Auditório 1.º de Maio

Um público e tantos sons

Espectáculos

Pelo auditório 1.º de Maio passam vários públicos, dependendo do alinhamento dos espectáculos. Há o público de jazz, da chamada música étnica, de música popular portuguesa, do fado… Mas há também, e sobretudo, o «público do auditório 1.º de Maio»: um público curioso, que assiste a espectáculos variados, de diferentes estilos, que muitos nem conhecem, e que vibra, dança, aprecia. Que vai a todos – ou quase! Durante todos os espectáculos realizados no auditório, este público esteve presente.

Fado e «Djazz» na noite de sexta-feira

Os espectáculos começaram ao início da noite de sexta-feira, após uma primeira Carvalhesa que despertou – e chamou – muita gente que andava pela zona do lago. A abertura do auditório ficou a cargo dos Djumbai Jazz.
O grupo guineense pôs toda a gente a dançar ao som dos instrumentos tradicionais. Através de uma rara comunicabilidade, os músicos ensinavam como se dançavam os temas, e foi um regalo observar tantas centenas de espectadores a tentar o «jogo de cintura», exemplificado por duas dançarinas.
Após os ritmos da banda guineense foi tempo de silêncio, porque se cantou o fado. Homenageava-se Alain Oulman. Aos fadistas Carla Pires, António Zambujo e Liana coube interpretarem as obras que iam sendo cantadas por uma plateia conhecedora e habituada a não perder os momentos de fado na Festa. Outros, mais novos, tomavam contacto com o fado e ficavam a saber que também Oulman foi vítima da repressão fascista que o obrigou a exilar-se.
A seguir, foi a vez de Cristina Branco, que atraiu um público fiel, que é seu. Magistralmente acompanhada à guitarra, à viola e ao piano, a fadista, que envergava um longo vestido negro, emocionou os presentes com a sua voz potente e sentida. Era um Redondo Vocábulo , de José Afonso, e Barco Negro, que Amália celebrizou, foram alguns dos temas mais ovacionados. «Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir. E tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo»…

Portugal e o mundo na Festa

Os Mandrágora foram um caso sério para os amantes da chamada World Music e não só. Os sons com influências árabes e africanas foram atentamente escutados e aplaudidos por um público que desfrutou calma e serenamente da criatividade de um estilo de música que levou muitos a fecharem os olhos para melhor se deixarem envolver pelo som deste grupo cada vez mais consagrado no panorama nacional.
Os Telectu são uma presença constante na Festa do Avante!, onde actuaram pela vigésima quinta vez, sobretudo no auditório 1.º de Maio. Mas nunca são uma repetição. As suas improvisações e a diversidade dos seus convidados, fazem de cada concerto um momento ímpar. E foi novamente o que aconteceu este ano, com a presença de Carlos Zíngaro e Chris Cutler, respectivamente violinista e baterista.
O resultado foi uma hora de magistrais improvisações que não deixaram o público indiferente. A cada instante de maior virtuosismo, a assistência reagia com fortes aplausos, que perduraram para além do fim do espectáculo.
Os Contra3aixos foram recebidos com uma grande ovação, ainda mal os três músicos tinham pisado o palco. E o espectáculo revelou-se digno dessa confiança. O público do auditório mostrou também porque é único. Aplaudiu, vibrou, reagiu, pediu mais. A cada reacção efusiva da assistência, parecia que os músicos se superavam cada vez mais.
A tarde estava quente e no auditório o ambiente era intenso. Era a vez de Paulo Martins, na bateria, João Aguardela, no baixo, Luís Varatojo, na guitarra portuguesa, e Maria Antónia Mendes, na voz, subirem ao palco. Era A Naifa e o seu fado dançante e dançável, com guitarra portuguesa, pois claro, e bateria e baixo eléctrico. O auditório estava cheio, a deitar por fora, mas ninguém se incomodava com isso, muito menos os artistas.
«Disse-lhe que Portugal ainda tinha muitos comunistas», cantava Maria Antónia Mendes na canção Señoritas. E o público reagia como afirmando que sim, que tem, e que estavam ali. A vocalista gostou e repetiu o refrão, à espera da reacção, que chegou, ainda mais intensa.
Depois foi a vez do vocalista dos Xutos & Pontapés, Tim, subir ao palco, para apresentar as canções do seu mais recente trabalho a solo, Um e Outro. Num ambiente intimista e com sons acústicos, Tim não deixou ninguém insatisfeito, nem aqueles que, envergando camisolas da mítica banda rock portuguesa (que actuaria momentos depois no palco 25 de Abril), estão habituados a vê-lo interpretar outros sons, mais ritmados e «electrificados».
Com o Quinteto Mário Santos voltou o Jazz, que apanhou desprevenidos muitos dos que ainda por ali estavam. Três saxofones, um contrabaixo e uma bateria foi o que bastou para pôr toda a gente a saltar e a dançar.
Depois de Luísa Basto, o Jazz regressou com Laurent Filipe. Num espectáculo de homenagem a Chet Baker, o trompetista proporcionou momentos de grande virtuosismo e qualidade. Como noutros espectáculos anteriores, o «público do auditório 1.º de Maio» voltou a mostrar-se. Quantos conheceriam a música de Chet Baker? E quantos já teriam ouvido as interpretações de Laurent Filipe? Muitos, certamente. Mas não todos aqueles que vibraram, aplaudiram e sentiram o som contagiante saído do trompete do músico português.
A dança prosseguiu à noite, com o espectáculo dos romenos Taraf de Haidouks. No auditório e em toda a zona envolvente, enquanto era possível ouvir, saltava-se e dançava-se, ao som frenético e acelerado dos violinos, dos trompetes, das concertinas e da garra cigana da banda romena. Com mais de dez músicos em palco, os Taraf de Haidouks puseram toda a gente a saltar, antecipando a alegria da Carvalhesa, que encerrou mais um dia de espectáculos.

Sérgio Godinho e muito mais…

Coube aos Toque de Caixa iniciar os espectáculos no domingo. Os instrumentos e os sons tradicionais portugueses despertaram aqueles que ainda recuperavam do dia anterior. Adufes, flautas, gaitas de foles, acordeões foram os instrumentos utilizados pelo grupo do Porto que recriaram a música tradicional de várias regiões do País.
Depois, foi a vez do uruguaio Andrés Stagnaro proporcionar um emocionante espectáculo. À melodia somou-se a poesia e o músico uruguaio mostrou porque foi preso e impedido de cantar no seu país, nos tempos da ditadura militar.
Na hora prevista para o espectáculo das brasileiras Mawaca surgiu a portuguesa Filipa Pais, que voltou a encantar o público da Festa do Avante! com as suas interpretações da música popular portuguesa. Se alguns dos que ali estavam esperavam pelo concerto previsto não se notou e Filipa Pais foi ovacionada e acarinhada após um grande concerto.
Os ritmos de Cabo Verde também marcaram presença, com o espectáculo de Ritinha Lobo. Dona de uma voz quente e sensual, e de uma forte presença em palco, a cantora cabo-verdiana entusiasmou a assistência, que não resistiu a deixar-se levar pelo ritmo e arriscar um pézinho de dança.
Depois do comício, muitos regressaram ao auditório para o espectáculo da Orquestra de Jazz de Matosinhos e do seu convidado, o saxofonista norte-americano Chris Cheek. Com uma forte base rítmica e um grande naipe de sopros, a Orquestra de Matosinhos e o seu convidado fizeram um vibrante espectáculo, marcado por momentos de grande virtuosismo e de grande entusiasmo do público.
Ainda Sérgio Godinho não tinha subido ao palco e já uma multidão se acercava da tenda que alberga o auditório 1.º de Maio. Na tenda não cabia mais ninguém e toda a zona do lago estava cheia.
Quando o músico português entrou, o público explodiu numa forte ovação. Durante quase duas horas, Sérgio Godinho – num espectáculo apropriado ao recinto, mais intimista, apesar da enchente – interpretou muitas das suas canções mais conhecidas e foi, muitas vezes, acompanhado em uníssono pela multidão. Antes de terminar, com A noite passada, e depois de três regressos exigidos pela assistência, Sérgio Godinho não deixou de referir que «não podia deixar de estar aqui», prestando a sua solidariedade para com a Festa do Avante! e os seus construtores.

Luísa Basto cantou e emocionou
Uma voz do tamanho do Partido


Foi com o punho cerrado que Luísa Basto terminou o seu espectáculo, na quente noite de sábado. Vestida de vermelho e visivelmente emocionada, desejou a todos – e tantos que eram – um «grande abraço, do tamanho do nosso Partido». Assim se despediu, sob uma enorme ovação (ou a retribuição desse abraço), depois de cantar o Avante, camarada. E todos juntaram a sua à voz de Luísa Basto.
Antes, passando em revista algumas das canções mais marcantes da sua carreira, Luísa Basto voltou aos tempos da Revolução para afirmar que «cantar aqueles que partiram dá mais força à liberdade». Depois, juntamente com a plateia entusiasmada, o refrão, cantado por todos: «De pé, de pé ó companheiro/ de pé e punho levantado/ o que morreu é o primeiro/ a estar de pé ao nosso lado.» O espectáculo aproximava-se do fim, e o entusiasmo crescia. Em completa comunhão com o público, a cantora deixou a promessa: «E se Abril ficar distante/ desta terra e deste povo/ a nossa força é bastante/ para fazer um Abril novo». A canção Katiousha aumentou o entusiasmo.
Num ambiente carregado de emoção – que as lágrimas deixavam transparecer –, a actuação de Luísa Basto contou ainda com algumas canções célebres, como Povo que lavas no rio ou o Fado de Peniche, e com canções do seu mais recente álbum, Alentejo, que remonta à infância da cantora e à vida dura e pesada dos operários agrícolas da região.
Nas canções de Luísa Basto, na sua atitude, na sua voz familiar de tantos e tantos comícios, transparece o sonho e o projecto que moveram e movem os comunistas portugueses. Luísa Basto é, de certa forma, a voz do Partido.


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