Rui Garcia avança com propostas para o concelho da Moita

CDU é uma aliada dos trabalhadores e do povo

«Antes do 25 de Abril, o con­celho da Moita era um con­celho onde fal­tava quase tudo, em termos de equi­pa­mentos pú­blicos, onde a grande mai­oria das ruas não tinha as­falto, onde a rede de es­gotos co­bria apenas uma parte das po­vo­a­ções, onde a água não che­gava a todas as casas», des­creve, em con­versa com o Avante!, Rui Garcia, pri­meiro can­di­dato da CDU à Câ­mara da Moita. Hoje, con­tinua, «somos um equi­pa­mento do­tado dos equi­pa­mentos bá­sicos in­dis­pen­sá­veis à qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções, com uma qua­li­dade de vida ao nível do que de me­lhor existe no nosso País». A CDU, nas au­tar­quias, é por isso a mais po­de­rosa força na de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico e dos in­te­resses das po­pu­la­ções.

Nós somos co­mu­nistas, que­remos sempre mais e me­lhor

Image 13601

No co­mício de apre­sen­tação de todos os pri­meiros can­di­datos da CDU às câ­maras e as­sem­bleias mu­ni­ci­pais do dis­trito de Se­túbal, re­a­li­zada na Baixa da Ba­nheira com a pre­sença de Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, dis­seste que as pró­ximas elei­ções au­tár­quicas ga­nham um sig­ni­fi­cado e uma im­por­tância acres­cidos. O que está em causa?

 

Talvez ainda mais do que nou­tras elei­ções, estão em causa ques­tões que ex­tra­vasam a pró­pria di­mensão local, como a de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico, ou in­verter a si­tu­ação do País, que está como todos nós sa­bemos. Por­tanto, o re­sul­tado das elei­ções pode ser um con­tri­buto im­por­tante para uma al­te­ração geral a nível na­ci­onal.

As ame­aças ao Poder Local de­mo­crá­tico, aos ser­viços pú­blicos em geral, al­guns mais li­gados à ad­mi­nis­tração au­tár­quica, como o tra­ta­mento de re­sí­duos, as águas re­si­duais, o abas­te­ci­mento de água, estão sob a ameaça pri­va­ti­za­dora do Go­verno. Por­tanto, este acto elei­toral é mais do que es­co­lher as pes­soas para gerir a au­tar­quia nos pró­ximos quatro anos, é, também, a pos­si­bi­li­dade de de­fender o Poder Local de­mo­crá­tico, o ser­viço pú­blico. Tudo isto está posto em causa.

 

São estes os pro­blemas que os can­di­datos da CDU estão a de­nun­ciar nas ac­ções que têm vindo a re­a­lizar junto das ins­ti­tui­ções, das as­so­ci­a­ções, das co­lec­ti­vi­dades, das po­pu­la­ções?

 

É isso que di­zemos, mas nessas ac­ções pro­cu­ramos também que as pes­soas en­tendam o que está em causa. Aqui na Moita há mu­danças a nível da pre­si­dência da Câ­mara, mas o mais re­le­vante não são os can­di­datos da CDU, e sim o pro­jecto que re­pre­sentam. A men­sagem que trans­mi­timos em todos os con­tactos é que é pre­ciso de­fender este Poder Local que foi cons­truído com o 25 de Abril e pelas po­pu­la­ções, de de­fender com unhas e dentes os ser­viços pú­blicos que es­tamos em risco de perder, de de­fender a ca­pa­ci­dade das au­tar­quias de darem res­posta às ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções, que também está ame­a­çada com os su­ces­sivos cortes de pes­soal, res­tri­ções fi­nan­ceiras, au­mento de com­pe­tên­cias, entre ou­tras.

 

Também a ex­tinção de fre­gue­sias é um ataque ao Poder Local de­mo­crá­tico. Que con­sequência trará para o con­celho?

 

No con­celho da Moita, as fre­gue­sias de­sen­vol­veram uma forte con­tes­tação contra a ex­tinção das fre­gue­sias, quando isso não pas­sava ainda de uma in­tenção do Go­verno. Hoje, este é um pro­cesso que não damos por en­cer­rado. No caso do nosso mu­ni­cípio, pas­samos de seis para quatro fre­gue­sias, com duas agre­ga­ções. Mas en­ten­demos que a luta pela res­tau­ração das fre­gue­sias tem que pros­se­guir, e, so­bre­tudo, temos que fazer com que os novos ór­gãos au­tár­quicos te­nham uma ac­tu­ação que pro­teja as pes­soas da perda que vão ter, ou seja, temos que con­ti­nuar a tratar cada uma das lo­ca­li­dade com a sua iden­ti­dade pró­pria, temos que manter os ser­viços que as fre­gue­sias pres­tavam, temos que ac­tuar em tudo como se as fre­gue­sias con­ti­nu­assem a existir, ex­cepto no que diz res­peito ao órgão pro­pri­a­mente dito.

Con­fi­amos que a mu­dança po­lí­tica que em breve ocor­rerá no nosso País leve à re­vo­gação desta lei.

 

O que é que o Rui Garcia pode acres­centar a este pro­jecto da CDU?

 

Nunca está tudo feito. Nós somos co­mu­nistas, que­remos sempre mais e me­lhor. O nosso povo, as nossas po­pu­la­ções pre­cisam de mais. Apesar de toda esta obra re­a­li­zada, nestes quase 40 anos, con­ti­nu­amos a ter ideias, a ter pro­jectos e a ter muita coisa para fazer. Es­tamos numa al­tura de quebra dos ritmos de cres­ci­mento, da po­pu­lação e da cons­trução nova. Agora é a opor­tu­ni­dade de olharmos para a re­a­bi­li­tação ur­bana. Já existe tra­balho feito ao nível do pro­jecto que agora vai ter con­cre­ti­zação no pró­ximo man­dato.

Por outro lado, con­ti­nu­amos a ter um po­ten­cial am­bi­ental, li­gado ao rio, que tem que con­ti­nuar a ser ex­plo­rado, e temos as áreas da nossa frente ri­bei­rinha que ne­ces­sitam de re­a­bi­li­tação e de re­qua­li­fi­cação.

De­pois, temos um tra­balho que é per­ma­nente, de todos os dias, com o te­cido eco­nó­mico e so­cial do con­celho, com o mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo po­pular, com as ins­ti­tui­ções de cariz so­cial, cuja li­gação à au­tar­quia é in­dis­pen­sável para en­con­trar as res­postas que a po­pu­lação pre­cisa, ao nível da cul­tura, do des­porto, do apoio so­cial.

 

Como vê a CDU a des­truição do apa­relho pro­du­tivo, e de que forma afectou o de­sen­vol­vi­mento da re­gião?

 

Somos um con­celho e uma re­gião que foram du­ra­mente atin­gidos pela de­sin­dus­tri­a­li­zação, que ocorreu a partir dos anos 80, quer no que diz res­peito àqueles que tra­ba­lhavam fora do con­celho, nas grandes em­presas como a Qui­migal, Si­de­rurgia, Lis­nave, e que per­deram o seu em­prego, quer ao nível local, através das in­dús­trias exis­tentes li­gadas à cor­tiça e aos têx­teis, que também foram des­truídas.

Hoje, nos têx­teis não resta nada, e no sector cor­ti­ceiro apenas existem uma ou duas uni­dades a operar. Tudo o resto de­sa­pa­receu.

 

Foram, de al­guma forma, to­madas me­didas pela au­tar­quia de forma a mi­ni­mizar essa si­tu­ação?

 

Houve ins­ta­lação de novas em­presas que be­ne­fi­ci­aram das novas aces­si­bi­li­dades que foram en­tre­tanto cri­adas, da po­lí­tica do mu­ni­cípio de de­finir áreas para ins­ta­lação de in­dús­trias e de novas ac­ti­vi­dades eco­nó­micas. Houve, por isso, al­guma re­cu­pe­ração, ha­vendo um con­junto de novas em­presas que aqui se ins­ta­laram, mas que, agora, estão a ser atin­gidas pela crise.

 

Que men­sagem di­riges aos tra­ba­lha­dores da au­tar­quia e à po­pu­lação em geral?

 

Para os tra­ba­lha­dores das au­tar­quias, face ao ataque de que têm sido alvos, ter nos ór­gãos au­tár­quicos os co­mu­nistas, a CDU, pes­soas que de­fendem, de facto e no con­creto, os seus di­reitos, que en­tendem que os tra­ba­lha­dores são parte in­te­grante deste pro­jecto, é fun­da­mental para dar me­lhores con­di­ções à luta pelos di­reitos dos tra­ba­lha­dores. Nós também somos tra­ba­lha­dores e tra­ba­lhamos para os nossos tra­ba­lha­dores.

Re­la­ti­va­mente à po­pu­lação, dizer que os co­mu­nistas, nas au­tar­quias, não são só «tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência». São também uma so­li­da­ri­e­dade ac­tiva às suas lutas, às suas as­pi­ra­ções, aos seus di­reitos, na de­fesa da de­mo­cracia. Ter a CDU na gestão das câ­maras e das juntas de fre­guesia é ter aí um aliado para as lutas e para as ba­ta­lhas que o nosso povo tem que en­frentar.

 

João Lobo, ca­beça de lista à As­sem­bleia Mu­ni­cipal da Moita

Ga­rantir uma vida me­lhor para todos

Como sabem, ou para es­panto de muitos que não o sa­biam, nas pró­ximas elei­ções au­tár­quicas, e por im­po­sição da Lei de Li­mi­tação de Man­datos, chega ao fim o meu per­curso na pre­si­dência da Câ­mara Mu­ni­cipal da Moita.

Um per­curso que, na Câ­mara Mu­ni­cipal, teve início em 1994 como ve­re­ador, com o pe­louro do ur­ba­nismo, e con­ti­nuou em 2002 ao as­sumir a pre­si­dência da au­tar­quia.

Foram anos in­tensos, em que tra­vámos ve­e­mentes lutas po­lí­ticas na de­fesa dos in­te­resses dos nossos mu­ní­cipes, em que tudo fi­zemos, na con­ti­nui­dade do pro­jecto au­tár­quico da CDU, para ga­rantir uma vida me­lhor para todos.

Pela minha parte, no tér­mino desta ta­refa, que as­sumi com zelo, or­gulho e es­pí­rito de mi­li­tância, aceitei o de­safio que o meu Par­tido agora me lançou para as­sumir uma nova ta­refa, como Pre­si­dente da As­sem­bleia Mu­ni­cipal.

Can­di­dato-me assim, uma vez mais, porque acre­dito que somos a única força po­lí­tica que me­rece a con­fi­ança da nossa po­pu­lação, a única força po­lí­tica com a ho­nes­ti­dade e a com­pe­tência para con­ti­nuar a gerir os des­tinos do mu­ni­cípio da Moita.

 

Ex­certos da in­ter­venção de João Lobo na apre­sen­tação dos can­di­datos da CDU



Mais artigos de: Poder Local

Transformação e progresso

Image 13594

O dis­trito de Se­túbal é um no­tável exemplo da ca­pa­ci­dade de trans­for­mação e pro­gresso do pro­jecto au­tár­quico da CDU, ex­presso na obra co­lec­tiva de au­tarcas, tra­ba­lha­dores das au­tar­quias e po­pu­lação, e nos re­sul­tados al­can­çados no or­de­na­mento do ter­ri­tório, na de­fesa do am­bi­ente, na pro­moção da cul­tura e do des­porto, na edu­cação, na in­ter­venção so­cial, da pre­ser­vação das cul­turas e tra­di­ções lo­cais, na pro­moção da eco­nomia local, enfim, em todos os âm­bitos de in­ter­venção das au­tar­quias, que co­locam a re­gião no topo dos ín­dices de de­sen­vol­vi­mento so­cial do País.

Continuar uma obra extraordinária

Jo­a­quim Judas é o ca­beça de lista da CDU à Câ­mara Mu­ni­cipal de Al­mada. O co­lec­tivo que agora vai in­te­grar tem por missão pros­se­guir o ex­tra­or­di­nário pa­tri­mónio de re­a­li­zação do povo de Al­mada, do seu mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo e dos seus au­tarcas. Uma obra cons­truída com tra­balho, ho­nes­ti­dade e com­pe­tência, en­fren­tando e ven­cendo enormes di­fi­cul­dades.

«Em Almada temos vivido uma revolução contínua»

A Câ­mara Mu­ni­cipal de Al­mada é uma das mais re­co­nhe­cidas, a nível na­ci­onal, pelo seu tra­balho. Nos úl­timos 39 anos, este con­celho atingiu pa­ta­mares de de­sen­vol­vi­mento mui­tís­simos re­le­vantes em todos os do­mí­nios da vida local, quer ao nível so­cial, edu­ca­tivo e cul­tural, quer ao nível des­por­tivo, am­bi­ental e eco­nó­mico.

O Avante! foi falar com Maria Emília de Sousa, pre­si­dente desta au­tar­quia desde 1987, que pas­sará o tes­te­munho, se o povo de Al­mada o en­tender, a Jo­a­quim Judas, pri­meiro can­di­dato da CDU às elei­ções au­tár­quicas de 29 de Se­tembro, que pro­mete con­ti­nuar o rumo de de­sen­vol­vi­mento tra­çado.

Continuar a transformar Palmela

Amanhã, às 18.30 horas, no An­fi­te­atro do Parque Ve­nâncio Ri­beiro da Costa (es­pla­nada do Cas­telo), vão ser apre­sen­tados os can­di­datos da CDU à Câ­mara de Pal­mela. Em con­versa com o Avante!, Álvaro Amado e Ana Te­resa Vi­cente, ca­beças de lista à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Pal­mela, res­pec­ti­va­mente, deram conta do tra­balho re­a­li­zado e pers­pec­ti­varam as novas li­nhas de tra­balho e os novos pro­jectos para um con­celho onde é bom viver e tra­ba­lhar.

Acrescentar valor às pessoas

Para o pró­ximo man­dato elei­toral, a CDU com­pro­mete-se a con­ti­nuar o tra­balho de de­sen­vol­vi­mento e pro­gresso que tem mar­cado o mu­ni­cípio do Seixal, e que trans­formou o con­celho numa re­fe­rência a nível na­ci­onal. A can­di­da­tura da CDU in­tegra uma equipa de re­co­nhe­cido valor e em­penho que, em con­junto com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação, con­ti­nuará a tra­ba­lhar para as­se­gurar a pres­tação do ser­viço pú­blico, na de­fesa dos pi­lares es­sen­ciais em que as­sentam o Poder Local e os va­lores de Abril.

 

Desenvolver Alcochete

Luís Miguel Franco e Miguel Boieiro são, respectivamente os cabeças de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Alcochete. Na apresentação pública dos dois candidatos, Luís Miguel Franco deu conta do trabalho realizado no último mandato, onde...

Valorizar o turismo

No dia 30 de Junho, a CDU apresentou, no recinto da Feira dos Santos Populares, na Quinta do Conde, os candidatos às autárquicas do concelho de Sesimbra. A iniciativa, para além dos candidatos, contou com a intervenção de José Pereira, do Comité Central do PCP e...

«Mais Setúbal, melhor futuro»

Em Setúbal, os candidatos da CDU estão comprometidos com o futuro do concelho e, aliando a emoção à razão, querem continuar a construir, como diz o lema da campanha, «Mais Setúbal, melhor futuro». Na apresentação...

CDU é de todos

Carlos Humberto de Carvalho é o cabeça de lista da CDU à Câmara do Barreiro e Frederico Fernandes Pereira à Assembleia Municipal. Na apresentação da equipa que quer continuar a gerir os destinos do concelho, Carlos Humberto de Carvalho recordou que as «listas das...

Fazer o sonho amanhecer

No Montijo, Carlos Almeida e Francisco Salpico são os primeiros candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal. Na apresentação das candidaturas, Carlos Almeida assumiu a responsabilidade de «levar nas mãos a mensagem de futuro, o património de honestidade,...