«CDU presta contas»
em Almada
Mais que o prometido
A CDU tem vindo, um pouco por todo o País, a realizar actividades de
prestação de contas às populações do trabalho
realizado no mandato que termina no final deste ano. Quer se tratem de concelhos
onde a coligação é maioria quer noutros onde é minoria,
os «presta-contas» aí estão.
Em Almada, um documento que dá pelo nome de «Um Salto no Futuro», dá conta do cumprimento integral e, até, da superação do programa eleitoral apresentado à população. No documento, lê-se que «a CDU apresentou-se às eleições autárquicas de 97 prometendo trabalhar no sentido de promover o planeamento municipal, a planificação e a gestão adequadas dos equipamentos colectivos, a melhoria das condições ambientais, a democratização das actividades sócio-culturais, a modernização e humanização dos serviços, a melhoria da informação às populações. Cumprimos os objectivos com que nos apresentámos e fomos mais além». Como exemplos do trabalho realizado, o «presta-contas» de Almada afirma que a CDU ajudou quem mais precisa, com o realojamento da Ribeira da Enxurrada, da Frente Urbana da Costa, do Valdeão e da Quinta da Ramalha, bem como o apoio às associações de solidariedade social e de assistência a idosos, deficientes e toxicodependentes. Ao nível do planeamento, o documento dá conta da criação, a breve prazo, de dois mil novos postos de trabalho, fruto da entrada em funcionamento do novo complexo comercial «Almada Fórum», dando também grande importância aos projectos de requalificação do concelho «NovAlmadaVelha» e «Arribatejo».
Também o desporto, com uma série de infraestruturas construídas e a construir, e a juventude estão no centro das preocupações da autarquia almadense. Outras prioridades assumidas pela CDU foram a cultura e o ambiente, com a construção do Parque da Paz e as obras em curso das duas ETARs.
Sobre as responsabilidades do Poder Central a realizar no concelho, a CDU acusa que o «Governo faz que anda mas não anda», lembrando a insistência do executivo municipal para que se realizassem obras tão importantes como centros de saúde, escolas básicas e secundárias finalmente em andamento, ou outras, como o terminal rodofluvial da Trafaria ou a Via Turística, bloqueadas pelo Governo. Sobre isto, a CDU deixa a promessa que a «luta continua».
Oeiras
Trabalho feito em minoria
A CDU em Oeiras escolheu realizar uma conferência de imprensa para prestar contas à população do trabalho feito pelos seus eleitos ao longo dos quatro últimos anos. Na conferência de imprensa, realizada no dia 24 de Maio, estiveram presentes Arnaldo Pereira, vereador na Câmara Municipal, Joaquim Cotas, deputado municipal e Leonor Barão, da Comissão Concelhia local.
Nas últimas eleições, a CDU conseguiu eleger cinco deputados municipais e um vereador, Arnaldo Pereira, que assumiu as responsabilidades dos Pelouros do Desporto e dos Centros Históricos. É precisamente desse trabalho que a conferência de imprensa deu conta.
No desporto, a CDU destacou a elaboração da Carta de Equipamentos e Infraestruturas Desportivas, o Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo que fixou, entre outras medidas, o apoio autárquico , os programas de férias desportivas «favorecendo a integração social e a ocupação dos tempos livres das camadas mais jovens», como diz a nota de imprensa. A promoção «da actividade física e do exercício enquanto factores de um estilo de vida saudável e de promoção da saúde pública» foi outra das prioridades assumidas pelo vereador da CDU na câmara de Oeiras, de maioria PSD.
Quanto ao pelouro do Património e dos Centros Históricos, da responsabilidade do mesmo vereador, a nota de imprensa destaca que «o principal esforço incidiu na reabilitação e revitalização dos núcleos urbanos antigos de Oeiras e Paço de Arcos», dando especial relevo ao programa de apoio à recuperação de edifícios degradados, o acompanhamento do Plano de Salvaguarda do Património do Concelho e a intervenção nestes centros ao nível de instalação de TV Cabo, embutimento de cabelagens, qualificação do equipamento e mobiliário urbano.
A coligação lembrou ainda que «o exercício de responsabilidades
executivas não impediu o vereador da CDU de tomar posição
contra todas as medidas que considerou lesivas da qualidade de vida dos munícipes»,
como a privatização da exploração dos SMAS, a construção
de urbanizações sem ter em conta as acessibilidades e a construção
do novo edifício dos Paços do Concelho, «por considerar
que os cerca de três milhões de contos necessários seriam
melhor aplicados na recuperação de imóveis antigos».
«Avante!» N.º 1435 - 31.Maio.2001