Oliveira do Bairro
Reforçar para desenvolver
Realizou-se no passado dia 23 de Maio a apresentação dos cabeças
de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Oliveira do
Bairro. A iniciativa contou com a presença de João Frazão,
membro do CC do PCP, e responsável pela DORAV.
O candidato à Assembleia Municipal, Fernando Peixinho, de 72 anos, membro da Intervenção Democrática, afirmou, ao tomar da palavra, que é preciso a CDU ter mais eleitos e que tem «confiança de que os eleitores do concelho de Oliveira do Bairro saberão fazer opções sensatas nestas eleições autárquicas, e que dessa sensatez resulte o reforço da presença da CDU nos diversos órgãos autárquicos do concelho de Oliveira do Bairro».
O
candidato à Câmara Municipal, Artur Ramísio, de 46
anos, é militante comunista desde a sua juventude, tendo pertencido ao
Secretariado Distrital da UEC. Actualmente, integra a Comissão Sindical
Nacional e a Direcção da Organização Regional de
Aveiro, da qual faz parte do seu Secretariado e Comissão Executiva.
Na sua intervenção, o candidato valorizou o resultado obtido nas anteriores eleições em que «mais algumas dezenas de eleitores do nosso concelho resolveram votar diferente do que tinham feito em eleições anteriores, dando o seu voto à CDU e possibilitando a eleição para a Assembleia Municipal do Dr. Fernando Peixinho», eleição essa, segundo o candidato, da qual resultou «um trabalho que é valorizado até pelos nossos adversários políticos, pelo contributo que está a ser dado à dignificação do funcionamento democrático deste órgão do Poder Local».
Artur Ramísio lembrou que a CDU coincidiu com outros na definição de algumas prioridades, como o caso do saneamento básico, mas discordou frontalmente «com a forma como se têm planeado e executado estas obras, por norma arrastando no tempo o estado das ruas completamente esventradas, naturalmente de acordo com os interesses dos empreiteiros, mas com prejuízos e transtornos sérios para as populações».
O candidato destacou ainda que a concepção de poder e oposição da CDU é «bem diferente daquela a que normalmente assistimos por parte das outras forças políticas», entendendo que «ser surdo às críticas e às propostas de quem está em minoria» não é, ou não deveria ser, uma questão de filiação partidária.
«Da nossa parte, encaramos a pluralidade de ideias e de opiniões
como uma mais-valia para que se tomem decisões mais acertadas, e não
como uma chatice e um travão à actividade. Entendemos pois que
uma composição mais plural na Câmara Municipal trará
mais vantagens ao trabalho, progresso no lugar de rotina, desenvolvimento no
lugar de crescimento desequilibrado», concluiu.
«Avante!» N.º 1435 - 31.Maio.2001