Acreditar no projecto comunista para transformar o mundo

A verdade é que o contacto com um militante do PCP auxilia o processo de formação de consciência. Por vezes, é isto que comprova que não se está só na ambição de viver num mundo melhor, noutras, é a percepção de uma alternativa ao injusto estado actual da vida da maioria das pessoas. Esta é a história que muitos militantes acabados de chegar ao Partido contam.

No entanto, para outros tantos, foi a dureza do dia-a-dia que bastou para os despertar, perceber uma opção, quem a defende e entregarem-se, com todas as suas forças, à luta por uma sociedade nova.

Para João foi assim: «olhei para a vida e pensei: isto não pode ser, alguma coisa tem de mudar», contou. Preencheu o formulário de adesão [ou colaboração] disponível no site do Partido e passado uns dias foi contactado. Participou em tudo quanto pôde e, hoje, é militante e já conta com muitas horas de trabalho dedicadas à organização na terra onde vive.

Nem sempre foi assim. Este novo militante tem 29 anos e é natural de Guimarães, mas vive em Santa Maria da Feira há quatro anos, onde é Engenheiro Mecânico. Já ouve falar do PCP há muito tempo, mas confessa que nem sempre esteve alinhado com os ideais comunistas. Foi o amadurecimento das ideias e a dureza do trabalho que o fizeram pensar que as coisas não precisavam, nem deviam ser assim. Perceber o quão empobrecida está a soberania do País foi a cereja no topo do bolo e concluiu que a única solução seria juntar-se «àqueles que têm as mesmas ideias» que ele.

«A integração foi rápida. Começaram-me a chamar para tudo o que era iniciativa, conheci as pessoas e integrei-me muito facilmente. As pessoas são muito abertas», relata. De há uns anos para cá, João passou a integrar a Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira, já foi candidato pela CDU à Assembleia de Freguesia de Arrifana e ainda pertence ao grupo de trabalho de planeamento da Assembleia Municipal.

Maria Emília, natural de Aljustrel, tem uma história diferente. Quando questionada acerca da primeira vez em que ouviu falar do PCP, a Empregada de Balcão de 59 anos retorquiu que só não ouviu no momento em que nasceu porque «se falava em segredo».

Os seus pais sempre foram militantes e, após o 25 de Abril, a filha começou a frequentar o Centro de Trabalho do PCP com eles. Já por seu pé, começou a ler, interessar-se cada vez mais e acabou por se inscrever na União dos Estudantes Comunistas. Conta que, em termos culturais, participou muito nos mais diferentes sítios e usa o Grupo de Teatro do Sindicato Mineiro como exemplo disso. Ainda passou pela União da Juventude Comunista, pela Juventude Comunista Portuguesa e, finalmente pelo PCP.

«Depois tive uma crise de consciência, daquelas coisas muito parvas da juventude. Chateei-me. Confundi as vacas e os bois. Enfim, foi um erro de juventude», revela. «Continuei a ser comunista, mas deixei de militar em qualquer organização», lamenta. «Recentemente decidi que não podia continuar assim, não fazia sentido nenhum. O Partido precisa de todos. Voltei a aproximar-me», acrescentou.

Embora reconheça que a vida esteja muito complicada, esta nova militante mantém toda a esperança num futuro melhor e toda a confiança no projecto de sociedade defendido pelos comunistas portugueses. «Acredito no futuro», afirma convictamente.

 



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