­cido. «Temos 20 qui­ló­me­tros de praias, pai­sa­gens fa­bu­losas, um ter­ri­tório com grande ri­queza do ponto de vista am­bi­ental», su­blinha a pre­si­dente, pre­ci­sando que «a ideia não foi apenas do tu­rismo do sol e mar», que ar­rasta oito mi­lhões de pes­soas por ano, mas também do tu­rismo re­li­gioso – o Cristo Rei atrai 800 mil –, o tu­rismo cul­tural, gas­tro­nó­mico e li­gado aos ne­gó­cios.

«Ao apos­tarmos em tudo isto é a po­pu­lação que ganha», des­taca. No en­tanto, para que tal pu­desse acon­tecer, foi pre­ciso criar, antes, con­di­ções e ou­tros equi­pa­mentos, como o Hos­pital Garcia de Orta, o Pa­lácio da Jus­tiça, a rede de cen­tros de saúde, equi­pa­mentos de se­gu­rança, redes viá­rias e trans­portes.

«Este é um pro­jecto sério, de es­querda. Por isso é que é um con­celho muito ape­te­cido, porque tem ali­cerces fortes. O povo de Al­mada tem um pa­tri­mónio va­li­o­sís­simo, de edi­fí­cios, de ter­renos, de par­ques e jar­dins, de em­presas mu­ni­ci­pais, de sa­ne­a­mento bá­sico. Dentro desta casa, a Câ­mara Mu­ni­cipal, temos tra­ba­lha­dores bem pre­pa­rados e uma cul­tura de gestão e uma so­lidez fi­nan­ceira que é uma si­tu­ação ímpar no nosso país», afirma com or­gulho Maria Emília de Sousa.


 

«Al­mada vai ga­nhar imenso com o Jo­a­quim Judas»

Sobre o pri­meiro can­di­dato da CDU à Câ­mara Mu­ni­cipal, Jo­a­quim Judas, de cuja lista é man­da­tária, Maria Emília de Sousa ga­rante que é «uma pessoa ex­tra­or­di­nária».

«Al­mada vai ga­nhar imenso com o Jo­a­quim Judas. Ele é um hu­ma­nista, com provas dadas no tempo do fas­cismo, com uma enorme sen­si­bi­li­dade, in­te­li­gente, muito pró­ximo das pes­soas, com ca­pa­ci­dade de ouvir, afável. Tem ca­rac­te­rís­ticas ex­tra­or­di­na­ri­a­mente im­por­tantes para um au­tarca», afirma, va­lo­ri­zando ainda, e de igual forma, Mara Fi­guei­redo, ac­tual pre­si­dente da Junta de Fre­guesia do La­ran­jeiro, que apa­rece no sexto lugar da lista da CDU à au­tar­quia.

«Estou em crer que o povo de Al­mada não dei­xará de voltar a dar a sua con­fi­ança à CDU, ga­rante de es­ta­bi­li­dade, no sen­tido de um pro­jecto para pros­se­guir, um pro­jecto com fu­turo», diz a pre­si­dente ces­sante.

 




Mais artigos de: Poder Local

Transformação e progresso

Image 13594

O dis­trito de Se­túbal é um no­tável exemplo da ca­pa­ci­dade de trans­for­mação e pro­gresso do pro­jecto au­tár­quico da CDU, ex­presso na obra co­lec­tiva de au­tarcas, tra­ba­lha­dores das au­tar­quias e po­pu­lação, e nos re­sul­tados al­can­çados no or­de­na­mento do ter­ri­tório, na de­fesa do am­bi­ente, na pro­moção da cul­tura e do des­porto, na edu­cação, na in­ter­venção so­cial, da pre­ser­vação das cul­turas e tra­di­ções lo­cais, na pro­moção da eco­nomia local, enfim, em todos os âm­bitos de in­ter­venção das au­tar­quias, que co­locam a re­gião no topo dos ín­dices de de­sen­vol­vi­mento so­cial do País.

Continuar uma obra extraordinária

Jo­a­quim Judas é o ca­beça de lista da CDU à Câ­mara Mu­ni­cipal de Al­mada. O co­lec­tivo que agora vai in­te­grar tem por missão pros­se­guir o ex­tra­or­di­nário pa­tri­mónio de re­a­li­zação do povo de Al­mada, do seu mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo e dos seus au­tarcas. Uma obra cons­truída com tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência, en­fren­tando e ven­cendo enormes di­fi­cul­dades.

Continuar a transformar Palmela

Amanhã, às 18.30 horas, no An­fi­te­atro do Parque Ve­nâncio Ri­beiro da Costa (es­pla­nada do Cas­telo), vão ser apre­sen­tados os can­di­datos da CDU à Câ­mara de Pal­mela. Em con­versa com o Avante!, Álvaro Amado e Ana Te­resa Vi­cente, ca­beças de lista à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Pal­mela, res­pec­ti­va­mente, deram conta do tra­balho re­a­li­zado e pers­pec­ti­varam as novas li­nhas de tra­balho e os novos pro­jectos para um con­celho onde é bom viver e tra­ba­lhar.

Acrescentar valor às pessoas

Para o pró­ximo man­dato elei­toral, a CDU com­pro­mete-se a con­ti­nuar o tra­balho de de­sen­vol­vi­mento e pro­gresso que tem mar­cado o mu­ni­cípio do Seixal, e que trans­formou o con­celho numa re­fe­rência a nível na­ci­onal. A can­di­da­tura da CDU in­tegra uma equipa de re­co­nhe­cido valor e em­penho que, em con­junto com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação, con­ti­nuará a tra­ba­lhar para as­se­gurar a pres­tação do ser­viço pú­blico, na de­fesa dos pi­lares es­sen­ciais em que as­sentam o Poder Local e os va­lores de Abril.

 

CDU é uma aliada dos trabalhadores e do povo

«Antes do 25 de Abril, o con­celho da Moita era um con­celho onde fal­tava quase tudo, em termos de equi­pa­mentos pú­blicos, onde a grande mai­oria das ruas não tinha as­falto, onde a rede de es­gotos co­bria apenas uma parte das po­vo­a­ções, onde a água não che­gava a todas as casas», des­creve, em con­versa com o Avante!, Rui Garcia, pri­meiro can­di­dato da CDU à Câ­mara da Moita. Hoje, con­tinua, «somos um equi­pa­mento do­tado dos equi­pa­mentos bá­sicos in­dis­pen­sá­veis à qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções, com uma qua­li­dade de vida ao nível do que de me­lhor existe no nosso País». A CDU, nas au­tar­quias, é por isso a mais po­de­rosa força na de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico e dos in­te­resses das po­pu­la­ções.

Desenvolver Alcochete

Luís Miguel Franco e Miguel Boieiro são, respectivamente os cabeças de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Alcochete. Na apresentação pública dos dois candidatos, Luís Miguel Franco deu conta do trabalho realizado no último mandato, onde...

Valorizar o turismo

No dia 30 de Junho, a CDU apresentou, no recinto da Feira dos Santos Populares, na Quinta do Conde, os candidatos às autárquicas do concelho de Sesimbra. A iniciativa, para além dos candidatos, contou com a intervenção de José Pereira, do Comité Central do PCP e...

«Mais Setúbal, melhor futuro»

Em Setúbal, os candidatos da CDU estão comprometidos com o futuro do concelho e, aliando a emoção à razão, querem continuar a construir, como diz o lema da campanha, «Mais Setúbal, melhor futuro». Na apresentação...

CDU é de todos

Carlos Humberto de Carvalho é o cabeça de lista da CDU à Câmara do Barreiro e Frederico Fernandes Pereira à Assembleia Municipal. Na apresentação da equipa que quer continuar a gerir os destinos do concelho, Carlos Humberto de Carvalho recordou que as «listas das...

Fazer o sonho amanhecer

No Montijo, Carlos Almeida e Francisco Salpico são os primeiros candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal. Na apresentação das candidaturas, Carlos Almeida assumiu a responsabilidade de «levar nas mãos a mensagem de futuro, o património de honestidade,...