Medalha de ouro para o Desporto
Se passarmos os olhos pelo mais vulgar ou elaborado dicionário da língua portuguesa constatamos, por exemplo, que desporto tem como significado: «prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e agilidade». Na Festa do Avante! o desporto é muito mais do que isso. É amizade, camaradagem, amor, alegria, solidariedade, cor, encontro e reencontro de atletas. Aqui a competição não é importante e o vencedor é sempre o desporto.
Desporto
Depois de ter assistido ao comício de abertura, decidi calçar os ténis, colocar o equipamento dentro da sacola, e ir à procura do desporto na Festa do Avante!. Depois de pesquisar, na revista que comprei para a ocasião, onde ficava este espaço, e de comer uma «bucha», mais ou menos ali ao pé, para lá me dirigi.
Passados alguns minutos e muitos outros segundos lá encontrei o ringue onde iriam acontecer as modalidades desse dia, sexta-feira. Chamavam-lhe o Polidesportivo e tinha no seu cartaz uma exibição de Patinagem Artística, modalidade de rara beleza, uma vez que alia a técnica de patinar com a expressão corporal e o acompanhamento musical, o que, a quem pouco percebe destas coisas, até parece uma simbiose quase perfeita. Esta prova teve a colaboração do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional e Clube de Patinagem Artística da Escola Básica Integrada 1,2,3 da Charneca da Caparica.
Ao mesmo tempo que começava o concerto de homenagem a Lopes Graça, que, dali do alto até dava para ouvir e ver, com alguma distorção do ruído dos milhares de visitantes que encheram a Festa, teve início uma Gala de Artes Marciais, modalidade com algumas tradições em Portugal. Nesta iniciativa participaram a Associação Escolas Hwarang de Taekondo (taekondo), Mestre Rute Gonçalves, Nuno Rafael e Nuno Soares, Casa do Povo de Corroios (karate gojo ryu), Mestre Marco, Centro Cultural e Desportivo das Paivas (karate shotokan), Mestre Lemos, Associação Desportiva União Shilo Ryu Portugal (shilo ryu), Mestre Ricardo Camisão.
Actualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação num grupo social, e estruturação de uma personalidade sadia pois a prática possibilita o extravasamento da tensão que harmoniza o indivíduo focalizando-o positivamente. E foi isto que se tentou demonstrar.
Quando pouco faltava para a meia-noite, Paulo Júnior, da Direcção Nacional do Desporto da Festa do Avante, a encerrar a gala, convidou os desportistas e espectadores a dançarem a «Carvalhesa». Este apelo foi correspondido por grande parte dos desportistas.
Tradição e cultura
No outro dia, sábado, bem cedo, logo após as portas da Atalaia se terem aberto ao público, e depois de beber algo para me fazer acordar, voltei a dirigir-me para aquele espaço. Sentei-me na esplanada que dá apoio ao Desporto e assisti com grande surpresa a uma exibição de Futsal femininos juniores, com a colaboração da União Futebol Clube «Os Pastilhas» e da Academia Desportiva Infantil e Juvenil Bairro Miranda. Seguiu-se, com o sol já bem quente, um torneio de Futsal masculinos juvenis, onde participaram as equipas do Solar dos Leões de Almada, União Futebol Clube «Os Pastilhas», Clube Desportivo e Recreativo «Águias Unidas» e Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional.
O Futebol de Salão, hoje conhecido por Futsal, é um desporto disputado por duas equipas de cinco jogadores. As equipas possuem como principal objectivo colocar a bola na baliza adversária, facto que ocorreu várias vezes, e que empolgou os adeptos daquela modalidade.
Ao mesmo tempo que decorria o Futsal, acontecia ali ao lado, e durante todo o dia, uma outra modalidade, a Malha, em três vertentes: Malha Corrida, Malha Grande e Malha Pequena. Num espaço próprio para a modalidade que necessita de boa sombra para se poder passar o tempo a jogar, o visitante pode assistir e participar naquela que é uma grande manifestação sociocultural onde o jogo da malha é o «mote» para o convívio e ponto de encontro.
Estas modalidades contaram com a participação do CDCR da Gâmbia, Café Caixeirense, Ídolos da Anunciada, FC Forninho, União FC Jardiense, Sociedade Recreativa Atalaiense, do Arroteense, Cooperativa de Alhos Vedros, Banheirense, Vontade do Povo da Moita, Grupo Recreativo Familiar do Bairro Gouveia, Grupo Desportivo Chinquinho «Sempre Fixe», Associação Amizade Arroteense, Centro Cultural Recreativo «União Pires», Clube Recreativo da Cruz de Pau, Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Paio Pires, Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Pinhal dos Frades e Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Fogueteiro. Estiveram ainda, no domingo, várias equipas do Litoral Alentejano.
Estas iniciativas representam, na Atalaia e para os comunistas, um verdadeiro desafio à tradição e à cultura através do jogo vivido e jogado de Norte a Sul do País. Este tipo de jogo (malha corrida, malha pequena e malha grande) tem ao longo dos tempos desempenhado um papel importante na vida das populações e reflecte o seu contexto social, cultural e económico onde se insere, já que a sua origem está intimamente ligada à própria vida social local, quer através do uso dos seus próprios instrumentos de trabalho, quer pelas características das suas próprias regras.
Estes jogos nunca deixaram de estar associados à Festa, à alegria, ao convívio e ao próprio lazer onde quer que aconteça, seja por motivo de aproximação entre gentes de diferentes terras ou pelo simples movimento de revitalização das tradições de cada uma.
Outras modalidades
Depois de procurar por algo que comer, tentando fugir das filas que por ali existiam, voltei ali para assistir a um torneio de Minibasquete. Depois de presenciar o aquecimento dos atletas, sendo este um desporto dedicado exclusivamente a crianças, reparei que esta modalidade possui características próprias. É uma variação do basquete que põe ao alcance das crianças todas as vantagens e os valores educativos do desporto, não contrariando os seus princípios nem exigindo esforços incompatíveis com a idade (7 a 12 anos) dos participantes.
Se, correctamente praticado, o desporto contribui para um desenvolvimento da criança e favorece a interacção das funções essenciais do organismo, assegurando a sua adaptação ao esforço. As suas principais diferenças em relação ao basquete tradicional são as medidas reduzidas (do campo e da bola) e a ênfase nas regras de comportamento e de colectivo. A tarde desportiva, naquele recinto, terminou com um torneio de Voleibol.
Paralelamente, num pavilhão próprio, decorriam outras actividades. A sala estava cheia, os tabuleiros colocados em cima das mesas, ao seu lado uma espécie de cronómetro. Perguntei o que era. Respondeu-me um camarada em voz baixa: «É uma competição de semi-rápidas de Xadrez de 15 minutos». Este espaço contou com a presença de Ana Jardim, campeã nacional feminina de sub-20. Nas simultâneas participaram os mestres Helder Figueiredo e Carlos Aguiar.
Do outro lado, Mah-Jong, um torneio com a colaboração do Clube Recreativo Barroquense e Clube Recreativo Piedense. Fiquei durante um bom quarto de hora a tentar perceber as regras daquele jogo, objectivo que não consegui realizar após esse tempo. As peças, coloridas e com uns símbolos que nunca tinha visto, eram um pouco maiores do que as do dominó, o que me fazia crer que podia haver alguma semelhança. Os jogadores, quatro no seu total, iam por vezes buscar novas peças, talvez para completar algo que não tinham. Só percebi que o jogo tinha acabado quando os jogadores começaram a falar uns com ou outros explicando as razões das suas jogadas.
O dia ainda não tinha acabado e muito ainda havia para fazer e conhecer. O calor humano da Festa ia aumentando a cada minuto que passava. Milhares de novas pessoas preenchiam os poucos espaços que sobravam. O Polidesportivo não era excepção, até porque o momento era de «ouro». Depois das Danças de Salão, onde participou uma dezena de atletas, chegava a vez de os visitantes assistirem ao Sarau de Ginástica, modalidade que envolve a prática de uma série de movimentos que exige força, flexibilidade e coordenação motora. Realizaram-se ainda várias séries coreografias acompanhadas de música.
Cada grupo que actuava roubava dos espectadores entusiásticas salvas de palmas. Eram eles o Grupo Desportivo do Pessoal da Cimpor de Alhandra (acrobática), Grupo de Ballet e Dança Jazz do Fanqueiro (ballet e dança jazz), Clube Recreativo da Cruz de Pau (acrobática iniciação e competição), Grupo Dramático Corações de Vale Figueira (gimnaestrada), Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro (ginástica ritmica e hip hop).
No final, os espectadores foram convidados a entrar no recinto para uma aula de iniciação. Ao todo, juntaram-se ali umas boas dezenas de pessoas que, com imensa alegria, encerraram, por apenas umas horas, até que o sol voltasse a raiar, aquele espaço.
Alcançar o topo
Após dois dias de intensa actividade física, as dores nos músculos das pernas davam conta que este era o último dia da Festa do Avante. Porque o desejo de subir mais alto e alcançar o topo é inerente ao homem desde a sua tenra idade, havia uma parede para fazer Escalada. O objectivo desta modalidade, que teve centenas de adeptos, é atingir o cimo, neste caso de uma estrutura artificial, recorrendo à força e resistência dos membros e à capacidade de equilíbrio e controlo corporal.
Associada à escalada e ao montanhismo existe uma série de técnicas de travessia ou transposição de obstáculos recorrendo à utilização de cordas, frequentemente também utilizadas como actividades recreativas. Uma dessas técnicas, que o visitante também pode encontrar, foi o Slide. A aventura começava ali perto da área dos jogos da malha e terminava, numa vista privilegiada, junto ao rio, com vista para Lisboa, Seixal e Barreiro.
Não menos radical, uma hora antes do Comício de Encerramento da Festa do Avante, foi a descida de vários paraquedistas.
Para além dos torneios de apuramento das primeiras equipas de Futsal, de Xadrez e de Mah-jong, realizaram-se ainda exibições de Andebol. A noite terminou com o Basquete 3x3, jogado em apenas uma metade do campo.
Para os mais preguiçosos, ou com menos disponibilidade física, o visitante podia ainda apreciar uma exposição preparada pela Comissão Nacional do Desporto sobre os «30 Anos de Desporto na Festa do Avante».
Passados alguns minutos e muitos outros segundos lá encontrei o ringue onde iriam acontecer as modalidades desse dia, sexta-feira. Chamavam-lhe o Polidesportivo e tinha no seu cartaz uma exibição de Patinagem Artística, modalidade de rara beleza, uma vez que alia a técnica de patinar com a expressão corporal e o acompanhamento musical, o que, a quem pouco percebe destas coisas, até parece uma simbiose quase perfeita. Esta prova teve a colaboração do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional e Clube de Patinagem Artística da Escola Básica Integrada 1,2,3 da Charneca da Caparica.
Ao mesmo tempo que começava o concerto de homenagem a Lopes Graça, que, dali do alto até dava para ouvir e ver, com alguma distorção do ruído dos milhares de visitantes que encheram a Festa, teve início uma Gala de Artes Marciais, modalidade com algumas tradições em Portugal. Nesta iniciativa participaram a Associação Escolas Hwarang de Taekondo (taekondo), Mestre Rute Gonçalves, Nuno Rafael e Nuno Soares, Casa do Povo de Corroios (karate gojo ryu), Mestre Marco, Centro Cultural e Desportivo das Paivas (karate shotokan), Mestre Lemos, Associação Desportiva União Shilo Ryu Portugal (shilo ryu), Mestre Ricardo Camisão.
Actualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação num grupo social, e estruturação de uma personalidade sadia pois a prática possibilita o extravasamento da tensão que harmoniza o indivíduo focalizando-o positivamente. E foi isto que se tentou demonstrar.
Quando pouco faltava para a meia-noite, Paulo Júnior, da Direcção Nacional do Desporto da Festa do Avante, a encerrar a gala, convidou os desportistas e espectadores a dançarem a «Carvalhesa». Este apelo foi correspondido por grande parte dos desportistas.
Tradição e cultura
No outro dia, sábado, bem cedo, logo após as portas da Atalaia se terem aberto ao público, e depois de beber algo para me fazer acordar, voltei a dirigir-me para aquele espaço. Sentei-me na esplanada que dá apoio ao Desporto e assisti com grande surpresa a uma exibição de Futsal femininos juniores, com a colaboração da União Futebol Clube «Os Pastilhas» e da Academia Desportiva Infantil e Juvenil Bairro Miranda. Seguiu-se, com o sol já bem quente, um torneio de Futsal masculinos juvenis, onde participaram as equipas do Solar dos Leões de Almada, União Futebol Clube «Os Pastilhas», Clube Desportivo e Recreativo «Águias Unidas» e Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional.
O Futebol de Salão, hoje conhecido por Futsal, é um desporto disputado por duas equipas de cinco jogadores. As equipas possuem como principal objectivo colocar a bola na baliza adversária, facto que ocorreu várias vezes, e que empolgou os adeptos daquela modalidade.
Ao mesmo tempo que decorria o Futsal, acontecia ali ao lado, e durante todo o dia, uma outra modalidade, a Malha, em três vertentes: Malha Corrida, Malha Grande e Malha Pequena. Num espaço próprio para a modalidade que necessita de boa sombra para se poder passar o tempo a jogar, o visitante pode assistir e participar naquela que é uma grande manifestação sociocultural onde o jogo da malha é o «mote» para o convívio e ponto de encontro.
Estas modalidades contaram com a participação do CDCR da Gâmbia, Café Caixeirense, Ídolos da Anunciada, FC Forninho, União FC Jardiense, Sociedade Recreativa Atalaiense, do Arroteense, Cooperativa de Alhos Vedros, Banheirense, Vontade do Povo da Moita, Grupo Recreativo Familiar do Bairro Gouveia, Grupo Desportivo Chinquinho «Sempre Fixe», Associação Amizade Arroteense, Centro Cultural Recreativo «União Pires», Clube Recreativo da Cruz de Pau, Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Paio Pires, Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Pinhal dos Frades e Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Fogueteiro. Estiveram ainda, no domingo, várias equipas do Litoral Alentejano.
Estas iniciativas representam, na Atalaia e para os comunistas, um verdadeiro desafio à tradição e à cultura através do jogo vivido e jogado de Norte a Sul do País. Este tipo de jogo (malha corrida, malha pequena e malha grande) tem ao longo dos tempos desempenhado um papel importante na vida das populações e reflecte o seu contexto social, cultural e económico onde se insere, já que a sua origem está intimamente ligada à própria vida social local, quer através do uso dos seus próprios instrumentos de trabalho, quer pelas características das suas próprias regras.
Estes jogos nunca deixaram de estar associados à Festa, à alegria, ao convívio e ao próprio lazer onde quer que aconteça, seja por motivo de aproximação entre gentes de diferentes terras ou pelo simples movimento de revitalização das tradições de cada uma.
Outras modalidades
Depois de procurar por algo que comer, tentando fugir das filas que por ali existiam, voltei ali para assistir a um torneio de Minibasquete. Depois de presenciar o aquecimento dos atletas, sendo este um desporto dedicado exclusivamente a crianças, reparei que esta modalidade possui características próprias. É uma variação do basquete que põe ao alcance das crianças todas as vantagens e os valores educativos do desporto, não contrariando os seus princípios nem exigindo esforços incompatíveis com a idade (7 a 12 anos) dos participantes.
Se, correctamente praticado, o desporto contribui para um desenvolvimento da criança e favorece a interacção das funções essenciais do organismo, assegurando a sua adaptação ao esforço. As suas principais diferenças em relação ao basquete tradicional são as medidas reduzidas (do campo e da bola) e a ênfase nas regras de comportamento e de colectivo. A tarde desportiva, naquele recinto, terminou com um torneio de Voleibol.
Paralelamente, num pavilhão próprio, decorriam outras actividades. A sala estava cheia, os tabuleiros colocados em cima das mesas, ao seu lado uma espécie de cronómetro. Perguntei o que era. Respondeu-me um camarada em voz baixa: «É uma competição de semi-rápidas de Xadrez de 15 minutos». Este espaço contou com a presença de Ana Jardim, campeã nacional feminina de sub-20. Nas simultâneas participaram os mestres Helder Figueiredo e Carlos Aguiar.
Do outro lado, Mah-Jong, um torneio com a colaboração do Clube Recreativo Barroquense e Clube Recreativo Piedense. Fiquei durante um bom quarto de hora a tentar perceber as regras daquele jogo, objectivo que não consegui realizar após esse tempo. As peças, coloridas e com uns símbolos que nunca tinha visto, eram um pouco maiores do que as do dominó, o que me fazia crer que podia haver alguma semelhança. Os jogadores, quatro no seu total, iam por vezes buscar novas peças, talvez para completar algo que não tinham. Só percebi que o jogo tinha acabado quando os jogadores começaram a falar uns com ou outros explicando as razões das suas jogadas.
O dia ainda não tinha acabado e muito ainda havia para fazer e conhecer. O calor humano da Festa ia aumentando a cada minuto que passava. Milhares de novas pessoas preenchiam os poucos espaços que sobravam. O Polidesportivo não era excepção, até porque o momento era de «ouro». Depois das Danças de Salão, onde participou uma dezena de atletas, chegava a vez de os visitantes assistirem ao Sarau de Ginástica, modalidade que envolve a prática de uma série de movimentos que exige força, flexibilidade e coordenação motora. Realizaram-se ainda várias séries coreografias acompanhadas de música.
Cada grupo que actuava roubava dos espectadores entusiásticas salvas de palmas. Eram eles o Grupo Desportivo do Pessoal da Cimpor de Alhandra (acrobática), Grupo de Ballet e Dança Jazz do Fanqueiro (ballet e dança jazz), Clube Recreativo da Cruz de Pau (acrobática iniciação e competição), Grupo Dramático Corações de Vale Figueira (gimnaestrada), Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro (ginástica ritmica e hip hop).
No final, os espectadores foram convidados a entrar no recinto para uma aula de iniciação. Ao todo, juntaram-se ali umas boas dezenas de pessoas que, com imensa alegria, encerraram, por apenas umas horas, até que o sol voltasse a raiar, aquele espaço.
Alcançar o topo
Após dois dias de intensa actividade física, as dores nos músculos das pernas davam conta que este era o último dia da Festa do Avante. Porque o desejo de subir mais alto e alcançar o topo é inerente ao homem desde a sua tenra idade, havia uma parede para fazer Escalada. O objectivo desta modalidade, que teve centenas de adeptos, é atingir o cimo, neste caso de uma estrutura artificial, recorrendo à força e resistência dos membros e à capacidade de equilíbrio e controlo corporal.
Associada à escalada e ao montanhismo existe uma série de técnicas de travessia ou transposição de obstáculos recorrendo à utilização de cordas, frequentemente também utilizadas como actividades recreativas. Uma dessas técnicas, que o visitante também pode encontrar, foi o Slide. A aventura começava ali perto da área dos jogos da malha e terminava, numa vista privilegiada, junto ao rio, com vista para Lisboa, Seixal e Barreiro.
Não menos radical, uma hora antes do Comício de Encerramento da Festa do Avante, foi a descida de vários paraquedistas.
Para além dos torneios de apuramento das primeiras equipas de Futsal, de Xadrez e de Mah-jong, realizaram-se ainda exibições de Andebol. A noite terminou com o Basquete 3x3, jogado em apenas uma metade do campo.
Para os mais preguiçosos, ou com menos disponibilidade física, o visitante podia ainda apreciar uma exposição preparada pela Comissão Nacional do Desporto sobre os «30 Anos de Desporto na Festa do Avante».