Apresentados os primeiros nomes
das listas a Cascais
A alternativa é a CDU

Apresentado no domingo perante mais de uma centena e meia de pessoas, Dinis de Almeida considerou a coligação como a única força sem responsabilidades na degradação do concelho e assumiu o seu projecto como o único capaz de tomar decisões acertadas para desenvolver Cascais.

Presentes na iniciativa estiveram, para além do cabeça de lista, o Dr. Borges Coelho, Ana Nabais, do Partido Ecologista «Os Verdes» e sétima candidata à Assembleia Municipal, e Rosa Rabiais, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela organização de Lisboa.

Ao contrário do que vem sendo hábito, a CDU de Cascais não se limitou a apresentar o nome dos cabeças de lista aos órgãos municipais, tendo divulgado os nomes dos dez primeiros candidatos à Assembleia e Câmara Municipal. Quanto à lista para a Assembleia Municipal, é encabeçada por José Carlos Wanzeler, ao qual se seguem Maria Henriques, Luís Filipe Carvalho, Rosa Xisto, do MDM, Salvador Arvelos, Graciete Batista, Ana Nabais, do PEV, Ágata Brito, Brás Neves e Júlia Resende.

Ao lado do militar do 11 de Março e cabeça de lista à Câmara, surgem nomes como Vítor Silva, José Carlos Gonçalves, a cantora Maria Guinot, Cátia Mourão, Francisco Ferrer, Jacinta Vital, Pedro Pexirra, Dias da Silva e Henrique Ranito.

É, portanto, com esta lista que a CDU se apresenta à população de Cascais como alternativa para fazer face ao que Dinis de Almeida chamou de «degradação ambiental, caotização viária, massificação urbana, insuficiência infraestrutural e, de um modo geral, desastrada política de gestão camarária que pretendemos mais participada, imaginativa, inovadora e transparente». A crítica à actual gestão socialista, liderada por José Luís Judas, foi uma constante da intervenção do candidato da CDU, que já conhece dois dos seus opositores. Judas não se recandidata cedendo o seu lugar a José Lamego. Pelo PSD a aposta não é menos forte, com António Capucho a avançar. Apesar disto, o cabeça de lista da CDU preferiu fazer uma intervenção pela positiva, afirmando as ideias, os projectos e as diferenças da força política pela qual se candidata.

Denunciar e trabalhar

A candidatura da CDU, afirmou o candidato na sua intervenção, será aberta a todos os cascalenses, bem como a «todos os seus projectos e ideias, qualquer que seja a sua origem, condição, opções políticas, ideológicas ou confessionais, cuja diversidade afinal enriquecedora de inovação pretendida, apenas deverá ser norteada pela necessária correcção de assimetrias existentes, relativamente às zonas mais negligenciadas e populações mais carecidas».

A par destas prioridades, Dinis de Almeida considerou igualmente necessário «desmascarar as passadas políticas de gestão municipal do PS, PSD e CDS, afinal também presente e futuramente prisioneiras do pesado rescaldo – e rescaldo é mesmo o termo correcto, no seu sentido literal – dos seus anteriores mandatos, no anquilosamento dos laços e hábitos estabelecidos, na pressão dos seus relacionamentos, na difícil senão impossível ruptura com os seus compromissos – que assistimos em aceleração crescente – teimoso apego ao poder e nem sempre transparentes expectativas».

Prometendo contrariar o que considera uma «política de betoneira», o candidato da CDU propôs-se, em conjunto com a sua equipa, a recompletar a insuficiente malha no sector da saúde – por exemplo, de entre outras iniciativas, destacamos a construção do novo Hospital de Cascais, em Tires, até ao fim da próxima legislatura e nunca mais tarde – assim como a implementação de estruturas funcionais de combate à toxicodependência».

A salvaguarda da paisagem protegida Sintra-Cascais, onde têm surgido construções clandestinas «ou de discutível alvará», e a promoção de um turismo de qualidade durante todo o ano, foram outras das medidas apresentadas, apenas possíveis através de «uma gestão participada, cujo pioneirismo não tememos».

Coragem e empenho
na defesa das causas

O candidato da CDU à Câmara Municipal de Cascais dispensa apresentações. Dinis de Almeida, de 56 anos de idade, é Oficial Superior do Exército e notabilizou-se em 11 de Março de 1975 ao comandar a defesa do RALIS face ao assalto traiçoeiro dos contra-revolucionários liderados pelo então general António de Spínola. No campo militar, o candidato da CDU à presidência da edilidade de Cascais é licenciado em Ciências Militares, pela Academia Militar e tem o Curso Geral de Comandos e Estado Maior, no Instituto de Altos Estudos Militares.

Actualmente, exerce Psicologia Clínica, em Cascais, tendo concluído a sua licenciatura em Psicologia Aplicada em 1992, no ISPA.

Sócio fundador do Centro de Abrigo da Fonte da Prata, desempenha também as funções de Director Clínico no mesmo Centro, bem como nas Comunidades Terapêuticas, a funcionar na Moita. Até 1998 foi gestor de Recursos Humanos e Materiais no Departamento de Economia e Turismo na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Em 1999, foi candidato da CDU ao Parlamento Europeu, tendo sido, também, proposto para a Ordem da Liberdade pela Associação 25 de Abril.

«Avante!» N.º 1435 - 31.Maio.2001