Pelo aumento real das reformas e pensões, luta justa a prosseguir

Num en­contro com re­for­mados, an­te­ontem à tarde, Je­ró­nimo de Sousa re­a­firmou que só o au­mento real de re­formas e pen­sões po­derá travar a perda de poder de compra e me­lhorar as con­di­ções de vida desta im­por­tante ca­mada so­cial.

O custo de vida agravou-se bru­tal­mente nos úl­timos tempos

A ini­ci­a­tiva, re­a­li­zada em pleno parque do Bonfim, no co­ração da ci­dade de Se­túbal, re­a­lizou-se poucos dias após ter co­me­çado a ser pago o au­mento ex­tra­or­di­nário das pen­sões (ver pá­gina 13). Como ali sa­li­entou o Se­cre­tário-geral do Par­tido, este au­mento é in­su­fi­ci­ente para fazer face ao brutal au­mento do custo de vida que já se fazia sentir quando a me­dida foi as­su­mida e que se agravou ex­tra­or­di­na­ri­a­mente nos úl­timos meses.

Je­ró­nimo de Sousa de­nun­ciou, em se­guida, que o pa­ga­mento deste au­mento ex­tra­or­di­nário podia ter sido feito logo em Ja­neiro, mas que por «mero cál­culo elei­toral», o Go­verno optou por não o fazer, a pre­texto da re­jeição do Or­ça­mento do Es­tado. De­pois, e já com mai­oria ab­so­luta, li­mitou-se a in­sistir no mesmo valor, não obs­tante estar já «pro­fun­da­mente des­fa­sado da evo­lução dos preços e do agra­va­mento da si­tu­ação so­cial», cri­ticou o di­ri­gente co­mu­nista. Só a bilha de gás, por exemplo, au­mentou pre­ci­sa­mente 10 euros.

Pela voz do Se­cre­tário-geral foram re­a­fir­madas, pe­rante as largas de­zenas de pes­soas pre­sentes na ini­ci­a­tiva, as pro­postas do PCP: o au­mento real de todas as re­formas e pen­sões – e também dos sa­lá­rios, que cons­ti­tuem a base para o cál­culo das re­formas do fu­turo; o re­forço do SNS e da rede de equi­pa­mentos e ser­viços de apoio aos idosos, nas suas di­fe­rentes res­postas so­ciais. Neste úl­timo caso, a pri­o­ri­dade é dada ao in­ves­ti­mento pú­blico para cri­ação a curto prazo de «pelo menos 80 mil vagas em es­tru­turas re­si­den­ciais de apoio ao idoso, cor­res­pon­dendo à cri­ação de 20 mil vagas por ano, e pelo alar­ga­mento da rede de lares».

Entre os pre­sentes, muitos eram di­ri­gentes de as­so­ci­a­ções de re­for­mados. Os que ali in­ter­vi­eram re­fe­riram-se às di­fi­cul­dades cres­centes sen­tidas por mi­lhares de re­for­mados e pen­si­o­nistas para fazer face às des­pesas mais ele­men­tares, e es­sen­ciais à vida, bem como os obs­tá­culos cri­ados às as­so­ci­a­ções. Todos, porém, re­a­fir­maram a de­ter­mi­nação em pros­se­guir a luta pelo di­reito a en­ve­lhecer com dig­ni­dade e di­reitos.

 



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