Debate, música e muita animação
A música e os debates marcaram as actividades da Cidade da Juventude, o espaço escolhido por muitos visitantes para apreciar a Festa, descansar, conversar e conhecer melhor a JCP. Cinco militantes mostram-nos a Cidade da Juventude pelos seus olhos.
Cidade da Juventude
A Cidade da Juventude é um mundo dentro da Festa. Não é uma zona isolada nem exclusíva para os jovens. Muitos são, aliás, os cabelos brancos que se passeiam ou descansam nas cadeiras coloridas pintadas pelos jovens comunistas. A mistura é tão variada como no resto da Atalaia – lado a lado, famílias transportando carrinhos de bebé, adolescentes alegres, quarentões que cantam, avós que intervêm nos debates. Mas, se a presença dos jovens predomina na Festa, aqui é ainda é mais visível. É natural, é um espaço construído especificamente por eles e a pensar neles. Dos jovens para os jovens, reflectindo os seus interesses, os seus gostos, as suas ambições e as suas lutas.
É com muito prazer que Pedro Bonifácio vê habitada a Cidade da Juventude, cheia de visitantes. «Queremos que curtam o espaço. Antes de sexta-feira, andávamos pela Atalaia e isto estava completamente vazio. Agora está uma torrente de gente. É como se víssemos as pessoas em nossa casa, é como trazer um amigo», comenta o militante de Castelo Branco.
Pedro Bonifácio está claramente cansado. Foram duas semanas de trabalho na implantação da Cidade da Juventude, sem folgas. Mas nem por isso deixa de aproveitar bem a Festa. Quando Pedro chegou à Quinta da Atalaia havia muito tubo... e pouco mais. A maioria das placas não estava colocada e nada estava pintado. «Tem sido trabalho duro, aguentar aqui a fazer um pouco de tudo», refere.
Pedro foi-se especializando em serrar e pregar madeiras. Tal como a maioria dos companheiros que encontrou, nunca tinha tido contacto com o mundo do trabalho manual. Sorridente, Pedro aponta para um dos bares da Cidade da Juventude: «Sinto-me orgulhoso por ter pintado grande parte daquele bar. Só não fiz decoração porque não tenho jeito.»
«É uma experiência riquíssima a todos os níveis pelo convívio e pelo trabalho. É ainda mais giro quando vimos para aqui sem conhecer ninguém e se conhece montes de gente. Cria-se um à-vontade muito maior com a própria Festa», afirma.
Os participantes nas brigadas de implantação ficam acampados na Festa, sem grandes comodidades. «Fisicamente é cansativo. Levantamo-nos às 7h30 e deitamo-nos tarde porque nos queremos divertir», conta, garantindo que a maior parte das vezes os horários são cumpridos. «Com o ambiente fraterno as coisas correm sempre pelo melhor. As pessoas vivem e trabalham aqui com alegria», acrescenta.
«Ver a Festa a crescer é espectacular», declara Pedro. «É um bocado vermos o mundo que queremos a ser construído. Lutamos por uma sociedade nova e é um bocado isso que estamos a fazer aqui. Serrar a madeira é o mesmo que estar na escola a contactar os estudantes.»
A Atalaia com pronúncia do Norte
Um grupo de sete rapazes graceja junto ao Espaço Multiusos. A pronúncia denuncia a sua origem do Norte. Em tronco nu, descontraídos, vão puxando as cadeiras para a sombra, tentando equilibrar as bifanas e os copos de imperial. Apanharam um dos autocarros que partiram da Praça da Liberdade, no Porto, na sexta-feira de manhã, juntamente com outras 175 pessoas. A maioria não é militante da JCP.
«É um transporte importante para virem para a Festa, até porque é o mais barato. São 20 euros ida e volta. Criou-se uma certa tradição, desde o Comboio da Juventude. A malta gosta de vir. É o convívio, é uma forma diferente de viajar...», refere Vasco Prozil.
O que os traz à Quinta da Atalaia? «É uma Festa diferente. Como dizia um rapaz que conheci aqui, a Festa é a Festa. Muitas vezes as pessoas não vêm aqui pelo cartaz, é pelo convívio, pela camaradagem, pelo espírito dos comunistas e que diz muito à juventude. Ficam com uma imagem que os media não passam e que é a imagem real», responde Vasco Prozil. «Se o ano passado fui eu que perguntei a algumas pessoas se queriam vir à Festa, este ano foram elas que me contactaram para comprar bilhetes para outros. Basta trazê-los uma vez», garante.
A organização da JCP do Porto colou muitos cartazes na região divulgando a Festa e este transporte para a Atalaia, apesar da proibição da Câmara Municipal de colar propaganda fora das campanhas eleitorais. «Como só o PCP e a JCP é que têm actividade para além dos períodos eleitorais, esta regra só se aplica a nós», afirma Vasco, sublinhando a ilegalidade da norma.
«Mesmo na pré-campanha das presidenciais, a CM recolheu outdoors nossos. Argumentam com a poluição urbanística, mas continua a haver publicidade em outdoors. Nós não deixamos de o fazer e neste caso colámos muitos cartazes, mas não têm a mesma visibilidade dos MUPIs e dos outdoors», declara. Alguns foram retirados, «mas não todos porque eram bastantes...»
Para Vasco Prozil, a Festa constitui «uma afirmação enorme do Partido. É uma oportunidade de mostrar o que somos: o trabalho, a intervenção política, a solidariedade internacionalista, a amizade, a militância e a capacidade de fazer as coisas. Isto também leva as pessoas a pensar que somos capazes de cumprir o projecto a que nos propomos. Eu venho da Festa ou de outra iniciativa do Partido e depois não vejo nada na televisão ou nos jornais! Por isso temos de nos dar a conhecer nestas iniciativas ao maior número de pessoas», afirma.
É com muito prazer que Pedro Bonifácio vê habitada a Cidade da Juventude, cheia de visitantes. «Queremos que curtam o espaço. Antes de sexta-feira, andávamos pela Atalaia e isto estava completamente vazio. Agora está uma torrente de gente. É como se víssemos as pessoas em nossa casa, é como trazer um amigo», comenta o militante de Castelo Branco.
Pedro Bonifácio está claramente cansado. Foram duas semanas de trabalho na implantação da Cidade da Juventude, sem folgas. Mas nem por isso deixa de aproveitar bem a Festa. Quando Pedro chegou à Quinta da Atalaia havia muito tubo... e pouco mais. A maioria das placas não estava colocada e nada estava pintado. «Tem sido trabalho duro, aguentar aqui a fazer um pouco de tudo», refere.
Pedro foi-se especializando em serrar e pregar madeiras. Tal como a maioria dos companheiros que encontrou, nunca tinha tido contacto com o mundo do trabalho manual. Sorridente, Pedro aponta para um dos bares da Cidade da Juventude: «Sinto-me orgulhoso por ter pintado grande parte daquele bar. Só não fiz decoração porque não tenho jeito.»
«É uma experiência riquíssima a todos os níveis pelo convívio e pelo trabalho. É ainda mais giro quando vimos para aqui sem conhecer ninguém e se conhece montes de gente. Cria-se um à-vontade muito maior com a própria Festa», afirma.
Os participantes nas brigadas de implantação ficam acampados na Festa, sem grandes comodidades. «Fisicamente é cansativo. Levantamo-nos às 7h30 e deitamo-nos tarde porque nos queremos divertir», conta, garantindo que a maior parte das vezes os horários são cumpridos. «Com o ambiente fraterno as coisas correm sempre pelo melhor. As pessoas vivem e trabalham aqui com alegria», acrescenta.
«Ver a Festa a crescer é espectacular», declara Pedro. «É um bocado vermos o mundo que queremos a ser construído. Lutamos por uma sociedade nova e é um bocado isso que estamos a fazer aqui. Serrar a madeira é o mesmo que estar na escola a contactar os estudantes.»
A Atalaia com pronúncia do Norte
Um grupo de sete rapazes graceja junto ao Espaço Multiusos. A pronúncia denuncia a sua origem do Norte. Em tronco nu, descontraídos, vão puxando as cadeiras para a sombra, tentando equilibrar as bifanas e os copos de imperial. Apanharam um dos autocarros que partiram da Praça da Liberdade, no Porto, na sexta-feira de manhã, juntamente com outras 175 pessoas. A maioria não é militante da JCP.
«É um transporte importante para virem para a Festa, até porque é o mais barato. São 20 euros ida e volta. Criou-se uma certa tradição, desde o Comboio da Juventude. A malta gosta de vir. É o convívio, é uma forma diferente de viajar...», refere Vasco Prozil.
O que os traz à Quinta da Atalaia? «É uma Festa diferente. Como dizia um rapaz que conheci aqui, a Festa é a Festa. Muitas vezes as pessoas não vêm aqui pelo cartaz, é pelo convívio, pela camaradagem, pelo espírito dos comunistas e que diz muito à juventude. Ficam com uma imagem que os media não passam e que é a imagem real», responde Vasco Prozil. «Se o ano passado fui eu que perguntei a algumas pessoas se queriam vir à Festa, este ano foram elas que me contactaram para comprar bilhetes para outros. Basta trazê-los uma vez», garante.
A organização da JCP do Porto colou muitos cartazes na região divulgando a Festa e este transporte para a Atalaia, apesar da proibição da Câmara Municipal de colar propaganda fora das campanhas eleitorais. «Como só o PCP e a JCP é que têm actividade para além dos períodos eleitorais, esta regra só se aplica a nós», afirma Vasco, sublinhando a ilegalidade da norma.
«Mesmo na pré-campanha das presidenciais, a CM recolheu outdoors nossos. Argumentam com a poluição urbanística, mas continua a haver publicidade em outdoors. Nós não deixamos de o fazer e neste caso colámos muitos cartazes, mas não têm a mesma visibilidade dos MUPIs e dos outdoors», declara. Alguns foram retirados, «mas não todos porque eram bastantes...»
Para Vasco Prozil, a Festa constitui «uma afirmação enorme do Partido. É uma oportunidade de mostrar o que somos: o trabalho, a intervenção política, a solidariedade internacionalista, a amizade, a militância e a capacidade de fazer as coisas. Isto também leva as pessoas a pensar que somos capazes de cumprir o projecto a que nos propomos. Eu venho da Festa ou de outra iniciativa do Partido e depois não vejo nada na televisão ou nos jornais! Por isso temos de nos dar a conhecer nestas iniciativas ao maior número de pessoas», afirma.